Ela uma bad girl encrenqueira, que depois de ser expulsa dos dormitórios da faculdade, precisa de um novo lugar pra ficar.
Ele tem um apartamento perto do campus, e quando seu melhor amigo, lhe pede um favor, ele não recusa, e aceita a garota em seu...
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Faço faculdade de Engenharia química, e isso, geralmente, deixa as pessoas bem chocadas, já que, "não combina" com meu estilo. As pessoas vivem dizendo que eu sou uma bad girl, talvez seja as tatuagens, e os piercings, ou a jaqueta de couro, ou até mesmo minha personalidade. Eu não me importo do que falam de mim, mas talvez eles estejam certos, pq eu, realmente, sou fria, grossa e mau humorada. Inicialmente ser assim foi a forma que encontrei para me defender das crianças maldosas do orfanato, e da escola. Mas agora essa realmente sou eu, e estou bem satisfeita comigo.
Eu fui deixada no orfanato, quando tinha 3 semanas de vida, e tudo que deixaram comigo foi a certidão de nascimento, e nela só tinha um nome, o meu, Bellatrix. Sem pai, nem mãe, nem mais nada. Minha infância no orfanato foi bem okay, eu era alimentada, tinha onde dormir, e tinha o que vestir. Eu dei sorte de ficar em um bom orfanato, onde ninguém sofria abuso físico ou mental por parte das cuidadoras. Porém das outras crianças, eu tive que aprender a me defender, e com o tempo ninguém mexia comigo mais.
Quando tinha 16 anos, comecei a trabalhar as vezes passeando com cachorros, as vezes cuidando de crianças, outras vezes ajudando a organizar a casa das pessoas. Então eu acabei tendo a ajuda da diretora do orfanato e fui emancipada. Obviamente não saiu bem como o planejado, e no começo eu precisei me desdobrar entre os estudos e o trabalho, mas agora estou bem melhor, financeiramente, falando.
A maior parte do dinheiro que tenho hoje, veio de Isabel Monteiro, uma mulher que eu cuidei por dois anos. Comecei a trabalhar pra ela uns seis meses depois de ser emancipada. Eu fazia todas as tarefas da casa, e podia comer e dormir lá, o que foi de grande ajuda. Pela convivência, nos acabamos nos tornando amigas, e eu me apeguei a ela. E foi Isabel quem vibrou comigo quando eu passei na UCLA, porém ela estava doente e não tinha me contado, câncer no pâncreas. E assim como eu, ela também tinha família, então quando ela morreu, eu não sabia o que fazer, nem como planejar um funeral.
Algumas horas depois da partida dela, advogada apareceu em casa e disse que Isabel já tinha tudo planejado para sua despedida, e além disso eu era a herdeira das coisas dela. Inicialmente eu neguei, não queria o dinheiro dela, mas depois de ler a carta que ela deixou, e aceitei, e tudo que ela pediu foi feito, a cada foi vendida, e todo o dinheiro da conta dela, e da casa, vieram pra minha conta. Foi assim que eu sai do Colorado pra Califórnia, com quase 1 milhão de dólares no bolso e o sonho de fazer faculdade.
Faz um ano que eu estou na faculdade, eu tive algumas discussões acaloradas com algumas pessoas durante esse ano. Minha primeira colega de quarto, no dormitório, estava roubando minhas coisas, e até cheguei a brigar com ela, mas preferi trocar de quarto, pagar um mais caro, individual e não ter problema com outra garota. E eu me enganei de novo, pq nesse momento eu estou discutindo com minha "vizinha" do lado, Stacy.
A patricinha vem me tirando do sério nas últimas semanas. Sempre trombando em mim pelos corredores, apontando dedos quando eu passo, e inventando boatos. Além disso, ela vive deixando o som alto, bem na minha hora de estudo.
Vênus: garota, deixa de ridícula.
Stacy: eu não quero morar ao lado de uma traficante.
Várias meninas saíram do seus quartos e estão observando a discussão entra a gente. E eu sei que nenhuma dessas garotas gostam de mim, o que dificulta ter alguém do meu lado.
Vênus: não sei de onde vc tirou isso. Eu não mexo com essas merda.
Stacy: vc não trabalha, não tem pais, nem família, então da onde vem o dinheiro pra pagar por esse quarto?
Vênus: eu não tenho que ficar de dando satisfação. Só desliga a merda do som, pq eu quero estudar.
Stacy: eu to no meu quarto, e faço o que quiser. Afinal meus PAIS pagam uma grana pro esse quarto.
Vênus: que fofo, ela é sustentando pelos pais.
Falo debochando.
Stacy: pelo menos eu tenho pais. Os meus me quiseram, e os seus te descartaram como lixo.
Okay, tocou na ferida, mas não vou abaixar a cabeça. Olho ao redor e percebo que as garotas estão rindo.
Stacy: vc não sabe, e nem nuca vai saber o que é ter uma família.
Vênus: prefiro não ter uma, do que ter uma igual a sua. Como se sentiu quando viu as fotos do seu pai com aquela garota?
Stacy me encara com ódio, quando toco no assunto da semana passada. O pai dela é um empresário conhecido, e a notícia saiu nos maiores sites de fofoca.
Vênus: ela é mais nova que vc, tem o que? 17 anos?
Falo, cruzando os braços e vendo a garota ficar vermelha.
Vênus: além de traidor, ainda é pedófilo. Eu teria pena da sua mãe, mas ouvi dizer que ela só se casou por dinheiro, e vc foi a forma que ela encontrou de assegurar que nunca ia sair de mãos vazias.
Stacy se move mais rápido do que eu pensava. Então me assusto quando sua mão acerta meu rosto em um tapa. Assim que eu me recupero do susto, um sorriso de coringa, aparece em meu rosto.
Vênus: ninguém encosta em mim e sai sem pagar.
Assim que termino se falar, eu dou um soco no nariz dela. Eu sei que quebrou, pq minha mão dói pra caralho, e o nariz dela sangra, enquanto ela grita e faz um escarcéu. Ah merda, isso vai dar problema.
Dito e feito, pq alguns minutos depois eu estou na sala da inspetora e a diretora também está aqui. Vários minutos se passam, algumas meninas que presenciaram a cena são chamadas, e todas elas disseram que a Stacy provocou um pouco, mas quem partiu pra agressão foi eu.
Diretora: como foi dito que Stacy provou, e ela não vai prestar queixa, eu diria que vc saiu quase impune dessa atrocidade.
Vênus: quase?
Pergunto franzindo o senho.
Diretora: quase, pq não podemos aceitar esse tipo de coisa nos dormitórios.
Inspetora: vc tem 3 dias pra sair do dormitório.
Vênus: o que? Vcs não podem me expulsar assim. Aquela filha da puta me deu um tapa na cara e fica por isso mesmo?
Inspetora: que linguajar é esse?
Eu reviro meus olhos e cruzo meus braços.
Diretora: é nenhuma das 6 garotas falaram de tapa, então, só vc vai ser punida.
Vênus: acabaram?
Inspetora: sim! Desocupe o quarto até na sexta.
Sem falar mais nada eu me levanto e saio da sala dela, em direção ao meu quarto. E a primeira coisa que faço é ligar pra Rubi.
