PROLOGO

648 17 1
                                    


Malu narrando

Eu ando pelo morro e sinto os olhares das pessoas para mim, Perigo não me deixou ir ao baile na noite anterior e eu sei por qual motivo, as fotos dele com várias mulheres que não era do morro circulava pela internet e claro que no meu celular também, um número desconhecido sempre me enviava e parecia que era para tirar do sério.

- Do que adianta se a primeira-dama do morro se é obrigada a ficar em casa – Larissa fala com uma outra que eu não sabia o nome, mas reconheço que ela está nas fotos que me enviaram.

Eu apenas passo ignorando elas.

- Corna – Larissa grita e eu olho para ela.

- O que você falou? – eu falo me virando para ela – repete na minha cara se você tem coragem sua vagabunda – ela começa a rir – não tem vergonha não de ser uma piranha que corre atrás do homem dos outros?

- Você que deveria ter vergonha de ser a trouxa, a corna do morro – ela fala rindo – você é uma piada.

- Cala sua boca sua piranha – eu falo indo para cima dela e acertando um soco nela.

Ela bate na minha cara e eu a empurro que cai no chão, eu vou por cima dela socando seu rosto sem parar. A outra tenta me tirar de cima dela, mas estou guiada pela fúria.

- Você vai aprender a me respeitar – eu falo – eu não sou sua amiga para você folgar comigo não garota.

Escutamos um tiro para o alto e eu olho para o lado e Perigo vem em minha direção guiado pela fúria.

- Eu já não disse que não quero barraco no meu morro – ele fala – Malu – ele me olha e me pega pelos cabelos.

- Me solta – eu falo gritando

- Raspa o cabelo dessas duas – ele fala

- Perigo – Larissa fala

- Raspa o cabelo das duas e a próxima vez coloco todas no micro-ondas – ele fala enquanto eu tentava me soltar dos seus braços – e você, você está ferrada – ele fala me empurrando morro a fora até a boca.

- Me solta seu demônio – eu falo gritando – eu odeio você Perigo, me solta.

Ele me joga com tudo dentro da boca.

- Tá de sacanagem com a minha cara, caralho? – ele fala chutando tudo.

E eu sinto uma dor no braço pela força que ele me jogou no chão.

- Você viu o que você está fazendo? – eu falo- você me machucou

- Quem mandou você ir arrumar briga no morro? – ele fala se baixando perto de mim e eu ando para trás, mas ele segura as minhas pernas. – quem mandou Malu?

- Se você não pegasse essas vagabundas por aí, nada disso teria acontecido – eu falo – eu não seria taxada como corna, eu não estaria na boca do povo. Você me trancou dentro de casa para eu não ir na porcaria do baile porque você estava pegando aquelas vadias lá dentro – eu olho para ele e ele me encara com raiva – me deixa ir embora! – eu grito e ele dar um tapa em meu rosto forte.

- Vai ser a ultima vez que você vai me desafiar – ele fala – eu juro que te deixo trancada dentro do quarto para o resto da sua vida.

- Eu odeio você – eu falo para ele – eu odeio você Perigo! – eu grito e cuspo na sua cara.

Ele pega em meu pescoço.

- Se me odeia, você deve morrer – ele fala apertando meu pescoço forte.

No morro da RocinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora