V. Semelhanças e verdades
Eliminar um hashira era algo que, no meio demoníaco, faz de si merecedor de aclamação. Todos os kisukis superiores já mataram mais de um pilar, além de inúmeros caçadores de nível mais baixo. Akaza fugiu do local onde lutou e matou Kyoujuro Rengoku, o pilar das chamas. Tanjiro, antes de ir ao encontro de Rengoku e Yuki, lançou sua nichirin negra contra Akaza, que atravessou seu corpo. Agora, em frente a casa que seu rei se encontra, Akaza puxa de si a espada do ruivo, a cravando numa árvore ali próxima. A porta da sacada é aberta, dando espaço ao vento da noite e a um certo oni entrar na biblioteca da morada.
– Mestre Muzan. Vim dar meu relatório. – Diz, ajoelhado no chão da sacada.
– Encontrou aquilo sobre o que conversamos? – Kibutsuji pergunta, substituindo a cor de suas íris de azul para o vermelho característico e algumas veias se destacam no rosto infantil.
– Eu investiguei, mas não encontrei nenhuma informação conclusiva. Não consegui nem mesmo confirmar sua existência. Não encontrei nenhum lírio-de-aranha-azul. – A tão almejada flor era a chave para a imortalidade constante sobre a luz do sol, a tão almejada flor, cuja o remédio que deu os poderes para Muzan foi feita dela como matéria-prima, só floresce três vezes ao ano e durante o dia, sendo literalmente impossível de um oni a possuir. Kibutsuji não sabe disso, Akaza não sabe disso, portanto, não terá como esses objetivos serem concluídos, a menos que um oni conquiste o sol antes...
– Então?
– Agora eu continuarei a usar todas as minhas forças para atender suas expectativas. Como dei fim no hashira seguindo suas ordens, pode ficar tranquilo.– Levanta levemente o tronco.
– Parece que você não entendeu bem, Akaza. – Antes de frente para as estantes da biblioteca, agora se vira totalmente para Akaza. Somente sua presença já causa uma pressão estonteante, porém, depois de um simples levantar do dedo indicador em sua direção, liberando, provavelmente, nem um por cento de seu imenso poder, a pressão do poder alheio deu-se contra o corpo de Akaza e fez o vidro das janelas se despedaçarem. – Era um reles hashira. O que espera que eu diga agora que você o derrotou? É mais do que natural que os onis vençam os humanos. Meu desejo era que obliterasse o Esquadrão de Exterminadores. – Akaza, depois de ser atingido, teve todo o físico em tremedeira, por medo ou pelo impacto, não se pode saber. A ira estava predominante em Kibutsuji, descontada com certa agressividade no livro em suas mãos, perderdo, primeiramente, algumas de suas páginas, mas logo adiante, se perde por completo. – Mate cada um deles até que não sobre nenhum. Não permita que eles adentrem meu campo de visão novamente. Não deveria ser complicado. Mesmo assim, você ainda não conseguiu realizar isso. O que você tem a me dizer? Vem aqui com orgulho me relatar que matou um hashira, mas havia ainda outros três exterminadores no local. Por que não deu fim neles antes de partir? Eu mandei justo você por que estava mais perto. Akaza... – Começou então a repetir teu nome como um mantra sangrento, que cada vez que é dito, mais sangue escorria da boca do superior três. – Me desapontei com você. Não acredito que recebeu um golpe de um espadachim que nem era um hashira. Até o três superior não é mais o mesmo. Se retire. – A ordem é dada. Akaza se levanta e curva-se em respeito ao seu mestre, se preparando para sair. Entretanto, uma brisa sopra para dentro do cômodo e traz uma leve presença que acreditavam estar no mundo dos mortos. – Espere, Akaza. – Ele para, mas o homem cujo é pai do "garoto" aparece no lugar, e Akaza, para não ser identificado pelo humano, fica do lado de fora da sacada, esperando o momento que aquele ser inferior partir para então atender aos comandos que lhe serão passados ou as interrogações que lhe serão perguntadas. O cheiro da mulher era como uma fragrância única, que Muzan reconheceria de longe, afinal, ficou durante uma noite inteira próximo da dona daquele perfurme. Os fios de cabelo que foram cortados pela katana de Rengoku durante a tentativa de decapitar Akaza estavam em sua roupa, como dito.
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A mulher de cabelos rosados - Imagine Muzan Kibutsuji
FanfictionKibutsuji Muzan, o grande rei dos demônios. Será que alguém tão poderoso como ele pode ter sentimentos?