Capítulo 06

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Quanto Tempo

Oioi jujubas, como vão?

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Oioi jujubas, como vão?

Quem é vivo sempre aparece hein

Pois é amigos, recebi alguns (poucos) pedidos para que essa história fosse atualizada então aqui estou, tentando agradar meus amores e minhas amoras.

Caso queira me ajudar com um incentivo, postei uma nova história aqui no wattpad e ficaria imensamente feliz se me ajudassem dando uma chance pra leitura; o livro tá bem legal e eu estou realmente empolgada com ele ;)

É, acho que é isso, aproveitem o comeback equanto eu não volto a hibernar♡♡♡

Às vezes em que me senti largada às traças, quando meu ponto de visão se escureceu e tudo ficou embaçado, convenhamos, não foram poucas; eu sentia dores, não só no sentido figurado, mas físico

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Às vezes em que me senti largada às traças, quando meu ponto de visão se escureceu e tudo ficou embaçado, convenhamos, não foram poucas; eu sentia dores, não só no sentido figurado, mas físico. Era como se todo o cansaço e raiva se materializasse em minhas costas, causando um peso inigualável em meus ombros, um fardo que, desde o primeiro segundo, soube que teria que carregar sozinha.

Bom, o que tudo isso quer dizer? O que eu respondia todas as vezes em que Cylia me perguntava como eu ainda estava viva mesmo com tanto desgosto pelo presente? Escute, você não precisa saber dançar para se levantar e dançar.

Sim, é uma terapia intensiva, músicas e cervejas, ou em sua maioria, refrigerantes. Sozinha ou não, dançar poderia ser a cura para feridas nas quais eu ainda nem teria tido acesso. Não, não se é preciso ser um psicólogo para alcançar uma conclusão ou raciocínio. Não se é preciso ser um herói para fazer uma boa ação.

E não se é preciso ser um coreógrafo para se divertir dançando.

Surpresa para as garotas que acham que pular e suar ao som de velhos cantando no rádio é brega, eu estou pouco me fudendo.

Num pulo, tropeço assustada prendendo o dedão no tapete e assim, dolorosamente, meus joelhos alcançaram o chão. O que diabos esse idiota está fazendo aqui?

Em um curto aceno, ele sorriu. Pela janela eu o via no mesmo ângulo, de frente para mim, do lado de fora fazendo sabe-se Deus o que. Aparentemente a cortina, que se encontrava aberta, disponibilizou a visão de nossa casa bagunçada, minhas roupas suadas e coloridas e provavelmente o volume alto da televisão, que reproduzia as músicas de minha preferência enquanto eu acabava com qualquer possível boa impressão que ele ainda poderia ter de mim.

— Jeito legal de malhar — ajeitou os óculos arredondados em seu rosto

Não Finn, não estou me exercitando, seu mala.

— Ah, se ia me espionar que ao menos tenha trago o que eu te pedi, seu esquisito — o garoto sorriu brincalhão, pelos seus olhos, reparei que ele parecia mais vivo, mais presente

Pode ser só impressão. Bobagem.

Acho que perdemos uma linha temporal. Vamos concertar isso.

Março, 22

— Não feche... os olhos — repeti pela sexta vez à mim mesma

Desde a madrugada, não consegui parar de pensar naquele garoto, na forma como estava machucado, como fora machucado e como fugira, exatamente como um cão assustado. Finn estava acostumado a fugir? Ele teria ao menos para onde fugir? Alguém a quem pudesse recorrer? Nunca vi seus pais, nunca o vi caminhando para a casa ou em algum lugar fora da loja ou da escola.

Eu não sabia porque estava pensando tanto nele, mas algo transbordava minha mente àquela manhã, eu nem sequer me importava com o modo em que ele estava instalado em meus pensamentos. Me pergunto se ele pensaria em mim naquele momento. Exata mente como eu fazia.

Éramos igualmente humanos, e, naquele momento, essa era a única relevância; não os apelidos, as piadas, meus colegas....

Apenas a forma como eu sentia algo me puxando para cada vez mais perto dele. Como se houvesse algo que tinha que acontecer. Eu não sabia como ou o que, mas havia algo que eu tinha que fazer por Finn, mesmo que esse algo fosse um mistério para mim até o presente momento, ainda não conseguia parar de pensar nele.

Seus olhos eram preenchidos por um vazio. Eu o via com dois buracos em seu rosto, que refletiam um imenso vazio. Seus ouvidos alcançaram a solidão até que ela o fizesse de casa. Nunca havia o deixado.

Ele desejava estar próximo? Ou era de sua vontade estar sempre sozinho?

Eu sentia um peso diferente em meus pulmões, como se respirar fosse um tremendo esforço, acho que estou doente.

Uma música silenciosa trilhava meus olhos e os guiava pelas rachaduras do teto até os defeitos do pizo antigo; senti as pálpebras pesarem, eu gostaria de ver o Finn. Agora, antes de fechar os olhos, que ele fosse uma última lembrança. Uma última visão. Tragicamente romântico. Apenas quero ouvir sua voz mansa e trêmula me dizer que está tudo bem eu estar sempre estragando as chances de ser algo útil ou bom.

Droga Finn, você existe de verdade? Por que está me obrigando a pensar?

Se incomodaria se eu te odiasse?

Acho que está começando a surtir efeito, aquela garrafa mágica de um líquido não identificado que encontrei na geladeira é realmente uma boa amiga, não? Antes que perdesse os sentidos, tirei meus ossos pesadamente da cama, essa é a parte em que as cores começam a se misturar e perder o sentido. Li em algum lugar que azul significa estar triste, a manhã é sempre azul, ou rosa.

Eu enxergava tudo em tons de verde enquanto cambaleava da calçada até a rua de cima, em breve Finn não me reconhecerá mais pois estarei destruída o suficiente, a ponto de precisar de um exame de DNA para que possam reconhecer meu corpo debaixo da carcaça que restou.

Em tropeços, me guiei à esquina da loja medíocre de comidas, um borrão cinza passou a centímetros dos meus olhos, acho que era um cachorro, parecia maior do que o normal. ri. Você está aí Finn? Ele parecia tão distante, eu me esforcei, mas não conseguia clarear a visão, tudo era embaçado como um dia chuvoso, apenas bolas redondas de cores azuis, vermelhas e cinzas. Tudo bem, acho que estou com medo. Meu corpo está pesado, muito mais do que já esteve mesmo com todas as dores. Grunhi ao tremendo esforço de me manter de pé, sentia como se pisasse em facas, nada em meu corpo parecia forte o suficiente para se manter ereto. Nunca senti isso, não ao ar livre.

Corine, você está à um ou dois passos. Mas não conseguia me mover, tinha de haver alguém me segurando, eu não poderia ser assim tão fraca. Senti então, pela milésima vez, o peso de aceitar o fracasso. Largando então meu corpo à mercê dos perigos. O que é engraçado é que não me preocupava o resto, apenas como eu havia falhado em mais uma missão. Era como num sonho ruim, tudo o que tinha que fazer era alcança-lo, mas fui incapaz de mover meus pés.

Eu te odeio Corine. Eu te odeio Finn.

{☆ }

A escuridão poderia, em muitos momentos ser dolorosa e avassaladora, mas quando descansei por algumas horas sem nenhum outro alguém, nada no exterior ou o barulho da minha mente pesando com tanta força. Deus, àquilo era tudo o que eu precisava.

— Desculpa — uma voz doce alcançou meus ouvidos, me olhando como uma criança culpada, ele deslizou uma toalha em meu rosto — Não vi você quando caiu

Não sei se ainda odeio você, Finn.

𝒀𝒐𝒖𝒓 𝒔𝒊𝒏𝒔 ~ 𝐹.𝑊Onde histórias criam vida. Descubra agora