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Antes que a maioria dos alunos da CCS chegassem à escola, eu já me encontrava ali por entre as árvores, ao lado de fora enquanto esperava Finn com nosso trabalho. Por sorte ele chegou antes dos meus amigos, e no local exato onde combinamos ontem a noite.
Seus olhos estavam fundos e a marca escura em volta de seu olho parecia um pouco mais clara do que estava ontem; os cabelos também estavam bagunçados, claramente penteados apenas com seus próprios dedos, as roupas escuras e amassadas como sempre. Imagino que tenha passado uma boa parte da madrugada apenas realizando minha tarefa.
— Aqui... — segurei as folhas grampeadas, estava impecável, ele havia digitado para que não fosse tão visível que o trabalho fora feito por outra pessoa — coloquei seu nome no começo, acho que a professora não vai desconfiar.
— Obrigado, Finn... está ótimo — o mesmo sorriu curto
— Hey, olha só quem está aqui! — Oliver surgiu de repente, me causando um quase infarto fulminante do miocárdio — o garoto filho de zumbis...
Oliver não viera sozinho, mas sim com alguns de seus amigos, outros cinco garotos que riam e cassoavam de Finn baixinho. Saí de seu lado tentando evitar mais comentários vindos dos garotos; Não o maltratava, mas também não queria boatos sobre nós dois juntos rondando o colégio.
— É melhor tomar cuidado, Corine. Esse palerma vai te passar doenças se ficar muito perto — Finn virou-se em direção à escola — hey! Otário, estou falando com você!
Oliver não tardou ao atingi-lo com um soco, desta vez no nariz, fazendo-o sangrar. Senti sua dor quando os garotos o seguraram forte contra a parede enquanto Leonard chutou sua perna, Finn agonizou torcendo o pescoço.
— Errou, Léo. Ele gosta aqui! — o mais velho apertou seu membro com força contra sua mão, fazendo-o grunhir na tentativa de escapar — Está gostando, mocinha? Hã? Quer mais?!
— Para! Oliver! — tentar o enfrentar seria inútil, não estava sozinho de qualquer jeito
— Olha, Corine! É isso que vai acontecer com ele das próximas vezes que não me der o que eu mandar daquela sua lojinha idiota! Ouviu? — o jogando contra o chão, ali mesmo Finn repousou
— Mais cuidado com quem você anda — um dos garotos murmurou ao passar por mim — ou vai acabar como esse doente.
Assim que os meninos deixaram o local, fui ao encontro de Finn, que permaneceu no chão. Estava fraco e chorava baixinho. Tentei o ajudar a se levantar, mas imaginei que meu toque só causasse mais dor em sua pele, pois o mesmo me pediu para que me afastasse e que fosse embora.
