Mudança [Izuku depressivo (BNHA/MHA, Tododeku)]

Capítulo 05

(Terceira pessoa)

Quando os olhos do adolescente se abriram, tudo o que ele conseguia ver era branco. Um teto branco, uma parede branca, uma cortina branca, mas então ele conseguiu ver alguém. Era seu tio, mas ele parecia embaçado. Ele semicerrou os olhos e percebeu que estava dormindo em uma cadeira. Ele ouviu um monitor cardíaco e olhou rapidamente para ele. 

Seu coração deu um salto quando ele percebeu onde estava. No hospital. Ele sentou-se rapidamente e olhou para o braço. Várias feridas haviam sido suturadas e cobertas com fita e um curativo. Mas doía, e ele odiava aquilo. Ele teria pulado da cama para fugir, mas os trilhos laterais estavam levantados. 

Havia um soro ligado ao seu braço e seu outro braço (quebrado) estava em gesso novamente. Ele soltou um suspiro e deitou-se novamente. 

"Você está acordado?" perguntou Hiriku. 

Midoriya olhou para o tio, que se esticou e sorriu. 

"Um... Mhm..." Midoriya assentiu. 

Hiriku levantou-se e se aproximou. 

"Como você se sente?" ele perguntou. 

"Estou... bem..." Midoriya murmurou enquanto se sentava. 

"Você quer ir para casa?" ele perguntou. 

Midoriya assentiu. 

"Vou falar com a enfermeira então..." disse ele, ao passar pela cortina branca na sala de emergência. 

Midoriya olhou ao redor. Ele nunca tinha estado na sala de emergência. Da última vez em que estava no hospital, era na UTI. Ele só tinha uma cortina que separava seu pequeno quarto dos outros. Mas ele não se importava. 

Uma enfermeira entrou e fez vários exames antes de pegar os papéis de alta. Hiriku e Midoriya deixaram o hospital e ficaram na calçada. Estava escuro lá fora, mas a lua e as luzes da rua iluminavam a área. Hiriku apontou para um restaurante de fast food. 

"Você está com fome?" ele perguntou. 

"Um... Eu posso comer um pouco... Eu acho..." ele murmurou. 

Hiriku sorriu e afagou a cabeça do garoto. Eles caminharam juntos em direção ao restaurante. 

Eles fizeram o pedido e se sentaram em uma mesa. Hiriku olhou para Midoriya. 

"Ei... você quer falar sobre... o que aconteceu..." Hiriku perguntou cautelosamente. 

Midoriya congelou, então olhou para o lado e deu de ombros. 

"Não se sinta culpado... não foi sua culpa... nós não precisamos falar sobre isso agora, mas, eventualmente, teremos que..." Ele sorriu, mais ou menos. 

Midoriya assentiu. Ele sentia vontade de chorar, mas fez o possível para segurar as lágrimas. 

"Desculpe..." ele murmurou. 

"Hã? Por que você está se desculpando?" Hiriku perguntou calmamente. 

"Eu estou... te causando problemas..." murmurou Midoriya. 

"Não, você não está... ter você por perto tem me feito mais feliz..." protestou Hiriku. 

Midoriya olhou para cima, com os olhos marejados, mas não tinha nada a dizer. Hiriku forçou um sorriso triste, então uma senhora colocou comida na mesa. 

"Bem... coma, tenho certeza de que está cansado... podemos pegar um táxi para casa..." explicou ele. 

Ambos comeram em silêncio. Midoriya não conseguiu terminar toda a comida, ele se sentia mal por estar no hospital, então Hiriku comeu o que ele não conseguiu. Eles saíram do restaurante e chamaram um táxi. No banco de trás do carro, Midoriya adormeceu no ombro de seu tio.