O caso dos ratos

712 69 3
                                    

Na noite de trinta de junho, Wheeler e Reynolds mais vez estavam grudadas embaixo dos lençóis

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Na noite de trinta de junho, Wheeler e Reynolds mais vez estavam grudadas embaixo dos lençóis. Dessa vez, as pombinhas não estavam bagunçando o leme, apenas conversavam. No caso, apenas uma conversava. A de cabelos ruivos analisava apaixonadamente os traços perfeitos da sua namorada, hipnotizada.

"Você me ouviu, Effie?" A própria a puxou dos seus pensamentos irritada por perceber que estava o tempo inteiro falando sozinha. "Desculpa, o quê?" A ruiva finalmente saiu de seus pensamentos e passou a prestar a atenção. "No que tanto pensava?" A castanha se sentou na cama e encarou a sua namorada brava.

"Eu tava pensando na minha namorada, conhece?" Foi sincera em relação ao que pensava e acabou por deixar castanha envergonhada. "Não." A menina respondeu virando o rosto para o outro lado, sem deixar que a ruiva visse o tom avermelhado que cobriu o seu rosto. "Como não? Ela é a mais gata da cidade." Reynolds fingiu incredulidade e se sentou na cama.

"Ah, para." Ainda envergonhada, Nancy deu um tapinha fraco no ombro a menina, e quase perdeu a linha ao perceber a forma como estava sendo olhada. "Mas, é sério. O que acha?" Voltou o assunto a qual falava ansiando pela opinião da namorada em relação ao caso. "Sobre os ratos e os seus patrões?" Perguntou a menina citando os detalhes mais importantes a qual ela se lembrava.

"É." A castanha concordou feliz por não ter de explicar desde o início. "O Jonathan acha que eu vou demitir a gente, mas essa é a minha única chance de mostrar que eu sou suficiente." Wheeler gesticulou exageradamente enquanto mantinha seu olhar no piso de madeira.

"Você não é suficiente, Nancy, você é melhor." Effie usou seus dois dedos indicador e pai de todos para levantar o queixo da sua namorada para que ela olhasse em seus olhos. "E não precisa da aprovação daqueles caras. Eles são só uns bostas que se perderam na quinta série." A ruiva franziu o cenho condenando não só os jornalistas, mas também seu patrão.

"Mas, se isso é importante pra você, voto pra você arriscar e investir no caso." Sugeriu expondo sua opinião em relação à dúvida cruel dela. "Você acha?" A menina franziu os lábios ao ouvir tal opinião. "E se eu falhar?" Perguntou apreensiva com a ideia. "Ninguém começa acertando, Nancy." Reynolds deu de ombros apresentando um fato.

"Um exemplo disso é minha mãe que fez esse troço antes de fazer uma cientista." Apontou para si mesma se referindo como troço e depois falou de sua irmã, sorrindo orgulhosa para os objetivos dela. "Vai ser um dos errinhos que vão te tornar a melhor escritora da América." A ruiva deu uma pincelada brincalhona na ponta do nariz de Wheeler, vendo ressurgir outro sorriso bobo em seus lábios.

Ela amava aqueles sorrisos bobos.

"A escritora que vai me bancar." A menina conseguiu acabar com todo o clima fofo quando brincou com o fato de não ter um talento. "Sem graça." Acabou por receber um tapa fraco no braço. "Mas e se eu demitir a gente?" Voltou com o assunto que não parava de martelar em sua cabeça. "Aí vocês não vão mais precisar trabalhar naquele fim de carreira." Wheeler riu da maneira como Reynolds apelidou a Hawkins Post.

ʙᴀsᴛᴀʀᴅⁿᵃⁿᶜʸ ʷʰ𝕖𝕖ˡ𝕖ʳOnde histórias criam vida. Descubra agora