𝑻𝒂𝒕𝒆 𝑳𝒂𝒏𝒈𝒅𝒐𝒏

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Sem desespero, tudo ocorreu bem, estávamos bem. A casa onde eu morava não era uma casa feliz, ela era sombria, suas paredes sempre pareciam frias, o ar sempre parecia frio, os momentos sempre pareciam estranhos.
Eu sei que eu era fácil de assustar, talvez era por isso que eu era mais divertida, eu escutava risada mesmo quando não havia ninguém ao redor.
A brisa nunca era suave, e eu já estava enlouquecendo. Eu era jovem de mais para enlouquecer, minha mãe disse que uma garota de 15 anos não deveria enlouquecer, ela dizia que era os filmes de terror que eu assistia, mas eu nem assisto filmes de terror.

Minhas costas estavam contra a cabeceira da cama, eu estava tremendo de medo, eu havia visto algo horrível no corredor, os pensamentos de estar sendo observada me fazia tremer, porque eu estava aqui? Eu simplesmente deveria fugir e deixar que eles se preocupem.

Minha mente estava me fisgando ao decorrer do tempo, e então os pensamentos pareciam me consumir mais, e a vontade de chorar veio a tona.
Eu não olhava para lugar nenhum, eu não via ninguém além do meu próprio medo.

Foi quando eu saí do transe e vi ele sentado na minha cama, ele me olhava com olhos calmos e uma tristeza parecia habitar.
Quase pulei para longe da cama, mas sua mão agarrou meu pulso.
"Não..." Ele Murmurou olhando profundamente em meus olhos. Ele tinha os cabelos loiros bagunçados, seus olhos eram castanhos quase pretos, ele tinha uma física tão bonita, mas para mim parecia tão assustadora.
Sua mão ainda estava em meu pulso, e cada vez que eu via isso, minha respiração parecia falhar.
"Eu não vou machucar você..." Ele acariciou meu pulso, e se levantou, rodando a cama e ficando ao meu lado.
Ele se sentou  e sorriu levemente
"Eu sou Tate, Tate Langdon" ele se apresentou, notei que ele parecia ser o que dizia.
"E qual é o seu?" Ele perguntou com a voz calma
"Eu... Eu sou S/n, S/n O'Connell"
Ele sorriu com minha gagueira, eu estava nervosa e envergonhada por algum motivo.

"É um lindo nome" ele Murmurou e eu sorri em agradecimento "Você... Você é um fantasma?"
Perguntei assustada, meus olhos estavam apavorados e os dele pareciam medrosos.
"Sim... Mas não sou como eles... Existem Fantasmas como eu, que não querem fazer mal a ninguém, mas existem Fantasma que querem fazer o mal sempre que puder"

Ele disse enquanto pensava, ele parecia um pouco sério demais "Você não irá fazer mal a mim, irá?" eu perguntei com uma sombrancelha levantada "Não..." Ele negou rapidamente, quase como se eu tivesse dito o maior absurdo do mundo.

"Eu nunca iria machucar você" ele sussurrou. Fazendo com que eu ficasse mais aliviada
"Obrigada" eu sussurrei de volta. Ele sorriu e acenou com a cabeça.

"Eu vou ficar com você agora... Vou ser seu anjo da guarda" ele Murmurou feliz. Pela primeira vez a brisa ficou suave, e eu sorri largamente
"Muito obrigada" eu disse e com o impulso o abracei, ele parecia chocado com meu abraço, mas ele retribuiu o abraço segundos depois, seu rosto se escondeu na curva de meu pescoço, eu senti sua respiração. Ao contrário da minha, ela parecia ser fria.

Seus lábios estavam roçando em minha pele, eu sabia que não foi de propósito mas me trouxe arrepios, ele parecia ser legal, e eu confiei nele.
Me afastei de seu abraço, mas ele parecia grudado em mim ainda, então a minha escolha foi ficar nós braços dele.

Então nós dois nós afastamos "Obrigada" eu Murmurei uma última vez, escutamos meu nome sendo chamado no andar de baixo, olhei para ele e ele concordou em que eu descesse.
Eu desci da cama, tendo coragem de por o pé sem ter medo de que alguém puxasse por debaixo da cama. Senti a madeira fria nos meus pés, andei não apressada até a porta e abri. Olhei uma última vez para Tate, e fechei a porta. Não sabia se ele ainda estava lá, ou poderia ter aparecido em outro lugar.
Nem mesmo sabia se ele estava ao meu lado.

𝐼𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛𝑒 𝐸𝑣𝑎𝑛 𝑃𝑒𝑡𝑒𝑟𝑠 ♡︎Onde histórias criam vida. Descubra agora