Luíza, uma talentosa fotógrafa apaixonada, se via constantemente lutando para equilibrar sua paixão pela fotografia com as demandas do trabalho, dos estudos na faculdade e com sua saúde. Ela se esforçava para encontrar tempo para si mesma, para cuid...
A atmosfera na sala ficou tensa, e eu não conseguia explicar o motivo. Pedro exalava um cheiro agradável, e a pequena sala logo se encheu com sua presença. Notei que ele também parecia envergonhado e ansioso, assim como eu.
— Acho que você não está entendendo nada, né? — Pedro sorria enquanto dizia
— Estou um pouco confusa mesmo — sorri fechado.
— É que o Pec passou mal e precisou ir ao médico. Ele me pediu para vir aqui e perguntar se eu poderia substituí-lo na entrevista.
— Nossa, espero que não seja nada grave. Claro, você pode ser o entrevistado no lugar dele?
— Sim, ele me explicou do que se trata a entrevista e estou disponível para ajudar.
— Muito obrigada por me ajudar, Pedro. Agradeço de coração.
— Imagina, Luíza. Sempre é bom falar sobre futebol, não é mesmo?
— Com certeza! Vai ser ótimo ter você como entrevistado.
— Pode mandar ver!
— Ótimo! Vou começar a gravação então.
Entreguei o microfone para ele, mas Pedro pediu que eu mesma o colocasse, pois tinha medo de estragar. Dei uma risada e assenti, me aproximando para ajeitá-lo, mas percebi que acabei ficando um pouco próxima demais. Com o microfone no lugar, dei um passo para trás, mas me senti perdida, como se estivesse distraída por algo.
Pedro percebeu minha falta de atenção e perguntou gentilmente se poderia sentar. Respondi que sim. Pedi licença e saí da sala, sentindo que precisava de um pouco de ar. Na verdade, acho que a presença de Pedro estava mexendo comigo de alguma forma, e isso me deixou um pouco inquieta.
Enquanto caminhava para pegar água, tentei acalmar meus pensamentos e me concentrar no trabalho. Eu sabia que essa entrevista era importante, e eu queria fazê-la da melhor forma possível. Enchi dois copos e retornei para a sala, tentando recuperar a calma.
Ao ver Pedro novamente, sorri mais tranquila. Afinal, eu estava ali para conduzir uma entrevista profissional, e nada deveria interferir nisso. Respirei fundo, pronta para retomar a conversa com ele e garantir que tudo saísse bem.
— Olá a todos! Estou aqui hoje para uma entrevista com um dos jogadores do Vasco da Gama, Pedro Raul. É uma honra tê-lo aqui!
— Olá, pessoal! Obrigado pelo convite Luíza, estou animado para essa entrevista — diz ele sorridente.
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— Eu quem agradeço, Pedro! — devolvo o sorriso para Pedro — Tenho certeza de que será uma conversa muito interessante. Então, para começar, conte um pouco sobre sua trajetória no futebol e como foi chegar ao Vasco da Gama.
— Bom, minha trajetória no futebol começou desde criança, como a maioria dos jogadores, né? Eu sempre tive o sonho de ser jogador profissional, e fui buscando oportunidades ao longo do tempo. Felizmente, tive a chance de jogar em alguns clubes e, recentemente, tive a oportunidade de chegar ao Vasco. Foi uma emoção enorme quando soube que viria jogar nesse clube tão tradicional.
— Com certeza, o Vasco tem uma história muito rica no futebol. E como tem sido a sua experiência aqui até agora?
— Tem sido incrível, de verdade. O Vasco é uma família, uma verdadeira torcida apaixonada, e isso faz toda a diferença para os jogadores. Estou muito feliz aqui, e espero poder contribuir cada vez mais para o time.
— Que bom saber que você está se adaptando bem. E em relação ao seu desempenho em campo, você tem sido muito elogiado pela sua habilidade e gols. Qual é o seu segredo para se destacar nos jogos?
— Olha, acho que o segredo é sempre trabalhar duro, treinar bastante e estar bem preparado fisicamente e mentalmente. Além disso, o apoio dos meus companheiros de equipe é fundamental. O futebol é um esporte coletivo, e cada um faz a sua parte para o sucesso do time.
— Com certeza, o trabalho em equipe é essencial. E, para finalizar, qual é o seu maior objetivo como jogador de futebol? O que você ainda sonha em conquistar na sua carreira?
— Meu maior objetivo é continuar evoluindo como jogador e ajudar o Vasco a conquistar títulos importantes. Além disso, sonho em ter a oportunidade de jogar na seleção brasileira um dia. Seria uma honra representar o meu país em campo.
— Tenho certeza de que você tem um futuro brilhante pela frente, Pedro! Muito obrigada pela entrevista, foi um prazer conversar com você.
— O prazer foi todo meu, Luíza. Obrigado pela oportunidade!
— E para todos que estão nos assistindo, agradeço por acompanharem essa entrevista com o jogador Pedro Raul. Até a próxima!
Estico meu braço para apertar o botão e parar de gravar. Em seguida, me levanto da cadeira.
— Me perdoe pelas perguntas genéricas, sei que devem te perguntar com grande frequência — digo, dando a volta na mesa para pegar a câmera.
— Não precisa pedir desculpas, eu é que devo desculpas pelas respostas. Na verdade, praticamente seguimos um roteiro ao participar de uma entrevista, somos orientados a isso.
— Imagina, não se desculpe. De toda forma, foi ótimo. Você me ajudou demais. Só irei conferir a gravação para ver se ficou boa, pode aguardar um minuto? — pergunto.
— Claro, fique à vontade, caso precise gravar novamente, sem problemas.
Puxei a cadeira para o outro lado da mesa e me sentei de frente para Pedro, colocando a câmera entre nós para que ele também a visse.
Perguntei para ele se tinha alguma queixa, e ele respondeu que estava tudo ótimo, então poderíamos encerrar a entrevista.
Nos levantamos em sincronia, e estendi a mão para Pedro, agradecendo por ter se voluntariado em participar da entrevista. Ele apertou minha mão e, para minha surpresa, me puxou para um abraço. Confesso que fiquei sem jeito, mas retribuí o abraço. Pedro disse que não sabia que eu estava estudando jornalismo e elogiou meu talento para tal. Fiquei envergonhada, mas agradeci pelo elogio.
