Após o acidente na qual perdeu sua mãe, Lina se ver perdida após se obrigada a sair de sua terra natal e embarca em uma aventura do outro lado do oceano. Com isso, surgem novas amizades, intrigas e principalmente amores, além disso ela terá de que e...
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25 de julho.
OK. Agora minha ficha está caindo, daqui algumas semanas minha vida mudará completamente.
EU ESTOU E̶N̶C̶A̶N̶T̶A̶D̶A̶! ( APAVORADA!)
Sabe diário, Gosto de pensar que as vezes é interessante observar os movimentos de nossas mudanças interiores. Eu sinto que já estou mudando, e olha que eu ainda nem viajei! E como quando um dia a gente acorda e percebe que a roupa não nos serve mais. Como se no curto espaço do descanso de uma noite a nossa alma mudasse e só nós percebemos isso. Mudanças são inevitáveis e as vezes boas, muito boas. Eu estou feliz, eu realmente estou feliz, principalmente por ir atrás do meu sonho.
Pra mim, Florença sempre foi um sonho distante. Mas agora está mais perto que nunca.
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O clima de Marina Piccola se encontra agradável, estou sentada em baixo de uma árvore em frente a escola, só esperando o segundo tempo, já que cheguei atrasada.
Perdida em meus pensamentos e nas letras escritas de forma caprichada, me assusto com a sombra de alguém na minha frente.
Rapidamente, como reflexo, guardo o diário na mochila e tiro meu fone, levanto o olhar.
Pietro está usando uma bermuda preta, uma blusa branca com alguns detalhes em vermelho e preto. Em seu pescoço se encontra duas correntinhas, sendo uma mais larga e outra mais fina, já no pé, seu tênis branco da Nike.
O mesmo está com a mochila apoiada em seus ombros e as suas mãos, com dois anéis, apoiadas na alça, fazendo com que ele fique em uma posição que pareça uma criança, deixando-o super fofo.
--- Tá fazendo o que ? Escondeu tudo. --- deu uma risada nasal ---- Fazendo algo de errado Sra. Emerson? - perguntou enquanto se agacha e senta ao meu lado. --- Tô fazendo nada. ---- dou de ombros. Ele me olha com as sobrancelhas erguidas e eu reviro os olhos. - Eu... eu estava lendo. Cheguei atrasada e vim aqui para fora. Porque você não está na aula? --- falo tudo um pouco rápido para que ele não prestar atenção, não tô muito afim de ficar falando sobre essas coisas. --- Despertador não tocou. --- deu de ombros --- Mas não troca de assunto não! Você estava lendo o que? Me mostra vai! --- fez bico, mas logo desmancha. --- Se não mostrar, eu mesmo pego --- ele fala com um sorriso sacana enquanto aponta para a mochila no meu colo. --- Hoje você está mais chato que o normal em. --- E você adora que eu sei. --- Não sei de onde você tirou isso. --- Digo debochando de Pietro que abre um leve sorriso. --- Eu tava lendo um diário, mas específicamente da minha mãe. --- Deixa eu vê. --- Pietro pede e logo entrego o diário pro mesmo. --- Parece antigo. --- É de quando ela era adolescente. todo verão minha família viajava pra cá, minha mãe sempre amou esse lugar, mas nunca me falou dele. --- Ela escrevia bastante né? --- Ela adorava escrever, principalmente diários. Minha mãe era incrível. --- Deveria ser mesmo, eu teria gostado de conhecer ela. Tenho certeza que ela ia adorar me ter como genro. --- Diz Pietro enquanto rir. --- Você é insuportável Pietro! --- Digo dando um empurrãozinho de leve no mesmo enquanto rio com ele. --- Voce vai ir me vê jogar? --- Diz Maggi logo depois de parar de rir. --- Quando? Pensei que os jogos iam ser cancelados. --- Eles resolveram fazer semana que vem, depois das provas. --- Nem acredito que as férias já estão chegando! --- Já tava na hora né?! E você não pode nem reclamar, acabou de chegar, quase não teve aula. --- Verdade né, mas mesmo assim, essa escola só tem gente chata. --- Que bom que eu sou uma pessoa super legal. --- Vou fingir que não ouvir isso e ir pra minha aula. --- Digo me levantando logo após vê o horário. --- EI, me espera linda.
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As aulas acabaram e agora eu já estou em casa.
Enfim, entro na cozinha de casa, era até grande. A pia com armários embutidos embaixo ao longo da parede, no final da parede se encontra a despensa. Com uma janela bem em cima da pia, dando vista ao portão de casa, e um balcão ilha no meio da cozinha, na cor preta, e tinha dois bancos na frente. Em um canto mais afastado, tem a mesa, que era de 6 lugares, onde me sento em frente à Livia, e almoçamos entre conversas e risadas.
--- Eu juro Livia, foi a maior vergonha da minha vida! --- Eu imagino, prima. --- Foi na frente de todo mundo, não tinha pra onde fugir. --- Conto mais uma das minhas aventuras que tive no México.
Depois de um tempo na mesa, resolvo subir, dou tchau aos meus tios, e vou para o meu quarto estudar. Antes disso, vou ao banheiro, faço o necessário, e depois me jogo na cama, cansada. Amo tia Natália, mas com certeza seria diferente se a minha mãe estivesse comigo.
Eu queria que ela me apresentasse Marina Piccola.
Depois de um tempo, me levanto determinada a estudar, eu preciso tirar uma nota boa se eu quiser ficar de férias.
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Hoje eu fui pra escola, não aconteceu nada de importante. Só fingi que prestei atenção nas aulas e comi. Quando eu cheguei tomei um banho, eu teria uma prova de matemática amanhã, então eu teria que estudar, mas eu estava com uma preguiça enorme.
- Que estudar que nada, cansado do jeito que eu estou eu vou é dormir. - Digo, me aconchegando na cama.
Eu não lembro de muita coisa justamente por que dormi imediatamente.
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- Pietro, acorda! - Diz uma voz me sacudindo. - O que? - Digo abrindo os olhos aos poucos. - Você tá atrasado pra escola, você não tinha prova hoje?! - Diz a voz, que agora eu reconheço. - Merda, mãe!
Digo me levantando e pegando o primeiro moletom que vejo na minha frente. Após me vestir, desço as escadas correndo.
- TCHAU, MÃE!
Que merda, eu não sei como dormi tantas horas seguidas, e o pior é que além de não saber nada da prova eu ainda vou chegar atrasado. Que dia maravilhoso!
