Capítulo 73

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Quando PJ para de andar eu também paro

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Quando PJ para de andar eu também paro. Desvio meu olhar das costas dele, pro meus pés. Uma mão no meu ombro me faz virar, e eu vejo Rubi, que está ofegante e com nossas bolsas.

Rubi: vcs dois, correm, muito, rápido.

A gente tava correndo?

Rubi: me dá, a chave, do carro.

Ela fala ainda ofegante. Ficamos alguns segundo encarando ela, eu pq não tenho a chave, e PJ eu não sei pq.

Rubi: vcs dois não tem condições nenhuma de dirigir agora.

PJ coloca a chave na mão de Rubi.

Rubi: eu sei que é difícil, mas vcs precisam se acalmar.

Ela fala tirando lenços de papel da bolsa e entregado pra nós dois. Eu olho pra ela sem entender pq ela está me mando aquilo. Rubi meu mostra meu reflexo no espelho, e só então eu percebo que estou chorando copiosamente, inclusive soluçando e PJ está do mesmo jeito.

Rubi: vcs precisam respirar bem fundo, ou vão acabar passando mal.

Ela envolve nós dois em uma braço entranho, e PJ é o primeiro a se acalmar um pouco, enquanto eu tenho uma dificuldade em parar de soluçar.

PJ: precisamos ir.

Rubi: entrem no carro.

Eu entro na parte de trás, enquanto eles vão na frente. Me forço a parar de chorar, respirando fundo diversas vezes, até que os soluços vão embora e eu passo a prestar atenção na conversa dos dois.

PJ: acho que não. O contato de emergência dele aqui na Califórnia sou eu.

Rubi: então liga pra eles, ou para os seus pais e pede eles pra avisarem os Collins.

Tudo que eu quero nesse momento e chegar no hospital e confirmar que ele tá bem. Eu preciso que ele esteja bem. Luto contra todos os pensamentos negativos, prendo todos eles em um pote pra mim lidar com eles depois, pq agora não posso, ou irei me despedaçar.

PJ: ela vai ficar bem?

Rubi: ela vai. Acho que está em choque.

Queria dizer pra eles que não precisam se preocupar comigo, mas minha boca pra deve estar costurada, pq não digo nenhuma palavra, apenas vejo a cidadã passando do lado de fora.

Quando chegamos ao hospital, eu sigo meus amigos pra dentro. Rubi enlaça minha mão, e me guia pelo lugar. Depois de algumas informações, nos somos guiados até uma sala de espera, onde somos avisados que assim que possível o médico vem falar com a gente.

Eu me sento em uma das cadeiras, apoio meus cotovelos nos joelhos, abaixo a cabeça e encaro o espaço do chão entre meus pés. Meu cérebro está em branco, eu não penso em nada, só fico ali, encarando o chão sem prestar atenção nas coisas que acontecem ao meu redor.

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