Meus batimentos aumentaram quando vi Zaid. Seu semblante era sério, mas não parecia estar bravo. Eu podia perceber seus olhos me examinarem com cuidado e aquilo fazia minha pele queimar.
—"Eu...". Minha voz saiu como um sussurro, então pigarreei, tentando não demonstrar nervosismo.
—"Eu só queria conversar sobre uma coisa".Zaid apertou as sobrancelhas ao ouvir e um sorriso presunçoso apareceu em seu rosto.
—"Você veio terminar o que começamos na outra noite?". Corrigiu.
Aquilo pareceu mais uma afirmação do que uma pergunta.
Apertei os olhos e sacudi a cabeça, me livrando daquelas palavras.—"Não". Suspirei. —"Eu quero te perguntar uma coisa".
Ouvi algo como um resmungo sair de sua boca e foi quando ele se aproximou, me fazendo andar até bater minha bunda contra à mesa. Olhei para trás, percebendo que não tinha como me afastar mais. Zaid cravou os olhos em minhas mãos e foi quando percebi que eu ainda segurava suas baquetas. Ele esticou as mãos e as agarrou, mas não as puxou. Seus olhos estavam fixos nos meus meus, e eu não sabia o que aquilo significava. Senti suas mãos firmes guiaram as baquetas até minhas coxas. Engoli em seco, mas não desviei o olhar e ele fez o mesmo. O que ele queria? E por que eu não conseguia dizer uma sequer palavra ou me afastar?
—"Shiu!". Sussurrou Zaid, ao perceber que eu iria tentar dizer algo.
Meu corpo queimava e o frio que eu sentia, desapareceu. Zaid começou a percorrer as baquetas das minhas coxas até o meio das minhas pernas, o que me fez soltar um pequeno grunhido pelo susto. Olhei na direção e me remexi um pouco, quando ele pressionou contra meu clítoris com um pouco mais de força. Zaid as levantou e passou do ponto sensível até chegar em meu queixo, enquanto eu observava todo o caminho com atenção. Com as pontas da baquetas, ele inclinou meu rosto, me obrigando a olhá-lo, outra vez. Seus olhos estavam escuros e um pequeno sorriso estava no canto de sua boca. Eu estava em choque e meus joelhos estavam quase falhando. O pequeno espaço entre nós foi preenchido, quando ele deu um passo em minha direção.
—"O que você quer, Safira?". Cochichou em meu ouvido. Sua voz estava aveludada e envolvente como nunca.
O que eu quero? Eu queria uma resposta para a pergunta que eu tinha, mas agora eu tenho outras e não sei teria alguma sequer.
De repente, ele encostou seus lábios em minha orelha, me fazendo sentir seu hálito quente. Me virei para olhá-lo e quando avistei sua boca, me peguei imaginando qual seria o gosto de seu beijo. Mordi meu lábio inferior, tentando controlar qualquer instinto. Não acreditava que aquilo estava acontecendo de novo. Ele iria me deixar na vontade como da outra vez ou iria fazer alguma coisa?—"Não vai responder minha pergunta?".
Era eu quem deveria estar fazendo perguntas, não ele. Me inclinei em sua direção e me forcei a me lembrar do porquê eu estava ali.
—"Tem alguém brincando comigo...". Comecei.
Zaid sorriu, começando a se divertir.
—"Estou recebendo mensagens, e acho que estou sendo vigiada também".
Seu sorriso desapareceu e um semblante sério se manifestou. —"Como assim?".
Soltei o ar que prendia e desviei o olhar. Aquilo era algo sério agora.
—"Acho que pode ser James que".
—"Não". Me interrompeu. —"James não está com tempo para essas merdas. Seja quem for, não é nenhum dos meus amigos, se é o que quer saber".
Assenti e uma ansiedade começou a se instalar em mim. Por algum motivo, eu pensei que fosse descobrir algo hoje.
—"O que mais você sabe sobre as mensagens?". Sua voz transbordava curiosidade.
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O Baterista dos Death's Heads
FanfictionSempre me perguntei se o impenetrável chama mesmo atenção. E depois de anos observando eles; os Death's Heads, percebi que não só o impenetrável, mas também, Zaid Davis. Ele é o irmão mais velho da minha melhor amiga, e também, o baterista. Zaid era...