Meu Anjo - pt.4 final

697 93 38
                                    

❛𝙺εииγ 𝙼ϲ𝙲οямɪᴄᴋ❜

Depois de uns quinze minutos procurando um kit médico, e falhando, Bebe veio ver o motivo da demora. Então expliquei que queria fazer alguns curativos no rosto do loiro. Ela vai em um dos banheiros e volta com uma maletinha branca com uma cruz vermelha. Kit médico. Volto pra cozinha e o encontro onde tinha deixado. Estava sentado em cima do balcão balançando os pés, por n conseguir alcançar o chão. Sorri assim que me vê e seu olho roxo se fecha. Estava tão machucado. Queria estar lá pra impedir que tudo tivesse acontecido. Se eu estivesse lá o filho da puta do Cartman não teria encostado um dedo nele.

-Cheguei loirinho, demorei muito?-pergunto o olhando, mesmo todo destruído assim ele consegue se parecer com um anjo. Um bem abatido, mas ainda sim um anjo. Ele apenas sorri e nega, dizendo um "que nada". Então trato de começar os cuidados. Pego um spray para os ralados e cortes, enrrolo algus gelos do frigobar em um pano pro nariz e boca inchados, além de pegar duas pomadas para depois e, por último, ataduras e band-aid.-Vai arder um pouco, ta bom?-digo antes de espirrar o spray em um dos cortes. Ele exclama de dor, então começo a soprar o local que tinha acabado de espirrar.-Pronto, já vai passar, olha.-Cacete, é como se eu tivesse cuidando de uma criancinha. Sei bem o quanto arde esse spray, mas trás uma pequena sensação de frescor quando é soprado. Repito o processo com o outro corte e todos os outros ralados. Enquanto espero secarem para passar uma das pomadas, passo a outra onde estava inchado. Ela era gelada e feita para lesões, e também tinha um cheiro ruim.

-Nossa, que fedida, pra que serve?-rio de sua sinceridade inesperada, fofo. Passo em sua mandíbula e bochecha.

-Serve pra desinchar essas pancadas e não ficar tão roxo.-termino e passar e corro meus olhos por ele.-Tem em mais algum lugar?-ele abaixa a cabeça e afirma. Logo depois levanta a blusa até o topo da costela. Tinha uma marca grande por toda ela. Tomara que nenhuma tenha quebrado. Passo a pomada bem devagar com os dedos para não o machucar, mas como ela é gelada, consigo ouvir o loiro grunhir e o vejo se arrepiar.-Tá doendo quando eu passo?-ele apenas nega com a cabeça. Assim que termino, abaixo sua blusa e volto a olhar seu rosto. Pego a outra pomada, esta que ajuda na cicatrização, e passo em seus cortes e ralados. Depois termino colocando um band-aid em cada corte. Para os outros machucados eu improviso um curativo com uma fita de atadura e a prendendo com esparadrapos. Ok, parece bom pra mim.-Prontinho senhor, novinho em folha.

-Obrigado doutor, voltarei mais vezes.-ele diz rindo e eu o ajudo a descer, logo depois de guardar todo o material na pequena maleta e deixá-la no balcão mesmo.

-Espero que não.-ele vai em direção as escadas, mas não o sigo. Vou a procura de um refresco pra gente. Assim que pego uma cerveja pra mim e um refri pra ele, o alcanço no meio da escadaria e subimos juntos.

 ᚕ ᚕ ᚕ 

❛乃𝚞𝚝𝚝𝚎𝚛𝚜 ន𝚝𝚘𝚝𝚌𝚑❜

Já era mais de três da manhã. Ninguém bebia mais, mas Kenny dividia um cigarro com Craig. Depois de termos subido, ouvimos especulações e brincadeiras dizendo que estávamos transando de tanta demora. Ainda brincamos de um jogo chamado eu nunca, que eu, até então, conhecia, também jogamos algumas rodadas de Twister e até de gato mia. Estava sendo bem divertido. Claro, pelo fato de eu estar ignorando a presença de Cartman, que não participou de nenhum dos jogos. Estava num canto se excluindo e eu não podia me importar menos.

Agora víamos um filme que eu nunca tinha visto antes, O Massacre da Serra Elétrica 3D. Era de terror, foi o que a maioria quis. Eu odeio filme de terror. Não consigo não me assustar e depois sempre acabo tendo pesadelos. Estávamos em uma parte super tensa, onde as duas meninas estavam tentando sair da van que capotaram e o vilão está destruindo a mesma para pegar elas. Não sei como ainda não vomitei.

Como Nunca Reparei em Você Antes? - BunnyOnde histórias criam vida. Descubra agora