Drakengard Anomalia: A História de um Anjo e uma Intoner

Capítulo 25 - Por Quem os Sinos Soam

Rapidamente ergui meu machado e bloqueei o soco enviando em minha direção com seu cabo.

Cerrei os dentes em uma mistura de dor e esforço quando um tremor percorreu meus braços e eu voei para trás, atingindo o chão repetidamente como uma bola, rachando-o a cada impacto.

Abri minhas asas, parando meu avanço abruptamente e me reorientando no ar antes de pousar agachado em um joelho, limpando o sangue e suor de meu rosto enquanto observava a coisa em minha frente com medo, surpresa e nervosismo.

Bartas havia se tornado um anjo, essa era a melhor forma que conseguia descrever, um ser alto, magro, de pele branca como giz e sem face.

Ele não vestia roupas e não havia nada que definisse seu gênero, mas ele possuía um par de olhos vermelhos brilhantes em sua cabeça, grandes asas luminosas em suas costas, e uma auréola branca flutuando acima de sua cabeça.

Felizmente, o braço decepado não se regenerou, mas o braço e peitoral metálico ainda estavam lá, com o orbe girando e zumbido, emanando uma luz branca cegante que queimava meu corpo semelhante à luz solar.

Bartas se tornou meu completo oposto. Hump! Um anjo de luz contra um anjo de escuridão. Acredito que isso realmente entraria para os livros de história, isto é, se alguém sobreviver para contar.

Abandonei esses pensamentos quando Bartas bateu suas asas a avançou em minha direção com seu punho erguido, seus olhos, asas e orbe deixando um rastro luminoso por onde ele passava.

Assumi uma pose de combate e esperei que Bartas se aproximasse. Me transforando em escuridão da cintura para baixo e permitindo que ele passasse acima de mim, antes de desferir um golpe direcionado a seu estômago.

Observei curiosamente como um pó branco voo para fora de seu corpo no momento do corte, mas deixei isso para depois quando Bartas fincou seus pés no chão, parando seu voo e dando meia volta com o punho envolto em magia.

Bati minhas asas para decolar enquanto retornava a minha forma física, escapando do golpe direto, mas não da explosão mágica resultante. Uma cratera de formou no momento que o punho de Bartas atingiu o chão, seguido de uma onda de energia luminosa, me arremessando para longe.

Voei para trás, parcialmente cegado e queimado pela luz até que minhas costas atingiram algo com força, ouvi pedra e vidro se quebrando enquanto algo caía em cima de mim.

Esfreguei meus olhos, tentando dissipar as manchas em minha visão, e vislumbrei Bartas me encarando ao longe, com sua mão metálica apontada em minha direção.

Não precisei adivinhar o que ele pretendia fazer, magia se acumulou em um orbe luminoso na palma da mão de Bartas e ele lançou um disparo mágico em minha direção.

Acumulei magia na ponta de cada dedo de minha mão direita e disparei uma série de projéteis mágicos em direção ao ataque que se aproximava, torcendo para eu acertar.

BOOM!

Felizmente, obtive o resultado que desejava, nossos ataques colidiram no ar, criando uma explosão estrondosa seguida de uma nuvem de fumaça.

Rapidamente me reorientei e avancei em direção a Bartas, com minha visão ainda manchada, e girei rapidamente no meio da corrida, arremessando meu machado como uma serra circular gigante.

Então me transformei em escuridão e contornei Bartas, observando como ele focava em meu machado que se aproximava pela nuvem de fumaça velozmente como um borrão escuro, e pisava para o lado, desviando da arma, mas me dando a oportunidade de me aproximar por trás.

Vi os olhos de Bartas se arregalarem levemente em surpresa a me ver atrás dele, mas não perdi tempo em retornar a forma física e agarrar meu machado em meio ao voo, girando meu corpo enquanto avançava e desferindo um corte pesado em seu peito.