42 | a verdade

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A viagem de volta parecia mais longa ainda, Ayla dormiu o caminho inteiro desde o avião ate o carro. Ao chegarem de madrugada, Ayla vai diteto ao seu quarto pois segundo ela, estava cansada

Felipe chamou Rúben para a biblioteca para uma conversa particular

- o que foi, chefe?

- acho que a memória de Ayla esta voltando - Rúben fica assustado - eu sei que parece assustador agora, mas nao tenho certeza. Mais cedo quase fiquei encurralado com as perguntas

- eu percebi - é a única palavra que Ruben consegue dizer - o que devemos fazer ?

- esperar... Precisamos ter certeza primeiro.

- sabia que seria uma má ideia levá-la

- sim. Preciso também que ache a mulher que fez aquela pergunta para Ayla. Descubra a empresa e demita ela!

- farei agora mesmo - Ruben diz saindo

Ayla ja está no seu quarto, ela esta tão atordoada que não conseguira doemi esta noite, mas porquê empurrariam ela la de cima? É a frase que mais passa pela sua cabeça

Então ela meche em sua calça procurando o que Pedri havia lhe entregado

Algumas horas antes

- droga! - Ayla diz correndo ate o banheiro feminino

Tenta abrir a porta mas percebe que está trancada, ela olha ao redor ouvindo passos. Quando ela ia aceitaf ser pega alguém a puxa pelo braço trazendo-a para dentro do banheiro masculino

Ele puxa ela colocando contra a parede tamapando sua boca caso ela se assute, pois o garoto sabe que ela perdeu a memória, mas ela lembra dele

- fica calma- ele diz tirando a mão da boca dela devagar seus corpos estão bem perto

- Pedri? - ela pergunta

- se lembra de mim? - ele diz e se afssta um pouco

- bem eu... - Ayla para de falar ao peceber seu tio a chamando - ele esta aqui - ela sussurra e ele assente

- voce ta bem? - Pedri pergunta e ela assente - eu queria mesmo te ver. Queria te entregar isso - ele da um papel a ela - Eu achei nas coisas do Gavi quando fui pegar minha blusa na casa dele - ele sussurra

- Gavi? - ela pergunta em sussurro

- ele te amava, Ayla. Ele mostrou ao mundo todo, todo mundo sabe, menos você

- então ele me conhecia?

- ela não está aqui- eles ouvem a voz de Ruben abafada

- eu preciso ir - Ayla sussurra

- ele não so te conhecia como vocês namoravam, ele te amava tanto. Pena que acabou desse jeito - Ayla franze o cenho - leia o bilhete, entenderá melhor  - ela assente e anda ate a porta

...

Ayla segura o bilhete tremendo, o papel está velho. Já que ficou guardado durante o seu coma interio. Ayla suspira fundo, se prepara mentalmente e com delicadeza abre o bilhete

" Princesa, me desculpe mesmo por ter agido dessa forma. Me sinto péssimo ao lembrar da sua feição quando anunciei meu casamento com Leonor, parecia que seu mundo havia desabado. Quando entrei pela porta da lanchonete você me recebeu com um grande sorriso como se estivesse me esperando, mas no fim, não esperei. Achei que só me queria longe, achei que eu causava o problema, tudo desandava quando estávamos juntos. Mas quando olhei a tristeza nos seus olhos meu coração se partiu me fazendo perceber que tudo só dava errado quando partimos o coração do outro, e como imã sempre acabamos voltando. Ayla, me espere só por mais 3 meses, então sairemos na rua sem culpa, sem mais drama. Porque sempre foi você, princesa. Desde do sueter manchado até a minha morte. Então espero te ver no meu jogo de despedida, te abraçarei e prometerei que tudo ficara bem. O futuro nos aguarda, te amo até breve"

- idiota - Ayla diz chorando - porque eu tô chorando!?

Ela deixa o papel em cima do seu criado mudo, ainda chorando ela olha para cima desacreditada

- como alguém pode escrever uma carta de amor falando que está casando com minha prima!? - Ayla respira fundo e então pensa - mas porque ninguém mencionou que ele ia se casar com ela? Porque nós empurrariam?

" vocês nem se conheciam" A voz do seu tio ecoa pela sua cabeça, ela lembra o fato de seu tio querer ir tão cedo embora

- se ele me pediu para esperar 3 meses, então foi forçado? "sem mais drama"? - Ayla já não chorava pois pensava bastante - Já se passaram seis meses, porque ainda não me deram um celular? Eles não querem que eu saiba demais

Ayla se levanta indignada da cama olhando para seu redor tendo uma crise de pânico

- minha família tentou me matar por causa de um casamento!?

- Ayla? - a voz abafada de Leonor soa atrás da porta - você está bem?

- estou - Ayla diz tirando o papel da escrivaninha e colocando de baixo de sua cama - pode entrar

No mesmo instante a mulher loira entra e ver Ayla com olhos vermelhos sentada na cama

- você tá chorando? - Leonor pergunta preocupada

- é que a homenagem foi bastante emocionante

- imagino - ela acaricia a costa de Ayla - mas não chora

- Você já ficou noiva? - Ayla pergunta e Leonor para de acariciar no mesmo instante - Leonor?

- por que tá perguntando? - ela sorri fraco - quero dizer, assim do nada?

- você tem 27 anos, e não soube sobre nenhum noivado. Soube que mês que vem você já será a Herdeira, seria antes né? Mas com tudo o que aconteceu

- é melhor você descansar, deve esta exausta- Leonor se levanta

- Leo - Ayla chama a garota que se vira - sabe se eu tenho algum sueter manchado? - Leonor se espanta

- como?

- eu vi uma foto minha com um sueter manchado achei que era meu

- onde você viu!? - Leonor pergunta

- então eu realmente tenho? - Ayla diz após Leonor morder a isca

- tinha, mas meu tio queimou. Ele achava aquilo ridículo sabe... É só isso?

- sim, obrigada. - Ayla diz sorrindo fraco enquanto Leonor sai

Ela com certeza sabe de algo, pensa a garota. Ela deita em sua cama olhando para cima com as escritas do garoto percorrendo pela sua mente

- queria tanto que estivesse aqui e me esclarecesse tudo, Pablo - ela sussurra

Suas pálpebras ficam pesadas fazendo ela cair no sono aos poucos enquanto algumas lágrimas ainda jorravam

- me perdoe, Gavi... - ela sussurra e em seguida dorme

- papai! - Leonor diz desesperada ao seu pai na cozinha - Ayla voltou. Ela se lembrou dele

- eu sabia...

...

𝖙𝖍𝖊 𝖜𝖗𝖔𝖓𝖌𝖊𝖉 𝖑𝖔𝖛𝖊 >> 𝕲𝖆𝖛𝖎 Onde histórias criam vida. Descubra agora