Uma garota perfeitinha e estudiosa prestes a entrelaçar sua vida e seus sentimentos com um trapalhão cobiçado pela escola inteira. Essa história te parece familiar?
Nancy Wheeler sempre admirou um bom romance clichê, mas talvez ela estivesse vivendo...
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"Tava aqui."
O susto passou e a missão de Maxine era explicar o fenômeno que aconteceu com ela. Ouviu o relato dos amigos, ela passou alguns segundos intacta na cadeira do consultório, seus olhos estavam tão virados que não era possível ver as pupilas ou ao menos as íris azuis.
Sabendo disso e tendo total conhecimento do que aconteceu com ela, a ruiva relatou com detalhes tudo o que aconteceu e o que viu enquanto estava paralizada. Viu um relógio de pêndulo antigo enfiado na parede de um dos corredores, como se algo tivesse arremessado lá. Era um relógio tentador de um jeito sinistro, atraia cada vez mais para perto.
Effie acordou com a surpresa daquele relógio na parede do seu quarto e ela saberia exatamente a sensação que a ruiva sentiu, mas ninguém parecia acreditar em palavras dela. Ela tentou lhes provar mostrando a antiguidade, mas ele não estava mais lá. A parede estava intacta como se nem houvesse sido tocada antes.
"Tava bem aqui." Mayfield encarava a parede do corredor onde ela esteve há poucos sem conseguir entender como a parede foi recuperada em questão de minutos. "Um relógio de pêndulo?" Nancy repassou o que ouviu transmitindo desconfiança na voz.
"Era tão real..." Max sussurrou consigo mesma cogitando confiar no que Dustin supôs ser a explicação para tudo. Uma alucinação, ilusão. "E quando eu cheguei mais perto, do nada eu... Eu acordei." Relatou sentindo calafrios só de lembrar o delírio ou alucinação que viveu.
"Ela tava do mesmo jeito que a Effie na floresta e na estrada." Bea contou acrescentando informação para Wheeler e Buckley, as duas ausentes no momento. Engolindo a vontade de chorar, Maxine virou-se para os seus amigos pretendendo contar sobre o que descobriu olhando as fichas. "E essa nem é a pior parte."
Maxine puxou os seus amigos de volta ao consultório de sua terapeuta. Com as mãos trêmulas, ela retirou também sua ficha da gaveta e pôs as três juntas lado a lado, ambas abertas em na página que relatava os sintomas fora do normal. "A Effie e a Chrissy vieram conversar com a senhorita Kelly." Começou a explicar o motivo de seu transtorno emocional perceptível.
"As duas tinham enxaquecas, uma dor de cabeça que não passava..." Nancy, Steve e Robin concordaram com a afirmação por terem passado os últimos dias de enxaqueca insuportável ao lado de Effie. "E depois..." Uma lágrima solitária rolou pelo rosto da menina, isso deixou o grupo confuso afinal segundo o que pensavam aquele era somente mais um caso envolvendo o que já estavam acostumados.
"Depois pesadelos, não dormiam direito, acordavam suando frio, e aí começaram a ver coisas. Coisas ruins. Do passado delas." Citando a última parte, Nancy se lembrou do incidente no carro quando ela foi vista por ela e pelo oficial Glenn esfregando a boca em desespero. Não era o seu perfil pagar aquele papelão na frente do oficial Glenn e estragar os planos de Nancy. Ela estava assustada com alguma coisa do seu passado e ela já tinha uma pequena ideia do que era.
