Capítulo 15

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A cena da cozinha não sai da minha mente, e mesmo vestido a blusa de frio, eu consigo ver através do tecido, ver os cortes em suas braços e no abdome

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A cena da cozinha não sai da minha mente, e mesmo vestido a blusa de frio, eu consigo ver através do tecido, ver os cortes em suas braços e no abdome.

O choro dela é audível mesmo quando eu vou até seu quarto pra pegar suas coisas, e quando eu preparo a banheira pro seu banho, eu ainda escuto seus soluços, e a cada um deles, meu coração se parte.

Vejo a dificuldade que ela tem em se levantar da cama, então eu a ajudo a ir até o banheiro. Pelo reflexo do espelho, vejo seu pedido silencioso pro ajuda. Então eu a coloco sentada sobre a tampa da privada, sabendo que ela não conseguiria se mantar de pé por muito tempo.

Meus olhos não deixam o seu rosto, enquanto minhas mãos trabalham pra tirar os tecidos do seu corpo, ela realmente está mais magra. Algumas lágrimas insistem em cair dos meus olhos, e Vênus usa suas mãos para secá-las.

Vênus: não faz isso. Te ver chorar parte meu coração.

Ela fala e um soluço escapa dos lábios dela, então eu engulo minhas lágrimas e termino de despi-la, em seguida a coloco na banheira.

Jay: vou te dar privacidade, mas a porta vai ficar aberta. Quando terminar me chama.

Vejo ela concordar com a cabeça, e saio do banheiro, deixando a porta aberta. Me sento em minha cama e coloco as mãos em minha cabeça, o interfone toca, mas eu não saio do quarto. Somente pego meu celular, e peço para John pegar as pizzas, e dividir com os outros, e aviso a amanhã lhe entrego o dinheiro, ele me responde com um okay, e eu abandono o celular encima da minha mesa.

Alguns minutos depois Vênus me chama, e eu prontamente vou até o banheiro, a ajudo a sair da banheira, se secar e vestir o pijama. Quando voltamos pro quarto, ela se deita em minha cama e eu logo diminuo a claridade da luz.

Vênus: Jay?

Ela me chama alguns segundo depois que eu sentei em minha cadeira gamer.

Jay: oi.

Vênus: vc pode me abraçar?

Jay: posso.

Eu me levanto, vou até acama e percebo que ela levanta uma parte da coberta, me pedindo, silenciosamente, pra deixar ali. Eu fome enfio debaixo das cobertas, passo um dos meus braços por baixo do seu pescoço e o com o outro eu a abraço pela cintura, fazendo seu corpo colar no meu. Ela passa um dos seus braços por cima de mim, e mesmo com a camisa, eu consigo sentir como sua mão está fria.

Não sei quanto tempo ela demora pra cair no sono, tudo que sei é que passo horas focado em sua respiração, prestando atenção em cada uma delas. Ela não se mexe durante toda a noite, e eu não consigo fechar meus olhos em nenhum momento.

Algumas horas depois que a luz do sol entra pela fresta da curtinha, eu saio cuidadosamente da cama. Passo dez minutos olhando se ela ainda continua dormindo, depois que vejo que sim, eu saio do meu apartamento e vou até a portaria e vejo John.

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