In the name of love |Taeyoonseok

"𝐄 𝐧𝐨 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐨, 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐚 𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐫..."

• 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟑𝟗•

𝐌𝐮́𝐬𝐢𝐜𝐚: 𝐃𝐲𝐧𝐚𝐬𝐭𝐲 - 𝐌𝐈𝐈𝐀

           "𝐏𝐞𝐧𝐬𝐞𝐢 𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐢́𝐧𝐡𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐭𝐫𝐮𝐢́𝐝𝐨   𝐮𝐦𝐚 𝐝𝐢𝐧𝐚𝐬𝐭𝐢𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐨 "𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐬𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞" 𝐧𝐚̃𝐨 𝐬𝐞        𝐪𝐮𝐞𝐛𝐫𝐚𝐫𝐢𝐚. "

𝐏𝐎𝐕 𝐌𝐢𝐧 𝐘𝐨𝐨𝐧𝐠𝐢

Não sei Há exatamente quanto tempo eu tô aqui, sentado no sofá, sentindo minha cabeça doer de tanto que eu chorei.

Quase afundando nesse sofá, esfregando o rosto com força e passando a mão nos cabelos mais vezes do que realmente é necessário, fumando o quarto ou quinto cigarro, parei de contar.

E encarando essa maldita conta de Hospital.

Não quero especificar o valor, mas são zeros, muitos zeros.

E quando você tem a ideia de que um remédio de câncer custa até dez mil dólares, acho que você já imagina.

Acho que poucas vezes eu me senti tão destruido quanto agora, me sentindo mal, me sentindo triste, como se toda a minha luz — que eu já não tenho tanta — estivesse desaparecendo.

Sentindo meu corpo pesar, minha cabeça latejar de dor enquanto meu peito dói e mesmo que eu tente parar, as lágrimas não param de cair.

E toda a minha vida, tudo que eu fiz para chegar até aqui, sentado nesse sofá já quase no sexto ou sétimo cigarro, me debulhando em lágrimas enquanto encaro uma conta de Hospital que custa vinte vezes o meu salário, tudo passa pela minha cabeça.

Como se eu estivesse morrendo.

Não sei o que eu faço, não sei como caralhos eu vou pagar essa merda, não sei como caralhos eu vou voltar naquele Hospital e encarar minha avó sabendo que o caso dela não tem mais volta.

Minha avó, a mulher da minha vida, a razão pela qual eu sou o que sou, mesmo com os defeitos e as falhas.

Minha maior inspiração, meu sinônimo de força, perseverança, bondade e doçura.

Minha segunda mãe, meu tudo.

Eu vou perdê-la, estou perdendo ela aos poucos desde que ela foi diagnosticada, e a cada dia que passa, essa merda se torna mais vivida na minha cabeça.

Não sei como caralhos eu vou pagar essa conta, mas que porra...

Acendo o oitavo ou nono cigarro, negando com a cabeça quando a única pessoa que pode solucionar isso me vêm a mente.

— Eu preciso falar com você. — Disse assim que ele atendeu o telefone, ouvindo um risinho do mesmo do outro lado da linha, me xingando internamente por isso.

Eu não acredito que esse dia realmente chegou.

Justo a coisa que eu mais evitei.

Perder a minha única esperança.

🥀🥀🥀.

𝐏𝐎𝐕 𝐉𝐮𝐧𝐠 𝐆𝐢𝐮𝐥𝐢𝐚.

— Não é assim, você é uma péssima jogadora de basquete. — Chloe ria da minha cara enquanto eu a fuzilava com o olhar.

— Se rir mais uma vez eu juro que vou enfiar essa bola de basquete na sua goela. — Levantei a bola com uma cara séria, vendo ela levantar os braços em rendição.

Não sei como cheguei aqui, me lembro de ter pedido ajuda em um passo de dança, e não em passes de basquete.

— Okay okay, não ta mais aqui quem falou... — Ela negou com a cabeça, segurando o riso.