"O menino que sobreviveu"
- Sobreviveu a que ? Perguntou Régulos
- Eu não gostei desse título. Afirmou Remus
- Se vocês puderem me deixar ler iremos descobrir, também estou ansioso para saber. Disse James, e então, começou a leitura:
"O Sr. E a Sra. Dursley, da rua dos Alfeneiros n°4, se orgulhavam de dizer que eram perfeitamente normais, muito bem, obrigado. Eram as últimas pessoas no mundo que se esperaria que se metessem em alguma coisa estranha ou misteriosa, porque simplesmente não compactuavam com esse tipo de bobagem.".
- Esse tipo de bobagem? Perfeitamente normais ? Só podem ser trouxas. Disse Lílian - mas porque eles estariam num livro sobre um bruxo ? indagou confusa.
- Vai ver a mae dele é nascida trouxa. Disse Marlene lançando um olhar para a ruiva.
- Vamos descobrir assim que lermos, então meninas fiquem quietas. Disse Alice dando uma risadinha, como se não tivesse acabado de dar uma bronca nas duas. James só continuou.
" O Sr. Dursley era diretor de uma firma chamada Grunnings, que fazia perfurações. Era um homem alto, corpulento, e quase sem pescoço, embora tivesse enormes bigodes. A Sra. Dursley era magra e loura e tinha um pescoço quase duas vezes mais comprido que o normal, o que era muito útil porque ela passava grande parte do tempo espichando-o por cima da cerca do jardim para espiar os vizinhos. Os Dursley tinham um filinho chamado Dudley, o Duda, e em sua opinião não havia garoto melhor em nenhum lugar do mundo. "Enquanto James lia, na cabeça de Lilian estava uma confusão pois, essa descrição parecia muito com sua irma mais velha Petúnia"
Os Dursley tinham tudo que queriam, mas tinham também um segredo, e seu maior receio era que alguém o descobrisse. Achavam que não iriam aguentar se alguém descobrisse a existência dos Potter (Lilian ficou tensa). A Sra. Potter era irma da Sra. Dursley... James não conseguiu terminar pois nesse momento Lilian havia levantado e gritado
-NÃO!!! Gritou a plenos pulmões, o que não era pouca coisa kkkkk
- O que houve Lílian ? Perguntou James preocupado, enquanto Marlene e Alice caiam na gargalhada entendendo - e porque vocês duas continuam rindo ?
- Acabamos de descobrir quem é a Sra. Potter. Disse Alice pois Marlene não conseguia falar, e Lilian estava mais vermelha que um tomate.
James olhou das meninas rindo para uma Lilian morta de vergonha e entendeu, e assim que entendeu, deu um sorriso tao grande e brilhante que ofuscou a tudo.
Enquanto James processava o que tinha acabado de descobrir, Lílian, que já estava se recuperando do choque de descobrir que tinha casado com seu amigo, começou a voltar a cor normal e disse: Será que podemos conversar mais tarde? E continuar a leitura agora?
- É claro. Pessoal, falando nisso, o que acham de deixarmos os comentários para o final do capítulo? Assim evita muita perca de tempo. Todos acenaram a cabeça em concordância e James retomou a leitura " mas não se viam havia muitos anos; na realidade a Sra. Dursley fingia que não tinha irmã, porque esta e o marido imprestável eram o que havia de menos parecido possível com os Dursley. Eles estremeciam só de pensar o que os vizinhos iriam dizer se os Potter aparecessem na rua. Os Dursley sabiam que os Potter tinham um filhinho, também, mas nunca o tinha visto. O garoto era mais uma razão para manter os Potter a distância; eles não queriam que Duda se misturasse com uma criança daquelas."
- Uma criança daquelas? Ela pode falar o que quiser de mim, mas como ela OUSA falar do MEU FILHO! Nessas ultimas palavras a ruiva se levantou e começou a caminhar de um lado para o outro sobre o olhar assustado dos outros presentes.
- Continue lendo James, logo ela se acalma e senta. Disse Marlene, James assentiu em concordância e continuou.
" Quando o Sr. E a Sra. Dursley acordaram na terça-feira monótona e cinzenta em que nossa história começa, não havia nada no céu nublado lá fora sugerindo as coisas estranhas e misteriosas que não tardariam a acontecer por todo o país. O Sr. Dursley cantarolava ao escolher a gravata mais sem graça do mundo para ir trabalhar e a Sra. Dursley fofocava alegremente enquanto lutava para encaixar um Duda aos berros na cadeirinha alta.
Nenhum deles reparou em uma coruja parda que passou, batendo as asas, pela janela.
Às oito e meia, o Sr. Dursley apanhou a pasta, deu um beijinho no rosto da Sra. Dursley e tentou dar um beijo de despedida em Duda mas não conseguiu, porque na hora Duda estava tendo um acesso de raiva e atirava o cereal nas paredes.
- Pestinha - disse rindo contrafeito o Sr. Dursley ( Lílian que já havia sentado, agora resmungava algo como "moleque mimado" ) ao sair de casa. Entrou no carro e deu marcha à ré para sair do estacionamento do número quatro.
Foi na esquina da rua que ele notou o primeiro indício de que algo estranho ocorria - um gato lia um mapa. Por um instante o Sr. Dursley não percebeu o que vira - em seguida, virou rapidamente a cabeça para dar uma segunda olhada. Havia um gato de listras amarelas sentado na esquina da rua dos Alfeneiros, mas não havia nenhum mapa a vista. Em que estaria pensando naquela hora? Devia ter sido um efeito da luz. Ele piscou e arregalou os olhos para o gato. O gato o encarou. Enquanto virava a esquina e subia a rua, espiou o gato pelo espelho retrovisor. Ele agora estava lendo a placa que dizia rua dos Alfeneiros - não, estava olhando a placa; gatos não podiam ler mapas nem placas. O Sr. Dursley sacudiu a cabeça e tirou o gato do pensamento. Durante o caminho para a cidade ele não pensou em mais nada exceto no grande pedido de brocas que tinha esperanças de receber naquele dia.
Mas ao sair da cidade, as brocas foram varridas de sua cabeça por outra coisa. Ao parar no costumeiro engarrafamento matinal, não pôde deixar de notar que havia uma quantidade de gente estranhamente vestida andando pelas ruas. Gente com capas largas. O Sr. Dursley não tolerava gente que andava com roupas ridículas - os trapos que se viam nos jovens! Imaginou que aquilo fosse uma nova moda idiota. Tamborilou os dedos no volante e seu olhar recaiu num grupinho de excêntricos parados bem perto dele. Cochichavam excitados. O Sr. Dursley se irritou ao ver que alguns deles nem eram jovens; ora, aquele homem devia ser mais velho que ele, e usava uma capa verde-esmeralda! Que petulância! Mas então ocorreu ao Sr. Dursley que se tratava provavelmente de alguma promoção boba - essas pessoas estavam obviamente arrecadando alguma coisa... é, devia ser isto! O tráfego avançou e alguns minutos depois o Sr. Dursley chegou ao estacionamento da Grunnings, o pensamento de volta às brocas.
-Não estou gostando nada disso. Murmurou Remus
O Sr. Dursley sempre sentava de costas para a janela em seu escritório no nono andar. Se não o fizesse, talvez tivesse achado mais difícil se concentrar em brocas aquela manhã. Ele não viu as corujas que voavam velozes em plena luz do dia, embora as pessoas na rua as vissem; elas apontavam e se espantavam enquanto corujas atrás de coruja passava no alto. A maioria jamais vira uma coruja mesmo à noite. O Sr. Dursley, porém, teve uma manhã perfeitamente normal sem corujas. Gritou com cinco pessoas diferentes. Deu vários telefonemas importantes e gritou mais um pouco. Estava de excelente humor até a hora do almoço, quando pensou em esticar as pernas e atravessar a rua para comprar um pãozinho doce na padaria defronte.
- Esse cara me assusta. Disse Alice sendo amparada pelo namorado.
Esquecera completamente as pessoas de capas até passar por um grupo delas próximo à padaria. Olhou-as com raiva ao passar. Não sabia o porquê, mas elas o deixavam nervoso. Essas cochichavam agitadas, também, mas ele não viu nenhuma latinha de coleta. Foi ao passar por elas, na volta, levando uma grande rosca açucarada em um saco, que entreouviu algumas palavras do que diziam.
-... Os Potter, é verdade, foi o que ouvi...
-... é, o filho deles, Harry...
A partir deste momento James lia puramente com sua força de vontade, ele sabia que algo muito errado havia acontecido, mas se obrigou a manter a calma e a continuar a leitura.
O Sr. Dursley parou de repente. O medo invadiu-o. Virou a cabeça para olhar as pessoas que cochichavam como se quisesse dizer alguma coisa, mas pensou melhor.
Atravessou a rua depressa, correu para o escritório, disse rispidamente à secretária que não o incomodasse, agarrou o telefone e quase terminara de discar o número de casa quando mudou de ideia. Pôs o fone no gancho e alisou os bigodes, pensando... não, estava agindo como um idiota. Potter não era um nome tão fora do comum assim. Tinha certeza de que havia muita gente chamada Potter com um filho chamado Harry ( - com certeza, um em cada esquina. Disse Sirius revirando os olhos, o que arrancou algumas risadas.). Pensando bem, nem sequer tinha certeza de que o sobrinho tivesse o nome de Harry. Jamais vira o menino. Talvez fosse Ernesto ( uma rodada de risadas foi ouvida pelo nome ridículo ). Ou Eduardo. Não tinha sentido preocupar a Sra. Dursley, ela sempre ficava tão perturbada à simples menção da irmã. Não a culpava - se ele tivesse uma irmã como aquela... mas, mesmo assim, aquelas pessoas de capas...
- Caramba Líli, achei que estava exagerando, mas sua irma e seu cunhado são um pé no saco. Disse Sirius
- Eu sei Sirius, eu sei. Disse a ruiva.
Achou bem mais difícil se concentrar nas brocas aquela tarde e, quando deixou o edifício às cinco horas, continuava tão preocupado que deu um encontrão em alguém parado ali à porta.
- Desculpe - murmurou, quando o velhinho cambaleou e quase caiu. Levou alguns segundos até o Sr. Dursley perceber que o homem estava usando uma capa roxa. Não pareia nada aborrecido por ter sido quase jogado ao chão. Ao contrário, seu rosto se abriu em um largo sorriso e ele disse numa voz esganiçada que fez os passantes olharem:
James estava com o mesmo sorriso descrito quando leu: " - Não precisa pedir desculpas, caro senhor, porque nada poderia me aborrecer hoje! Alegre-se, porque Você-Sabe-Quem finalmente foi-se embora! Até trouxas como o senhor deviam estar comemorando um dia tão feliz!" Após as palavras ditas todos levantaram e pularam comemorando, se abraçando e, no caso de Sírius, berrando nos ouvidos dos outros, menos Régulos e Snape, que estavam em choque por saber que seu mestre logo cairia, e começaram a pensar se valia a pena seguir tal mestre.
- ok ok pessoal, sei que é uma ótima notícia, e não querendo ser estraga prazeres mais, acho que não vai acabar por ai, melhor o James continuar lendo. Disse Remus
- Ai, credo Aluado, por que você tem que ser assim ein? Deixa agente ser feliz um pouco. Falou Sirius com um biquinho bem infantil.
- Bem, alguém tem que ser o adulto. Disse de modo divertido o Lobisomem - continua James. O moreno assentiu e continuou. "E o velho abraçou o Sr. Dursley pela cintura e se afastou.
O Sr. Dursley ficou pregado no chão. Fora abraçado por um completo estranho. E também achava que fora chamado de trouxa, o que quer que isso quisesse dizer. Estava abalado. Correu para o carro e partiu para casa, esperando que estivesse imaginando coisas, o que nunca esperara que fizesse, porque não aprovava a imaginação"
- Esse cara é muito bizarro. Comentou Régulos
"Quando entrou no estacionamento do numero quatro, a primeira coisa que viu - e isso não melhorou o seu estado de espirito - foi o gato listrado que notara de manhã. Agora ele estava sentado no muro do jardim. Tinha certeza de que era o mesmo; as marcas em volta dos olhos eram as mesmas."
- Agora que você disse isso, acho que é a professora Minerva. Disse Remus pensativo
- Também acho Aluado, gato listrado com marcas ao redor dos olhos, parece muito a descrição animaga da Professora. Vou continuar a ler para descobrir o que ela está fazendo ali.
"- Chispa! - disse o Sr. Dursley em voz alta.
O gato nem se mexeu. Apenas lhe lançou um olhar severo" - Com certeza é a Professora Minerva. Disse rindo Sirius. "Será que isso era um comportamento normal para um gato?, pensou o Sr. Dursley. Continuava decidido a não comentar nada com a esposa.
A Sra. Dursley tivera uma manhã normal e agradável. Contou-lhe durante o jantar os problemas da senhora do lado com a filha e ainda que Duda aprendera uma palavra nova ( "Nunca")".
- Seu sobrinho parece adorável Pontas. Disse sirius com um ar maroto
"O Sr. Dursley tentou agir normalmente. Depois que Duda foi se deitar, ele chegou à sala em tempo de ouvir o último noticiário noturno.
" E por último, os observadores de pássaros em toda parte registraram que as corujas do país se comportaram de forma muito estranha hoje. Embora elas normalmente cacem à noite e raramente apareçam à luz do dia, centenas desses pássaros foram vistos hoje voando em todas as direções desde o alvorecer. Os especialistas não sabem explicar por que as corujas de repente mudaram o seu padrão de sono." O locutor se permitiu um sorisso."Muito misterioso. E agora, com Jorge Mendes, o nosso boletim meteorológico. Vai haver mais tempestades de corujas hoje à noite, Jorge?"
"Bom, Eduardo", disse o meteorologista, "não sei lhe dizer, mas não foram só as corujas que se comportaram de modo estranho hoje. Ouvintes de todo o país têm telefonado para reclamar que em vez do aguaceiro que prometi para ontem, eles têm tido chuvas de estrelas! Talvez alguém ande festejando a noite das fogueiras uma semana mais cedo este ano! Mas posso prometer para hoje uma noite chuvosa."
- Meus deus, sei que devem todos estar felizes pela queda de Voldemort, mas estão todos muito descuidados! Exclamou Marlene perplexa.
- Eu sei Marlene, apesar da alegria deveríamos ser cuidadosos. Concordou Remus.
"O Sr. Dursley ficou paralisado na poltrona. Estrelas cadentes em todo o país? Corujas voando durante o dia? Gente misteriosa usando capas por todo lado? E um cochicho, um cochicho a respeito dos Potter...
A Sra. Dursley entrou na sala trazendo duas xícaras de chá. Não adiantava. Teria que lhe dizer alguma coisa. Pigarreou nervoso.
- Hum, hum, Petúnia, querida, você não tem tido notícias de sua irmã, ultimamente ? (Após James ler o nome de sua irmã, não havia mais como negar que ela era realmente a Sra. Potter) Conforme esperava, a Sra. Dursley pareceu chocada e aborrecida. Afinal, normalmente fingiam que ela não tinha irmã..."
- James desculpa interromper, mas Lilian você não se importa com essas coisas que está lendo? Para a surpresa de todos, quem perguntou foi Régulos.
- Já me importei, mas acabei me acostumando com seus insultos, então agora não dói tanto, não sei por que ela faz isso mas nunca consegui concertar. Respondeu a Ruiva.
- Você sabe que ela fazia isso por ciúme. Interveio Snape
- Você não pode saber com certeza. Retrucou Lílian.
- Sei sim, ou você esqueceu da carta que ela enviou ao diretor pedindo pra estudar aqui ? Severo lembrou ela.
Lílian corou, sim ela tinha esquecido disso, mas na cabeça dela não fazia sentido sua irmã ter ciúme, elas sempre foram amigas.
- Perai, então quer dizer que todo esse tempo a sua irmã implica com você, por que você é bruxa e ela não ? Todos tentavam entender.
- Aparentemente sim, meu relacionamento com minha irmã é complicado, mas agora lembrando disso acho que posso dar um jeito de melhorar, por favor James continue a leitura.
- Claro Lírio. Respondeu James e retomou a leitura.
"-Não - respondeu ela seca. - por que ?
- Uma notícia engraçada - murmurou o Sr. Dursley. - Corujas... estrelas cadentes... e vi uma porção de gente de aparência estranha na cidade hoje...
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Tergum in Tempus Livro 1
FanficE se apos a guerra Harry conseguisse criar um feitiço para voltar no tempo e mudar tudo ? Bem é assim que essa historia começa.