Enid a tirou de dentro do banheiro e levou para o quarto. Colocou em cima da mesa e a possuiu ali mesmo. Com as pernas ainda em volta da cintura da loira, Wednesday apoiou os braços para trás e deixou que ela fizesse o que queria. Enid desamarrou o corpete e deixou os seios dela a mostra. Enquanto sua mão se detinha no clitóris, sugou um seio desesperadamente. O braço em volta da cintura dela não a deixava perder o ritmo do rebolado e em minutos ela estava gozando totalmente alucinada.
- Ahh... aahhh... amor... ai... aahhh... – Enid não parava e a fez gozar outra vez.
Wednesday levou a mão até a dela pedindo que parasse, pois suas pernas estavam bambas. Respirava com dificuldade e o fôlego já havia sumido há tempos. Voltaram a se beijar e o clima ia esquentando de novo, mas Wednesday a interrompeu.
- Calma amor, a banheira já encheu e a água vai esfriar. – empurrava Enid pelos ombros. – Vamos?
- Por hora te dou uma trégua delícia! – mordeu o lábio inferior dela.
Na banheira, mais relaxadas, Enid estava no colo de Wednesday ganhando beijinhos na nuca e nos ombros. Momentos como esse é que não dispensavam. Para a loira uma sensação que nunca tivera antes e para a chef algo totalmente reconfortante, pois nunca se permitiu ter momentos de carinho com ninguém.
- Você sabia que eu nunca tomei banho de banheira com ninguém? – Wednesday falou.
- Hum... sou a primeira? Gostaria de ter sido a primeira em outras coisas...
Wednesday pensou em falar, mas ficou com vergonha.
- E você é em muitas.
Wednesday olhou pra trás e ela continuou.
- Nunca tinha andado de moto. – sorriu. – Nunca namorei no carro, nem morei com outra pessoa.
- Ah isso é mentira, você disse que quando ia pra casa da outra lá...
- Ia, mas não deu certo, então não cheguei a morar.
- Queria ter sido sua primeira namorada. – pegou os dedos dela e entrelaçou com os seus.
- Mia não merece esse posto, ela não passou de uma péssima experiência na minha vida. Pode se considerar minha primeira namorada. A mais linda, mais gata, mais gostosa e...
Começou a morder a orelha dela enquanto acariciava um seio.
- A que eu amo... E a primeira e única que eu quero passar o resto da minha vida... – Wednesday disse enquanto envolvia e acariciava a mão da mulher rodeando a aliança
Enid relaxou e se entregou deixando que ela a tocasse e Wednesday sabia bem o que fazer para dar prazer a ela. Desceu uma das mãos pela barriga fazendo círculos e parou no seu sexo, brincou com os lábios maiores e escorregou o dedo para o clitóris. Sabia que com a água o contato poderia machucá-la. Pegou ao lado da banheira um óleo e lambuzou os dedos, enfiando-os novamente entre as pernas dela. Enid gemeu baixinho, tentando se conter, mas o que a sua esposa fazia com os dedos deixava sua razão distante.
- Mais rápido linda... – pedia.
Prontamente atendeu o pedido, subia e descia, fazendo movimentos circulares também. Virou o pescoço dela para beijá-la e deu um show com a língua. Passava em volta dos lábios, no queixo e voltava para a boca. Enid capturou seus lábios na hora do orgasmo pra não gritar, mas não adiantou. O prazer veio violento sacudindo seu corpo a ponto de fechar o cenho e gemer alto. Cravou a unha na perna de Wednesday e gritou.
- Ahhh... vai amor... aaahhhh... isso... isso... ah... assim... aaahhhh!
Quando se acalmou Wednesday beijou sua testa e ficou admirando seu peito subir e descer.
- Shii... – abraçou seu corpo. – Calminha. – falou baixo. – Gostosa.
- Nossa... você sabe realmente acabar comigo. – sorriu ainda cansada.
- Você nem reclamou que está enrugada.
- Também! De onde estou não quero sair. – se agarrou aos braços da mulher.
- Ainda tem um presente te esperando...
Enid se levantou, virando-se pra ela e olhando nos olhos a agradeceu:
- Meu presente é você. A frase é piegas, mas é de coração. Não precisava me dar nada, além do que já faz por mim. Em todos os aniversários que passei sozinha, nunca reclamei. Sempre pedia a Deus pra que, se eu merecesse, um dia me fizesse plenamente feliz. Ele achou que eu merecia. – baixou a cabeça e o olhar.
Wednesday encostou a mão no queixo dela tentando levantar, mas ela somente levantou os olhos, que estavam ainda mais brilhantes.
- Se tem alguém no mundo que merece ser feliz, essa pessoa é você. Basta observar no quanto transformou minha vida. Nunca seria capaz de imaginar que estaria tão feliz como agora.
Ela se levantou e levou Wednesday com ela para a cama. Sentaram do jeito que mais gostavam, uma de frente pra outra com a chef no colo dela e as pernas entrelaçadas.
- Hoje eu não quero mais presente. Quero você assim comigo. – a segurou pela cintura.
Se curtiram até tarde, assistiram um filme e dormiram abraçadas esquecendo até de desligar a TV.
Amor é assim, deliciosamente desleixado. Parece sempre aconchegante, parece um doce macio, com cheirinho de frescor o tempo todo. Uns acham que é meloso, outros dizem que é grudento, mas o amor é sempre uma delícia, não importa o gosto que tem.
Como um despertador, Wednesday acordou e foi pra cozinha ajeitar a bagunça do dia anterior e preparar o café. Tinha tudo mais ou menos pronto e depois de montar uma bandeja farta, ela subiu sem fazer barulho. Enid dormia como um anjo, cabelos espalhados no travesseiro, de barriga pra cima com uma das mãos atrás da nuca e a outra na barriga, uma perna dobrada por cima do próprio travesseiro.
- Como ela consegue fazer isso com o travesseiro? – a mineira olhava achando graça.
Havia deixado a bandeja e os presentes na varanda, sabia que Enid gostava dali tanto quanto ela. Passou a mão na barriga dela e sentiu contrair, olhou para seu rosto e ela sorria, ainda que com os olhos fechados. Wednesday chegou bem perto e beijou-lhe a ponta do nariz, esfregou o dela no de Enid e depois seus lábios nos dela. Até que o par de olhos azuis clarinho se abriu, eram seus, assim como aquela mulher.
- Bom dia.
- Acho que morri. Estou vendo um anjo.
Wednesday passou uma perna pra outro lado e sentou em seu ventre.
- Você anda romântica demais.
- É o amor. – riu. – É tarde ou você teve a cara de pau de me acordar cedo? – foi se levantando pra ficar de frente pra ela.
- Digamos que estamos no início da manhã.
- Você não tem dó de mim. Me acorda cedo depois de ontem.
- É que eu quero te dar o presente. – falou ansiosa. – Parece que nem está ligando pra ele.
- Ô lindinha, estou sim. Só que pra mim o mais importante é ficar com você.
- Mas eu quero dar o presente.
- E cadê ele?
- Na varanda... vem...
Enid vestiu um roupão e foi com a namorada. A bandeja as esperava na espreguiçadeira e no meio dela dois pacotes embrulhados com um laço enorme e mais um balão de gás enfeitando. A loira achou graça da produção.
- Tá rindo do que? Não gostou? – perguntou insegura.
- Claro que gostei gatinha. – pegou ela no colo e levou pra espreguiçadeira. – Estou admirando a produção artística. – riu.
- Abre o presente então. – bateu palminhas toda empolgada.
Enid pegou o primeiro pacote e rasgou com laço e tudo, adorava fazer isso. A baixinha se divertia com a cena.
- Willa! Não acredito que fez isso! Amor não precisava comprar um notebook.
- Você estava precisando, disse aquele dia, lembra? – o tom de voz mudou de feliz a preocupado. – Por quê? Não gostou? Não é desse que queria? A gente pode trocar, o moço falou que tem jeito.
- Calma lindinha. – beijou-a. – Eu adorei, só acho que não precisava gastar com tanto, essas coisas custam caro. – tirou o notebook da caixa e o ligou. – Que lindo!
- Comprei porque você disse que precisava e qualquer outra coisa que te desse não seria tão útil.
- Obrigada, eu adorei.
- Tem outro. – sorriu. – Ai, se você achou esse um exagero, imagina o outro. – colocou as mãos na cabeça ficando preocupada.
- O que você aprontou hein mocinha?
- Vai, abre.
Enid abriu e arregalou os olhos.
- Meu Deus, Wednesday! Você é louca. – estava incrédula.
- Você gostou? – a perguntou veio tímida.
- Eu... O que eu posso dizer, é maravilhoso. Com ele eu posso fazer meus esboços em casa e mandar pra agência. De onde eu estiver posso passar minha ideia para a criação. Que maravilha! – olhou pra ela ainda sorrindo. – Como... da onde tirou que um cintiq iria me ajudar?
- Você falou que desenhava um pouco e eu achei que ele seria útil.
Deixou os presentes de lado e foi abraçar a namorada. Estava muito feliz.
- Outro dia me perguntaram se eu empacotava felicidade e vendia numa caixa bonita. Porque o conceito da propaganda é vender tudo, menos o produto. Daí um cliente disse que eu deveria ter uma vida modelo, já que fazia tudo ser mais bonito com a propaganda. Na época eu não te conhecia e estava ficando com uma garota. – fez uma careta. – Fiquei pensando no que ele disse sobre vender sentimentos. No fundo eu já vendi amor, status, prazer, felicidade e até juízo. Me peguei pensando naquela época se eu tinha tudo aquilo que vendia.
- Tinha?
- Que nada, eu era uma fachada completa, a maior propaganda enganosa. – baixou a cabeça envergonhada.
– Terminei com a garota e decidi ficar sozinha. – olhou pra Wednesday – No dia seguinte fui à inauguração de um restaurante, no qual conheci a mulher dos meus sonhos.
Wednesday abriu um sorriso encantador.
- Enquanto olhava pra ela pensava que a única coisa que me restava e que não tinha vendido era a esperança. Ainda bem que não desisti de você. Porque tudo que fizemos até agora foi livre de todas as propagandas ou de qualquer condicionamento. Nós somos a contramão da sociedade e não somos felizes?
- Muito. – segurou as mãos dela. – Também já me sucumbi ao consumo pra suprir o que não tinha. Amar você me fez ver que posso ser feliz sem a roupa nova, sem o carro do ano, sem ser a melhor profissional. Sendo eu mesma, sendo verdadeira, sou feliz.
Sorriram juntas e se emocionaram com o que mais seria uma constatação do que declaração. Tomaram o café da manhã com calma, sem preocupar com mais nada durante o dia. Depois Enid ligou o notebook e ficou mexendo, esboçou desenhos também e fez até um rascunho do rosto de Wednesday.
- Num é que você desenha bem?!
- Ah que isso, faço o que dá pro gasto. Tem que ver os garotos da agência. São verdadeiros artistas.
- Quero esse desenho, você pode me dar?
- Claro, eu tiro uma impressão pra você.
Depois de muito mexerem nos presentes, eles foram deixados de lado pra dar lugar a carinhos, afagos e muitos beijos. Já com os roupões abertos e mãos assanhadas, Enid falou:
- Ontem eu aprendi uma lição importante. – estava totalmente em cima de Wednesday.
- O que?
- Como o mineiro faz... Vou começar pelas beiradas, olha como aprendo rápido.
Começou a morder as laterais de seu corpo, passava a unha nas coxas, chegava bem perto dos seios, mas não encostava. Quase a beijou, mas se esquivou. Abriu seu roupão e Wednesday fez o mesmo com o dela. Os corpos se encostaram nus e a famosa corrente elétrica os saldou vinda com arrepios. À luz do dia fizeram amor uma, duas, três e muitas vezes. O que elas queriam era aproveitar. O feriado passou rápido. Como planejou, Wednesday cozinhou pra Enid todos os dias, fizeram uma bagunça na cozinha, mas se divertiram bastante.
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Medida Certa | Wenclair
FanficWednesday tem seu coração completamente protegido atrás de um parede de puro concreto e aqueles que tentarem se aproximar dele serão friamente desencorajados! Porem Enid não vai desistir facilmente... :. Esta fic é uma adaptação.