capítulo 14

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Hana
Fiquei sentada no batente da janela do meu quarto na casa onde eu morei com meu pai, era lá onde ele iria ficar comigo e sua esposa, mas infelizmente faleceram. Olhando a natureza lembrei do dia que minha mãe morreu, Kimiko Sato, uma mulher doce e gentil com todos.

Era dia 3 de março, mais ou menos umas 3:34 da tarde. Eu tinha apenas 12 anos na época, minha mãe havia discutido com meu pai no dia e ela acabou decidindo ir para casa da sua irmã.

O clima estava ensolarado e com poucas nuvens no céu. Minha mãe dirigia seu carro vermelho, a velocidade era um pouco acima do aceito, ela reclamava do papai sem parar, percebi que aumentava mais a velocidade.

Olhei para fora da janela avistando às árvores altas cercando a estrada, nenhuma movimentação além do nosso carro naquele momento. Minha mãe sofria alguns problemas que nunca me contaram.

Olhei para frente e no mesmo estante um cervo parou na frente do caminho olhando na nossa direção. Minha mãe tentou desvia e acabou perdendo o controle capotando com o veículo, saindo da pista e rolando morro abaixo.

Podia ser ouvido o automóvel batendo com força contra o chão, parando só quando bateu brutalmente num tronco de pinheiro, esmagou no meio o carro. Ouvi minha mãe tossindo, tirei o cinto de segurança e corre até ela.

Os vidros estraçalhados pelo lugar e um pedaço enorme cavado no seu pescoço, fiquei em choque enquanto ela cuspiu o sangue. Ela tentava pronunciar alguma coisa mas não conseguiu entender direito, sua pela com machucados.

Corre para subir no barranco e arrumar ajudar, mas no meio do caminho ouvir uma explosão vindo do veículo, lágrimas rolaram pelo meu rosto ao vê-la pegando fogo. As chamas subindo alto chegando a toca na superfície da grande árvore.

Observei calada tudo acontecendo sem pode fazer nada, mas o que uma criança poderia fazer? No final consegui chegar a estrada, mas não tinha ninguém passando por lá.

Segui em direção que viermos e só depois de cerca de duas horas e meia que um carro parou e dele saiu uma mulher jovem com uma senhora de idade, a mulher e sua mãe me levaram a delegacia e eu contei tudo que aconteceu.

Meu pai chegou para me buscar. O corpo da minha estava carbonizado. No velório vários familiares e amigos dela apareceram. Com tudo isso fiquei dois anos sem conversar com ninguém, acabei visitando alguns psicólogos que até me ajudaram a superar a morte da minha mãe.

Um deles foi que chamou minha atenção, um dos psicólogos tinha um caso com um adolescente de 15 anos, nada de relações sexuais, um romance quase saudável, se o moleque não fosse um psicopata que matou os pais. Sua tia lhe mandou para o psicólogo para fazê-lo "aceita a morte dos pais", e nisso o jovem tentou o fazê-lo de vítima. Para a surpresa do adolescente o mais velho de 28 anos, era um serial killer bastante conhecido e que ninguém lhe descobriu.

Nunca contei nada souber os dois e até hoje estão juntos, eles me ensinaram a reconhecer um psicopata e como me defender. Eles geralmente ajudam seus pacientes e algumas vezes os adotar e matam quem os ferem, no caso muitos que tem problema com os pais moram com eles.

Mayumi entrou no quarto com uma bandeja com comida e chá, colocou tudo em cima de uma mesa. Caminhou elegantemente em minha direção, usar um vestido vermelho com duas fechas nas pernas, mostrando as costas, sem mangas e preso no pescoço, podia vê que usava um colar com pingente de um lótus negro com uma pedra vermelha no centro.

- trouxe caso esteja com fome, minha querida- falou sorrindo suavemente.

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