Reencontro tão esperado

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LUÍZA

Acordei abruptamente com o som insistente do meu celular, sem lembrar de ter configurado o despertador. Esfreguei os olhos sonolenta e olhei para a tela, vendo o nome de Elisa piscando. Com um bocejo, atendi a chamada.

— Elisa? Bom dia... O que está acontecendo? — disse, ainda meio adormecida.

Do outro lado da linha, Elisa estava animada.

— Bom dia, amiga! Desculpe te acordar, mas eu queria te convidar para o almoço. Meus pais estarão presentes e pensei que seria ótimo você estar aqui. 

Apesar do sono, a ideia de reencontrar os pais de Elisa me deixou animada. 

— Claro, amiga! Adoraria ir. Já faz tanto tempo desde a última vez que os vi.

Elisa insistiu em me buscar, ela passaria aqui por volta das 11h30. 

Antonio, pai da minha amiga Elisa, e meu pai eram inseparáveis. Eles se conheceram em um curso de fotografia e, desde então, construíram uma amizade incrível. A paixão pela fotografia os uniu e essa conexão especial se estendeu para nós, Elisa e eu, desde que éramos crianças.

Lembro-me das vezes em que nossos pais saíam juntos para fotografar, compartilhando dicas e técnicas. Eles eram verdadeiros companheiros, sempre incentivando um ao outro a explorar novos horizontes na arte da fotografia. Essa amizade sólida e inspiradora deixou uma marca profunda em nossas vidas.

Ao longo dos anos, Elisa e eu compartilhamos tantos momentos especiais, guiadas pela influência dos nossos pais. Crescemos juntas, explorando o mundo através das lentes das nossas câmeras, aprendendo e nos divertindo ao longo do caminho. Essa conexão única e o legado da amizade de nossos pais nos uniram de uma forma especial.

Elisa e eu somos mais do que amigas, somos como irmãs, unidas pelo amor à fotografia e pelo vínculo que nossos pais compartilharam. É uma bênção ter essa amizade que nos acompanha desde tão cedo e que espero que dure por toda a vida.

Tomei um banho rápido para despertar completamente e escolhi um vestidinho confortável para o almoço. Em seguida, arrumei minha bolsa com o equipamento fotográfico e o uniforme, já que após o almoço iria direto para o Maracanã.

Verifiquei se tinha tudo o que precisava, desde as lentes até as baterias extras. Coloquei a alça da câmera no pescoço e ajustei a bolsa no ombro. Estava pronta para capturar os momentos especiais tanto no almoço quanto no jogo.

— Estava começando a achar que você tinha me abandonado! — Elisa diz ao descer do carro.

— Abandonado? Nunca! Só precisei fazer uma pequena pausa dramática para deixar você com saudades!

— Ah, é? Eu estava com tanta saudade que já estava planejando mandar cartas de amor para o seu endereço!

— Cartas de amor? Acho que vou precisar me mudar para bem longe então! Não sei se estou pronta para esse tipo de compromisso!

— Você está com medo do meu amor avassalador, é isso? Entendo, é difícil resistir a tanto carinho e afeto! — diz ela me abraçando forte.

— Ah, Elisa, você sabe que meu coração é frágil demais para suportar todo o seu amor! Vou precisar de um escudo de proteção! — fingo uma dor no peito e rimos. 

— Não se preocupe, amiga, vou diminuir a intensidade do meu amor por você. Mas só um pouquinho!

— Obrigada, Elisa. É bom saber que você está disposta a não me sufocar com tanto amor. 

Entramos no carro e Elisa abaixa o volume do seu pagode. Ela tinha cabelos loiros, que caíam em ondas suaves até os ombros. Seus olhos eram verdes, brilhantes e expressivos, refletindo sua personalidade animada. Seu sorriso era encantador, iluminando seu rosto e contagiando todos ao seu redor. Ela tinha uma energia contagiante e sempre estava pronta para se aventurar. Sua simpatia e bondade eram evidentes em sua forma de agir, mostrando um coração generoso e acolhedor.

(REVISANDO) Um amor que se revela - nos campos e nas imagens - Pedro RaulOnde histórias criam vida. Descubra agora