Rival

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ALGUÉM AINDA POR AQUI, ESPERANDO ATUALIZAÇÃO?

Então... quem é vivo sempre aparece...

Acredito que agora o resto da história vai desenrolar...

Fiz com todo carinho esse capítulo, espero que goste.

Boa leitura!


※※※


Kakashi retornou ao castelo tão rápido quando saiu, mesmo sabendo que Iruka nem perceberia sua ausência. Após tudo o que aconteceu na noite anterior, seu ataque a Belgrado, sem nenhuma morte graças ao doutor, e a noite terminando da melhor forma, tudo foi demais para o jovem. Se tudo isso não fosse o suficiente para sobrecarregar o Umino, ainda se permitiu o usar como fonte de alimento para que o upir não morresse por inanição e terminaram se rendendo a paixão e ao desejo.

Kakashi imaginava que tudo aquilo poderia afetar Iruka, sabia o efeito que tinha sobre qualquer ser humano, mas sua ligação com o jovem era mais profunda. Chegou tão perto de não conseguir parar, de sugar até a última gota de vida do outro, não saberia o que faria se não tivesse conseguido parar.

Mas ver Iruka dormindo em seus lençóis, apesar de todas as marcas em seu corpo, confirmava que não seria capaz de fazer mal a ele. Só desejava que acordasse logo, já sentia falta das provocações, da língua afiada, de ouvir seu coração acelerar sempre que chegava perto, ver suas bochechas corarem. Infelizmente só veria aqueles olhos castanhos abertos novamente no dia seguinte, precisava descansar.

Sem muitas opções, não que quisesse fazer outra coisa a não ser ficar ao lado de Iruka, o upir se ajeitou ao lado do seu amado, o abraçou e desejou poder ser levado para o mundo dos sonhos. Não aconteceria. Então, apenas repassou todos os acontecimentos, desde o dia que conheceu o médico, sua primeira impressão, como foi rápida e inegavelmente atraído por ele. O impedir de ver seu rosto, além do receio de poder influenciá-lo, era divertido vê-lo frustrado e com a feição emburrada. A primeira vez que se permitiu sentir o gosto de sua boca que o levou ao paraíso, apenas para jogá-lo mais uma vez para o inferno. Valeu a pena ser condenado, mais uma vez.

"Ele é forte, pensei que a noite passada seria a última do querido doutor."

Kakashi ouviu a voz do Obito lhe perturbando. Queria dizer que estava ficando louco, mas de alguma forma, sentia que o Uchiha estava ali.

— O que você quer?

"Colocar juízo nessa sua cabeça! Mas isso é impossível. Sabe muito bem como isso acabará, Kakashi. E não será de uma forma boa, nem para ele, nem para ti."

— Darei um jeito de fazer dar certo. Não estou disposto a abrir mão de Iruka e do que sinto por ele. E deveria ser a última pessoa a pedir isso para mim.

"Pelo contrário, por saber como tudo acaba é que estou te falando isso. Espero que esteja disposto a enfrentar todas as consequências das suas atitudes e escolhas e se prepare para quando chegar o momento de fazer o que é preciso."

O Hatake não iria se deixar abalar pelas provocações de um fantasma, ou do seu subconsciente. Sabia que teriam alguns problemas pela frente e os enfrentaria. Enfrentaria qualquer um e qualquer coisa por Iruka.

Ficou um tempo velando o sono do Umino antes de se levantar e ir preparar algo para ele comer, em breve acordaria e estaria faminto e ainda tinha que se preparar mentalmente para a conversa que teria com delegado.

— Um rival? — se perguntou e sorriu para si próprio. "Um rival que tem todas as vantagens ao seu lado, incluindo aquela de poder viver ao lado de Iruka sem colocar sua vida em risco." Sua mente preencheu o pensamento e soava exatamente como algo que Obito diria.

1732 - O Ano do VampiroOnde histórias criam vida. Descubra agora