In the name of love |Taeyoonseok

"𝐄𝐚𝐢, 𝐧𝐞𝐫𝐝!"

𝐏𝐎𝐕 𝐌𝐢𝐧 𝐘𝐨𝐨𝐧𝐠𝐢
𝟎𝟓:𝟑𝟎 𝐏𝐌
𝐒𝐞𝐨𝐮𝐥, 𝐂𝐨𝐫𝐞𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐒𝐮𝐥

Acordei com o som irritante do despertador e me levantei, me levantando da cama com uma forte dor de cabeça e ficando ali por uns instantes até tomar coragem para me levantar e ir ao banheiro.

Olho meu reflexo no espelho, lamentável. Os olhos fundos e meus cabelos pretos bagunçados,uma feição cansada.

Um derrotado,realmente um derrotado.

Tomo meu banho e me troco já colocando a roupa da escola e assim saio de meu quarto,passeando pelos corredores escuros e silenciosos da casa até chegar em um quarto específico, da única pessoa que me entende, que não me julga e que me ama com todas as forças.

Vovó.

Eu nunca amei tanto alguém quanto eu amo minha vó, minha família sempre foi problemática mas ela... Ouso dizer que ela é a única coisa boa que tenho comigo agora.

Entro no quarto avistando a mesma sentada na cama coberta com os cobertores coloridos e macios, feição cansada, os cabelos grisalhos que ainda lhe restavam bagunçados,assistindo a previsão do tempo do dia.

Ela me olha e abre um sorriso de orelha a orelha, com seus olhos castanhos claros brilhando em minha direção, se ajeitando na cama pronta a minha espera, que logo já estou a abraçando e desejando bom dia.

— Como você está meu amor? — Ela pergunta se desvencilhando de meu abraço

— Bem,vovó — Menti.

— Certeza, yoongi? — Diz passando as pontas dos dedos levemente por meu rosto, mudando sua feição para uma claramente preucupada e angustiada. — O que houve ontem a noite? —

— Nada demais, vovó. Só... O de sempre.

Ela encerra o assunto e fica em silêncio, já tivemos essa conversa antes algumas vezes mas paramos de falar sobre quando percebemos que não daria em nada.

— Dormiu bem, vovó? — Digo, colocando o sorriso mais sincero possível em meu rosto, logo assistindo a mesma assentir com a cabeça enquanto tosse desesperadamente, suspiro.

Minha avó tem câncer de pulmão de nível avançado, descobrimos a quase um ano e desde então temos tentado fazer de tudo para ela melhorar, mas ultimamente ela tem ficado cada vez pior, o que não vou mentir que me assusta, mas tento manter a positividade.

— Dormi, meu filho— Diz, tossindo ainda mais forte e me assustando.

— Vou pegar seus remédios de hoje.— Me levanto para pegar o remédio mas a mesma me interrompe.

— Eles acabaram semana passada...

— E porque você não me contou? -Me viro para encarar a mesma.

— Não acho justo você trabalhar tanto para pagar minhas despesas, meu anjo, nem sei como você arruma tanto dinheiro para isso apenas trabalhando na biblioteca.

É... Biblioteca.

— Eu dou um jeito ok? Eu sempre dou.Vou comprar seu remédio hoje. — Digo e ela insiste por mais um tempo mas sabia que eu não iria desistir, então deixou estar. Sai do quarto de minha vó e desci até a sala, vendo uma coisa que infelizmente não era nada novo na casa da família Min.

Sempre fui uma pessoa que faz de tudo por quem amo, não importa o que seja, nunca gostei de ver ninguém importante pra mim sofrendo porque me faz sofrer mais ainda.

Mas quando entro na sala e vejo minha mãe jogada no chão com o rosto sangrando e a sala toda revirada, eu não sinto pena, eu não sofro, eu só sinto ódio.