Capítulo 20 - Bass & Cumprindo uma Promessa

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-Terra das Areias-

"Parece que nós chegamos." Disse para as irmãs, eu parei a carroça e observei a paisagem em minha frente.

Nós deixamos as areias do deserto para trás, a estrada de terra seca e rachada foi substituída por uma estrada de terra macia, a areia que ficava ao nosso redor desapareceu, dando lugar a um gramado verde, algumas árvores solitárias podem ser avistadas ao longe.

E no final dessa paisagem agradável havia um grande castelo de pedra cinza, um contraste claro ao ambiente ao nosso redor.

"Então esse é o castelo de Bass?" One me perguntou, se apoiando na beira da carroça.

"Parece que sim, se não for, então toda essa viagem foi um desperdício de tempo e dinheiro."

"Não gosto desse lugar, me passa uma sensação ruim." Two falou, franzindo a testa ao encarar o castelo.

"Nós entraremos no covil da fera. O que nos espera lá dentro? Dor? Tristeza? Alegria? Ou descobriremos algo sobre nós?" Three murmurou uma de suas mensagens crípticas.

"Hora de levar o Lorde da Terra das Areias à justiça!" Four exclamou, socando a palma de sua mão.

"Esse lugar precisa ser redecorado, não... Melhor derrubar e construir algo novo por cima. Não digo isso apenas por esse lugar ser feio." Five falou, tentando disfarçar a seriedade em sua voz.

Semicerrei os olhos e olhei melhor o castelo, então percebi o que Five quis dizer, graças a meus sentidos aumentados, avistei diversas coisas penduradas nos muros do castelo, essas coisas eram cadáveres em diferentes estados de decomposição, todos adultos e sendo devorados por abutres.

"Garotas, se vocês quiserem voltar, a hora é agora." Eu disse para as irmãs.

As seis ficaram em silêncio e se encararam, ninguém falou nada, com um aceno de cabeça, as seis me deram um olhar determinado.

"Agora que chegamos tão longe, não voltaremos. Iniciamos essa jornada para derrubar os lordes que oprimem o povo de Midgard e um deles está logo à frente. Se voltarmos, tudo terá sido em vão." One falou.

"Belas palavras, vejamos se você as manterá." Voltei a puxar a carroça e fui em direção ao castelo, um silêncio desconfortável tomando conta de nós.

"Lorde Alan, o que nós faremos exatamente?" Noir me perguntou.

"Não sei exatamente, entrar pela porta da frente seria estúpido, talvez eu possa voar para dentro do castelo e abrir alguma passagem por dentro."

"Pode funcionar, só estou preocupado se as irmãs permitirão. Elas podem ser impulsivas."

"Meus parabéns Noir! Você está aprendendo o quão difícil é cuidar de crianças!" Sorri para Noir.

"Isso é o que o senhor sentia enquanto dava aulas?"

"Pode apostar que sim!" Dei um olhar cansado para Noir.

O livro preto suspirou enquanto Rubrum ria.

A caminhada continuou por algum tempo, até que fomos interrompidos pelo grito de Two.

"Parem!"

Tropecei com o susto, fazendo uma parada brusca, olhei para Two, tentando encontrar algo de errado com ela.

"Two, o que aconteceu?" Four perguntou.

"Tem alguém ali!" Two gritou, apontando para uma árvore.

E ela estava certa, havia uma pessoa sentada debaixo de uma árvore mais a frente ao nosso lado.

Drakengard Anomalia: A História de um Anjo e uma IntonerOnde histórias criam vida. Descubra agora