Cap 21

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Mikey pov

   Agora todos estamos voltando para minha casa nos esgotos, eu segurava Regina estilo noiva enquanto Donnie levava Luca nas costas.
   Quando chegamos fomos rapidamente recebidos por Casey e April, que quando me viram inteiro seus olhos se encheram de lágrimas e eles correu em minha direção me dando um forte abraço, sem se importar com Regina no meio.
   Regina sai dos braços meus braços e eu retribuo o abraço, sinto um sorriso brotar em meus lábios.
Tinha esquecido o quanto eu amava isso
   Passei longos minutos ali, apenas o abraçando e sentindo o seu calor.
-Meu Deus Mikey nunca mais nos de um susto desse!
   April fala segurando meus ombros com um olhar triste.
-Você tá bem cara? Tipo, de verdade
Eu tô bem? Não sei
Não me sinto triste, só um pouco preocupado, mas triste não
-Sim, tô sim
   Falo sorrindo e os dois sorriem de volta.
-Não vai nos apresentar seus amigos?
   April fala sorrindo.
-Esse é o Luca e essa é a-
-AÍ MEU DEUS VOCÊ É A REGINA KAY!
   April me interrompe gritando e correndo em direção a Regina animada, sorrio com isso.
-Sim eu mesma
   A cacheada fala sorrindo para a ruiva, as duas tiram uma self e eu apenas observo, sinto dois braços me abraçarem por trás, viro minha cabeça rapidamente e vejo que é o Luca, ele me olhava com sorriso travesso e eu sinto meu rosto esquentar.
Oh céus
Isso é tão bom, estranhamente bom
-Mikey você deveria ir falar com o mestre
   Léo fala e eu suspiro ansioso.
-Eu tô indo
   Bato na porta e espero, até que escuto um "pode entrar", abro a porta devagar, passo alguns segundos parado na porta sem coragem de entrar.
Vai Mikey! Você consegue!
Você tem que fazer isso! Ele é o seu pai!!
É só dizer q está bem e sair
   Respiro fundo e adentro ao local, sento bem a sua frente esperando qualquer movimentação, ele abre os olhos devagar, parecendo sereno como sempre, quando me vê noto que o mesmo estremece um pouco, seus olhos arregalam levemente brilhantes.
-Oi mestre, eu voltei
   Falo forçando um sorriso, quando eu vejo Splinter está me dando um forte abraço, seguro minhas lágrimas e o abraço de volta.
-Michelângelo.... meu filho... meu bebê.... graças a Deus.... por favor...nunca mais faça isso...!
   Nesse momento senti a culpa quebrar meu coração, deixo as lágrimas caírem e o abraço mais forte.
-Me desculpa... me desculpa pai, é-é que e-eu-
-Não vou fazer você me explicar nada, mas por favor... me prometa que nunca mais vai fazer isso
   Minha boca se contorce tentando conter meus soluços.
-Pode chorar o quanto quiser minha criança
   Afundo meu rosto em seu pescoço e deixo tudo sair, choro, soluço e fungo nos braços do meu pai.
Me sinto cansado
Cansado de parecer forte e inabalável
Cansado de esconder tudo
......
Eu vou falar
Se der errado eu fujo com Luca e Regina
-Só... me prometa que nunca mais vai fazer isso
Eu não quero mais morrer
Tem pessoas comigo agora
Eu tenho amigos, amigos próximos e que nunca fazem piadas de mal gosto comigo
-Prometo
   Ficamos mais um tempo abraçados, até o desfaço e olho para um canto levemente envergonhado.
-Pai tem umas pessoas que eu quero que você conheça
    Vou correndo a sala onde Luca e Regina estavam.
-Querem conhecer meu pai?
-O-o s-senhor Splinter?
   Regina fala levantando visivelmente nervosa.
-Seu pai?
   O humano fala com seu característico sorriso travesso.
Aí esse sorriso.... que sorriso
Esse sorriso faz eu sentir coisas
Coisas que não sei exatamente o que são
Ele me faz querer abraçá-lo, acaricia-lo, tocar cada parte dele
-Vamos logo!
   Luca fala segurando minha mão e me arrastando para a porta do dojo.
-Esperem por mim!
   Só foi Regina chegar que eu abri a porta.
-Pai, esses são meus amigos, Regina e Luca
   O rato se levanta e Luca logo corre para comprimento-ló.
-Olá senhor é um prazer conhecer você!
   Ele fala pegando a mão do mestre com as duas mãos, em um aperto de mão animado, já Regina apenas acena timidamente.
-Mestre eu sei que é proibido trazer humanos aqui m-mas eles são meus amigos e não vão contar pra ninguém, eu prometo!
   O mestre os olha de cima a baixo enquanto acariciava sua barba.
-Por favor senhor, nós não temos pra onde ir
   Regina fala com as mãos juntas implorando para o mestre.
-Pai, por favor
   Ele pensa mais um pouco.
-Tudo bem, mas você será responsável por eles
   Dou um enorme sorriso, eu e Luca batemos as mãos e o mesmo as puxa para baixo, o que faz com que fiquemos colados peito a peito, sinto meu rosto esquentar levemente e um sorriso sem graça brotar em meus lábios, e de repente é como se só estivesse só nós dois.
Ele é tão lindo, é hipnotizante
   Meu olhar desliza de seus olhos cor de mel para as poucas mechas fora do seu rabo de cavalo e logo depois para seus lábios, e fico ali.
Eu quero isso
Eu quero esses lábios
Parecem tão macios.....
   Regina me abraça pelo pescoço me libertando do meu transe.
Porque eu não sinto a mesma coisa quando Regina me abraça?
-Vem vamos arrumar nossas coisas!
   A cacheada fala me puxando para longe.
   Eu os levo para os dois quartos vazios que temos.
-Podem escolher qual quiserem
   Falo isso com um sorriso, Regina pulava de alegria encolhendo o primeiro quarto que viu.
-Vou ficar com esse
   Luca fala entrando no quarto ao lado.
-A porta é mais firme
   O garoto diz com metade do corpo fora do quarto.
-É melhor de beijar alguém contra a porta
   Ele diz isso enquanto olha nos meus olhos, sinto borboletas no estômago e meu rosto começa a esquentar, eu contenho um sorriso enquanto desvio meu olhar do seu.
   Já acomodados e sentados no sofá assistindo TV com meus irmãos, eu sorria alegre com a bochecha apoiada no ombro do Luca rindo com todo mundo, e o melhor de tudo, eu estava feliz, realmente de feliz, depois de tanto tempo.

Fim?

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