A/N: alô, alô, gatinhes. Cá estou decretando o fim do meu sabático a muito contragosto. Talvez eu me arrependa de começar outra história? Provável que sim, mas há umas duas semanas atrás a Sarah (minha fiel escudeira, a Bonnie do meu Clyde, como vocês bem sabem) me emboscou no meio da madrugada com uma ideia que ela sabia que eu não poderia resistir. Golpe baixo, se perguntam.
De lá para cá, nasceu uma ideia maluca, sem pé nem cabeça, mas que eu estou me divertindo muito em escrever. De primeira, o nome dessa história era "vigilante shit", mas eu decidi que era hora de variar um pouco essa coisa dos nomes de música da Taylor. Eu decidi deixar essa informação aqui para vocês entenderem a vibe, já que essa é uma au steloisa (stelolo é só o que eu sei escrever, felizmente).
Quero agradecer a Sarinha pela ideia e pela idealização dessa loucura comigo, e também as queridas que leram essa história antes de eu decidir prosseguir com ela: primeiro as minhas distópicas e a Vivi, que foram as primeiras para quem eu mandei (já mudei tudo depois daquele que vocês leram). Depois a Juju e a Mafe, que muito prontamente se colocaram para me dar uma opinião de fora (também já mudei tudo depois que vocês leram), vocês são incríveis!!
Tenham paciência para entender os detalhes disso aqui, porque nada vai ser explicado de início, o mistério é literalmente o propósito da história. Tenham a mente aberta e talvez essa não seja para todo mundo. Beijo beijo.
"Antes de sair em busca de vingança, cave duas covas."
- Confúcio
Stenio estava entediado.
Nenhuma surpresa nessa constatação. A maturidade é sinônimo de tédio e, naquela altura da vida, ele estava sempre entediado. Entediado era o novo normal, era o que transpirava sua existência pacata.
E ele gostava da falta de movimento. Já teve movimentação o suficiente por algumas eternidades em sua infância e juventude. Falta de movimento significava paz em seu vocabulário de adulto, uma paz que conquistou com muito esforço e incontáveis sacrifícios.
Todos os dias eram iguais.
Ele passava a manhã atoa, na academia ou em casa lendo um livro, podia correr no parque da cidade e observar o ir e vir de pedestres apressados, ou só sentar na varanda da cobertura com violão no colo.
As tardes eram dedicadas à contabilidade e a administração de seus negócios. Em seu próprio escritório, em casa ou no clube, muitas vezes jogado na imensa cadeira de couro, a única lembrança que ele carregava de uma vida que se esforçou para esquecer.
As noites ele estava no clube. Afinal, o olho do dono é que engorda o negócio. Cumprimentava estranhos e conhecidos e estranhos conhecidos. A boate era um tanto exclusiva, frequentada por gente granfina e misteriosa, popular nesse meio por sua garantia de privacidade.
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vingança (steloisa)
Mystery / ThrillerStenio Alencar vive uma vida pacata, preso numa existência morna que ele escolheu. Em uma noite como qualquer outra, sua rotina milimetricamente calculada é interrompida por uma mulher misteriosa. Stenio não tem ideia de quem ela é, nem de onde veio...