capítulo 2: estulto

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A/N: eu postando DOIS dias seguidos?? Is this a travy reference??

Pois bem, mais um capítulo de vingancinha!! Nesse, o papo político talvez esteja um pouco mais intenso, mas eu juro que é importante. Outra coisa relevante aqui é: eu nunca joguei pôquer na vida, então relevem qualquer inconsistência.

Ahhh, também ignorem meu conhecimento zero de sotaques, eu sou riocentrista e não me orgulho, procurei todos os dialetos no google, se tiver alguma maluquice, não me contem!!


"Deve-se, é verdade, perdoar os inimigos, mas não antes de terem sido enforcados."

- Heine

Desceram as escadas de mármore até o grande salão

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Desceram as escadas de mármore até o grande salão. A morena tocava levemente o corrimão com as mãos enluvadas. Conquistava degrau por degrau vagarosamente, os saltos emitindo um som de 'toc' estridente e agudo contra o mármore resinado.

As apostas aconteciam em alguns núcleos específicos da clientela, mais ao fundo do ambiente e longe do bar principal. Nem todo mundo apreciava a jogatina como os membros do legislativo federal.

Ofereceu seu braço a ela quando atingiram o último degrau, como o legítimo cavaleiro que era. A morena aceitou com desconfiança, enlaçando seu braço ao dele. Stenio acompanhou a ação, desejando que seus olhos pudessem fotografar os momentos que se sucediam naquela noite, mas quando ela fosse embora, só poderia contar com sua memória para revê-la.

Será que nunca mais voltaria a vê-la dessa vez?

Reparou de relance na brilhante pulseira de cristais que adornava seu pulso, se perguntando se aquela era uma joia ou uma bijuteria, sua experiência respondeu a pergunta: uma pulseira de diamantes. Como exatamente ela estava em posse daquilo era um mistério tão absoluto como todo o resto que compunha sua imagem.

Ele ansiava por absorver todo e qualquer detalhe dela.

Trouxe-a para a última mesa de pôquer que agraciava o salão. Basílio, como era de se esperar, ocupava fielmente a poltrona da diagonal. Ele nunca decepcionava.

Stenio parou casualmente ao lado do grupo que jogava junto. Basílio sempre trazia consigo Gabriel Fernandez, seu chefe de gabinete e fiel escudeiro. Os dois eram carne e unha, era difícil apontar onde as falcatruas de Basílio começavam e onde o gerenciamento de crise de Fernandez terminava.

Naquela noite, os dois estavam acompanhados de Juliano Farias, um corretor de imóveis da região da Asa Sul, conhecido por ajudar os deputados a desviarem o dinheiro do auxílio moradia que era oferecido a todos os membros do Congresso. O último a compor aquela mesa, era Roberto Milano, presidente do Senado.

Ao lado de Fernandez estava a esposa, uma jovem menina, que com certeza estava no lugar errado, com o homem errado. Atrás de Basílio, com as mãos em seus ombros estava uma loira siliconada que sempre o acompanhava para todo lado, uma de suas 'assessoras', o que em Brasília era código para amante sustentada com dinheiro público.

vingança (steloisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora