2066 palavras.
Boa leitura!
I . Cabelos rosados e olhos carmesins
O vento que batia no rosto alheio trazia consigo uma brisa quente de verão. Os dias estavam mudados. O clima estava se aquecendo, assim como o coração de uma jovem mulher que pairava sobre a grama verde do jardim de seu lar. As estações sofrera a mudança a poucos dias, mas já podia-se notar que seria um período quente. Portas e janelas abertas seria o comum em várias casas. Crianças correndo em busca de água fresca, os mais velhos se desvencilhando da corrida para não acabar os fazer cair; seria um tempo alegre, Yuki sentia isso. Talvez fosse pela leve sensação de que algo aconteceria. Nunca se sabe. Esse seria o grande problema: Nunca se sabe. Os humanos podem esperar acontecer qualquer tipo de coisa em suas vidas. Não há como prever desastres ou milagres. A mulher de cabelos claros sabia disso, porém, era inocente demais, todos falavam. Se deixa ser enganada por trapaceiros e ladrões, pessoas de qualquer tipo de laia. Aquilo não era exatamente culpa dela, mas sofrera como se fosse. Entretanto, como as estações, as pessoas mudam, e não seria a inocente Yuki Tsukumo, a mulher de cabelos rosados, que ficaria para trás.
– Yuki! Está na hora de receber os convidados! Vamos, antes que o papai dê uma bronca em nós duas.
– Estou indo, Mizuki! Não fique tão desesperada!
Oh! Pequena Mizuki! A garotinha de apenas sete anos era a caçula da família Tsukumo. Com os cabelos escuros como o recheio de manju e curto na altura de seus ombros, a garota era tão animada quanto um tanuki, caracterizado por ser travesso e alegre. A pequena Mizuki tirava sorrisos de qualquer um que atravessasse o mesmo caminho que ela, porém, uma única pessoa não foi conquistada pela pequena: seu próprio pai. Sério, exigente, conservador; algumas das características do homem da família. Disposto à tudo para manter a honra de seu lar, esse era Kaname Tsukumo. Um senhor de 39 anos, relativamente novo para se ter uma filha de 20 anos, que é Yuki Tsukumo, mais conhecida como "o prêmio". Vários pretendentes já passaram por ela, todos com um ótimo partido e boa reputação. Ela, que era uma mulher de respeito, é muito cobiçada entre os rapazes da região; não só rapazes, como homens já maduros também. Seus cabelos rosados eram alvo de muita implicância, mas seu rosto perfeito fazia com que o suas mechas incomuns se ofuscassem, mesmo que todos ainda falassem sobre e essa fosse sua fama.
Ao chegar no saguão, seus olhos negros foram de encontro com os de seu pai, que conversava com um homem aparentemente velho, com os cabelos grisalhos de idade e algumas marcas de expressão se mostrando no rosto. O assunto principal da conversa se pode notar ao ver o mais velho direcionar o olhar para a moça, dizendo ela ser "uma boa mulher" ao ouvido do pai. Se tratava novamente de pretendentes. Mais e mais homens adentravam a casa com o propósito maior de se casarem com a antes garota. Mas eles nunca diziam isso aos quatro ventos; deixavam sempre em obscuridade, esperando até o momento do tão esperado trocar de alianças acontecer. Ela não suspeita e nunca suspeitou que todos os seus "amigos" eram, na verdade, praticamente namorados, isso era o que seu pai achava. "Beijos só depois do casamento", "ela é pura. Tirarão dela a essência só depois que o matrimônio for realizado", mais e mais avisos foram postos pelo seu querido papai, que trazia sempre candidatos de famílias ricas e com influência para disputar a mão de sua querida e adorada filha.
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A mulher de cabelos rosados - Imagine Muzan Kibutsuji
FanfictionKibutsuji Muzan, o grande rei dos demônios. Será que alguém tão poderoso como ele pode ter sentimentos?