Correndo, correndo como se não houvesse amanhã, na verdade, no fundo acho que não queria que existisse um amanhã. Mas na verdade estou, aprisionada entre a realidade e o pesadelo. Os dias na masmorra parecem se arrastar como se o tempo não tivesse mais significado. Eu não sei se estou acordada ou apenas presa em um sonho interminável, um pesadelo que se recusa a me soltar.
A escuridão se torna familiar, como uma velha amiga que me observa em silêncio. Às vezes, sinto a frieza das paredes ao meu redor, outras vezes, me pergunto se tudo isso é apenas uma ilusão. Será que realmente estou aqui? Ou sou apenas um eco do que eu costumava ser, uma sombra perdida em um labirinto de lembranças distorcidas?
Acordar é como emergir de um mar turvo, onde os rostos dos meus amigos... poderiam chama-los assim depois de tudo? se misturam com aqueles que me prendem. E quando eles aparecem, eu me pergunto se é realmente um alívio ou uma nova forma de tortura. Por que não posso distinguir entre o que é real e o que é apenas um reflexo dos meus medos?
As risadas se tornam ecos distantes, e cada momento de clareza é logo seguido por uma onda de escuridão. Estou começando a esquecer como é a luz do sol, como é o calor do afeto. O que eu mais desejo é que alguém me acorde de tudo isso, mas e se, ao acordar, eu descobrir que não há mais ninguém lá fora?
Não... Eles prometeram, mas será que existe um pingo de dignidade dentro daqueles corpos já mortos? Às vezes, me pergunto se a vida que eles levam é realmente vida ou apenas uma repetição de um ciclo sombrio, onde a empatia foi esquecida. Os vampiros que conheci, as risadas que compartilhamos, tudo parece um borrão distante agora.
Cada palavra que ecoa na masmorra ressoa como um lembrete cruel, eles são monstros, será que ainda há espaço para a dignidade em meio a tanta escuridão? Estou presa em um labirinto de ilusões, e a única saída parece ser o confronto com essa verdade.
Aos poucos, a esperança se dissolve, como a luz do dia que nunca chega até mim. E eu fico aqui, esperando um sinal de que há humanidade dentro deles, um vestígio de compaixão. Mas, a cada momento que passa, vejo que não passo apenas de uma tola
Aqui há apenas dor e o vazio. Assim, eu corro, ná minha imaginação, corro para bem longe, como se cada passo me afastasse desse lugar sufocante. O ar se torna mais leve à medida que me distancio, mas a verdade é que estou apenas iludindo minha mente, criando um refúgio onde a luz ainda existe.
Correr é meu único escape, mesmo que seja apenas um desejo. Meus pensamentos se entrelaçam com lembranças, e eu me pergunto se um dia poderei sentir a brisa fresca da liberdade novamente. Sinto falta da vida que conheci, das risadas que não ecoam mais e dos rostos que agora são sombras.
Enquanto corro na minha mente, as imagens se misturam, e uma pergunta persiste, como um eco incômodo: quais eram os nomes deles? Eles ainda ressoam na minha memória. Ayato, Ruki, Laito... cada um deles traz uma lembrança, uma sensação que oscila entre o conforto e a dor.
Mas o que esses nomes realmente significam agora? São apenas palavras, ou ainda carregam o peso das promessas feitas? Sinto uma confusão crescente, um nó no peito. Lembro das risadas e das brigas, dos momentos que pareciam tão reais, mas que agora se dissipam como fumaça.
Com cada passo imaginário, busco respostas que talvez nunca encontre. E enquanto corro, a única certeza que me resta é a dúvida
— Tadinha, está tão quebrada que nem percebeu que está sem as correntes. Você se acostumou tanto a essa dor que agora não consegue enxergar a liberdade diante de seus olhos. É triste, realmente. Enquanto você se debate entre sonhos e pesadelos, eu vejo como cada dia te consome, como se as sombras ao seu redor tivessem se tornado parte de você. Incrível, não? essa dor agora é parte de quem você é.
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Diabolik lovers: Dark fate
Fanfiction-Pelo tempo que ela está com eles-para de falar e olha para Shin-Vamos apenas ficar felizes que aquela mulher ainda está viva. -Bem, olhando por esse lado. -Mestre Shin, como eu mencionei no outro dia, esta escola tem o suporte pessoal de Karl Heinz...