Quinta feira, quarto dia em que eu não tinha nenhuma notícia sobre Astorm e eu estava me corroendo por dentro.
A mais alta não apareceu mais na cafeteria ou em meu apartamento. Fui ao bar que sempre tocava e o barman que parecia muito seu amigo disse que a banda também não tinha dado as caras ainda.
Respirei fundo, piscando algumas vezes enquanto colocava chantilly em um café que me pediram a alguns minutos. Olhei para fora pela enorme janela, esperando que eu tivesse ao menos um vislumbre da de olhos verdes ali, dançando fora da cafeteria como se fosse a melhor coisa do mundo.
Eu não sabia se eu tinha feito algo que a chateou ou se ela havia ficado brava por eu não ter conseguido dormir com ela no domingo, já que ocorreu uma emergência com minha mãe e eu precisei ao menos dar apoio. Eu não sei se ela apenas havia se cansado de mim, percebido que eu não era assim tão fascinante como ela é ou como ela pensa que eu sou.
Não saber se há algo errado ou o que houve estava me matando e me deixando pensar em todas as possibilidades que eu tive de ferrar com tudo.
— Resty? – A voz do Senhor Castro me tirou dos meus devaneios, fazendo-me olhar rapidamente para ele.
— Desculpe, eu estava pensando demais. – Terminei de ajeitar o café e apertei a pequena campainha para que Kevin pegasse.
— O que há de errado, criança? – Indagou ao parar ao meu lado e me analisar – Estou percebendo você um pouco triste e perdida também.
— Me desculpa, eu não queria que isso transparecesse aqui no trabalho – Suspirei, coçando meus olhos.
— Está tudo bem, filha. O que está te tirando do sério?
— É sobre Astorm. – Ao ouvir a pronúncia do nome dela, o mais velho arrumou a postura, prestando atenção – Eu não sei o que há de errado, mas faz quatro dias que eu não sei nada sobre ela.
— Você já tentou ligar para a casa dela?
— Eu pensei nisso, mas eu acho que se ela não quer me ver, eu não devo insistir ou algo do tipo.
— E como você sabe que ela não quer te ver? Imprevistos acontecem, criança. – Sorriu gentil – Eu acho que você deveria ir vê-la ou ligar para a casa dela.
— Eu não sei se devo. – Dei de ombros – Talvez ela esteja cansada de mim ou apenas quer estar só mesmo.
— Você não pode sair tirando conclusões dessa forma, Resty – Começou a tirar o meu avental, me fazendo franzir o cenho – Vá até a casa dela e veja o que aconteceu.
— Agora?
— Sim, agora. Você precisa ter respostas para suas perguntas ou você irá enlouquecer com pensamentos – Sorriu – Vá, eu fico aqui com Kevin.
— O senhor tem certeza?
— Absoluta. Pode ir, Soyer.
Sorri agradecida, deixando um beijo em sua bochecha e quase correndo para fora da cafeteria. Adentrei meu carro, dando partida em direção da casa de Astorm, mas parando no caminho em uma floricultura que ficava perto do meu destino final.
Comprei um buquê de violetas, sorrindo ao já ter uma noção sobre o quanto Astorm gostaria. Voltei a percorrer aquela estrada, decidindo por colocar uma música e ao ligar o rádio, a música Crazy love, que ela havia cantado para mim enquanto dançávamos na cozinha do meu apartamento soou pelo carro.
Aumentei o volume, deixando com que meus ouvidos fossem plenamente preenchidos pela música que me levou diretamente para a dona dos olhos mais bonitos que eu já vi.
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The beauty of Stars
RomansaComo você reagiria ao ter em sua frente a pessoa mais incrível que seus olhos algum dia puderam tocar? Resty Soyer foi pega de surpresa assim que uma peculiar e incrível moça de olhos verdes cruzou o seu caminho. Se sentiu totalmente fisgada por to...