Heartstopper: Apaixonados [Uma Fanfic]

Penúltimo Capítulo 47: Nick

Eu não sabia que precisava de você, Charlie. Até você chegar e ser a peça que faltava para completar o meu viver. Antes eram meios sorrisos, meias alegrias, meios momentos, tudo dividido... Até você aparecer e ser a soma que eu amo fazer todos os dias da minha vida. Respirar se tornou a minha segunda necessidade. A primeira, é ver você respirando, vivendo, ao meu lado, amor.

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A CONVERSA NO PARQUE

Não é uma pergunta.

— Vocês podem me deixar a sós com o meu namorado. — Tori e Tao deixam banco na qual estavam sentados, deixando-me sozinho.

Desvio o olhar para o chão, não consigo encarar o Charlie neste momento. Ouço Tori sussurrar algo para ele, antes de passar por mim, tocando de maneira amigável o meu ombro, e se afastando para os arredores do parque.

— Sei que vocês vão se ajeitar — Tao fala com aquele jeito turrão de sempre, e com uma certeza evidente na voz. Uma certeza que eu tenho também, mas que não estou pondo em prática no momento.

É tudo um processo.

Sinto Charlie sentar do meu lado, sem me tocar de primeira; por costume, e desejando muito ser forte, ergo o olhar de esguelha e vejo seu rosto.

Os mesmos lábios rosados. O mesmo cabelo cacheado e caído sobre a testa. Os mesmo olhos que conhecem bem, e que sabem perfeitamente me desvendar. O mesmo rosto que eu me apaixono todos os dias...

— Oi. — É a única coisa que ele diz.

E é impossível não lembrar da primeira coisa que dizemos quando batemos o olhar um no outro. Na palavrinha mágica que deu início a uma série de palavras intermináveis, dia a dia, noite a noite, segundo por segundo... Até surgir a mais especial. EU TE AMO.

— Oi. — Respondo, sentindo o meu coração descompassar, as batidas frenéticas, pulsando a um nível que posso escutar de onde estou.

Quando dou por mim, estou abraçando o meu namorado. Ele me puxando cada vez mais para o seus braços, para o meu necessário lar. Eu o envolvo, com todas as minhas forças, puxando cada vez mais, sôfrego, para junto de mim. Quando dou por mim, estou em seus braços, chorando.

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— Tá mais calmo, amor? — Charlie se volta para mim, pegando em meu rosto e direcionando-o para o seu olhar. Noto que seus olhos estão lacrimejantes, ele deve ter chorado junto comigo.

Me analiso. Estou mais calmo, o peso no meu coração parece menor depois das lágrimas que derramei. Por isso, concordo com a cabeça. Limpo o rosto com as mãos, secando-o. Respiro fundo, soltando o ar logo em seguida, então eu falo:

— Sim, Char.

Ele me estuda com o olhar, observando cada parte que me compõe. Deve querer tirar suas conclusões por conta própria.

— Certo — diz, engolindo a saliva que estava parada na boca —, agora podemos conversar?

Suspiro. É a hora.

— Sim, Charlie — respondi, pegando em suas mãos, trazendo-as para mim. Estamos juntos mais uma vez, como sempre.

— Bom — ele pigarreou, — antes de tudo, quero que você se lembre de uma coisa.

— O quê?

— Que você sempre será a minha pessoa favorita — confessa, colando a testa na minha, suspirando; sinto as lágrimas de volta. Deus, como eu amo esse garoto.