𝕮 𝖆 𝖕 9 - Finalmente Meu Pai Deixou!!!

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Após aquela terça-feira, tudo parecia ter retornado à normalidade, mas as aulas

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Após aquela terça-feira, tudo parecia ter retornado à normalidade, mas as aulas... ah, as aulas estavam um verdadeiro tormento. O professor de matemática parecia ter algo contra mim - não havia outra explicação. E para piorar, suspeitava que ele estava conspirando com o professor de física. Como se não bastasse, ele decidiu nos atribuir um trabalho em dupla que, à primeira vista, mais parecia um projeto de nível universitário do que algo do segundo ano do ensino médio. E minha sorte?

Fui emparelhada com Ivy Forbes, a amiga da Pollyanna e a "queridinha loira do banheiro" de olhos verdes. Ivy era... desafiadora. Não entendia o básico da matemática e sua tagarelice incessante era sufocante. Em momentos de frustração, confesso que pensamentos sombrios cruzavam minha mente em relação a ela. Mas o prazo para entrega era na próxima semana, então por ora, podia me dar ao luxo de não me preocupar com isso.

Quinta-feira, o dia antes da festa da fogueira, e o burburinho na escola é inegável. Todos falam sobre isso com um entusiasmo contagiante, mas eu estou aqui, preso na incerteza, esperando a decisão do meu pai. Será que ele vai permitir que eu me junte à festa ou vou ficar de fora, observando as chamas da janela do meu quarto?

Com um suspiro pesado, fecho o armário e seguro os livros de história contra o peito, tentando encontrar forças para mais uma aula. Mas, ao virar-me, sou confrontado pela sombra que se projeta no corredor. É ela, Pollyanna, com seu sorriso arrogante e debochado, bloqueando meu caminho como se fosse a rainha do baile. Por um momento, nossos olhares se cruzam e posso sentir a provocação em seu sorriso, como se ela soubesse de todas as minhas inseguranças e hesitações.

— O que você quer? — questiono, a impaciência tingindo minha voz enquanto tento desviar dela.

— Vejam só, a escrava fugitiva. Para onde pensa que vai? — Ela lança a provocação, um sorriso presunçoso nos lábios.

Ela me encara, o iogurte em sua mão parecendo um troféu, o olhar de superioridade insinuando que ela tem algum poder sobre mim. Como se ainda estivéssemos presos naqueles tempos antigos.

— Não é da sua conta para onde eu vou. Você não é minha chefe, não tem autoridade sobre mim e eu não tenho tempo para suas tolices. — Respondo, tentando passar por ela com determinação.

— Ah, mas você vai encontrar tempo. — Ela bloqueia meu caminho, aproximando-se o suficiente para sussurrar veneno em meu ouvido. — Você não mudou nada, continua a mesma vadia de sempre, roubando o namorado alheio. Suas amigas sabem que você é uma farsa? Uma ladra? — A provocação em sua voz é palpável.

A raiva borbulha dentro de mim, meus punhos cerrados ao meu lado. Como ela ousa trazer à tona essas acusações do passado?

— Eu não sei do que você está falando, sua louca. Você perdeu o juízo? Ainda remoendo o passado como uma idiota. Agora, com licença... — Tento me desvencilhar dela, mas ela é persistente.

Os laços de sangue - O Renascer da híbridaOnde histórias criam vida. Descubra agora