PEDRO RAUL
Havia se passado apenas algumas semanas desde minha chegada ao Vasco e aos poucos eu ia me adaptando ao novo ambiente. A atmosfera em São Januário era simplesmente contagiante, repleta de energia e entusiasmo. Tanto meus colegas de equipe quanto os demais funcionários me acolheram de maneira calorosa, tornando minha transição suave e agradável.
Apesar de sermos um elenco praticamente novo, a sinergia entre nós já começava a se manifestar de forma natural. Era incrível como a química entre os jogadores se estabelecia com facilidade, tornando o entrosamento em campo mais fluido e promissor. A cada treino e jogo, eu percebia que estávamos construindo não apenas uma equipe, mas também laços de amizade verdadeiros.
Fazer amizade com essas pessoas incríveis se mostrou algo bastante natural e espontâneo. Compartilhávamos o mesmo objetivo, a mesma paixão pelo futebol, e isso criava um senso de camaradagem único. Era reconfortante saber que estava rodeado por indivíduos tão talentosos e comprometidos, e isso só aumentava minha motivação para me superar a cada dia.
A experiência no Vasco estava sendo marcada não apenas pela oportunidade de jogar em um clube renomado, mas também pela descoberta de uma verdadeira família futebolística. Juntos, enfrentaríamos desafios, conquistaríamos vitórias e nos apoiaríamos nos momentos difíceis. Aquela sensação de pertencimento e união era algo que eu valorizava imensamente e que me impulsionava a dar o meu melhor em campo.
Enquanto me adaptava ao Vasco, era grato por cada sorriso, cada palavra de encorajamento e por cada gesto de companheirismo que recebia. Estava determinado a retribuir todo esse carinho e confiança, mostrando meu potencial como jogador e contribuindo para o sucesso coletivo do time. A minha jornada no Vasco estava apenas começando, e eu estava pronto para fazer história ao lado dessas pessoas incríveis.
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No meio de um dia movimentado no CT do clube, durante um treino intenso, me encontro inesperadamente com a fotógrafa. Em um momento de distração, acabo fazendo um movimento brusco e esbarro violentamente nela. Em meio ao impacto, a câmera que ela carregava em suas mãos voa para o chão, estilhaçando-se em pedaços.
A frustração toma conta dela. Ela olha incrédula para a câmera destroçada, sua expressão transmite uma mistura de raiva e tristeza, enquanto se vê impotente diante do ocorrido. Olho para ela e vejo olhos cheios de fúria.
Por minha vez, me sinto desconfortável com a situação. Percebo o estrago causado, mas meu instinto inicial é me defender. Fico irritado com a acusação silenciosa em seus olhos, afirmando para mim mesmo que foi apenas um acidente.
Suas palavras são carregadas de indignação.
— Você não tem o mínimo de cuidado, não é? Olha o que você fez! Minha câmera... meu trabalho! Você poderia ao menos prestar atenção por onde anda!
Tento me defender rapidamente, mas com um tom defensivo.
— Foi um acidente! Eu não vi você... Eu não queria que isso acontecesse.
A fotógrafa cruza os braços, apertando os lábios, descrente das minhas palavras.
— Acidente? É isso que você chama? Você não faz ideia do valor dessa câmera para mim. Não é só um objeto, é minha paixão, meu trabalho, e agora está tudo arruinado!
Percebo a raiva e a tristeza em seus olhos, sentindo-me desconfortável com a situação. Tento amenizar a situação, embora a tensão entre nós seja palpável.
— Olha, eu sinto muito mesmo. Eu não queria que isso acontecesse. Posso ajudar a pagar pelo conserto ou...
Ela solta um suspiro de frustração e me interrompe.
— Dinheiro não vai resolver tudo. Você precisa aprender a ter mais respeito pelos outros. Eu não sou só mais uma pessoa no caminho, sabia?
Enquanto continuamos a trocar palavras acaloradas, ambos percebemos que esse incidente marcou o início de uma relação conturbada. A partir desse momento, somos forçados a confrontar nossas diferenças e encontrar uma maneira de nos entender, mesmo que a antipatia inicial persista.
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(REVISANDO) Um amor que se revela - nos campos e nas imagens - Pedro Raul
RomanceLuíza, uma talentosa fotógrafa apaixonada, se via constantemente lutando para equilibrar sua paixão pela fotografia com as demandas do trabalho, dos estudos na faculdade e com sua saúde. Ela se esforçava para encontrar tempo para si mesma, para cuid...