Por você enfrento todos os perigos.
Atravesso céus e mares apenas para ver o teu sorriso.
Para te proteger viro fera, venço guerras e, se caso for, crio uma.
Charlie, te amar é o combustível para tudo isso.
Te amar é a minha sina. O meu destino.
****
Estou furioso.
Piso duro no chão, fechando a mão firmemente em um gesto de combate. A casa do Jeffrey está logo à minha frente.
Subo a varandinha, pulando os degraus de dois em dois. A casa dele é azul, com canteiros com flores ao redor; sendo sincero, nem parece o lar de uma pessoa como aquele lixo de ser humano.
Ah, o que ele disse sobre o Charlie.
— Cadê você, seu merda? — não faço rodeios, bato freneticamente na porta de entrada, sem me importar se o pai ou a mãe do Jeffrey atenderem ao invés dele.
Caso sejam eles, será melhor, assim lhes revelo o filho ordinário que eles tem em casa.
— Jeffrey... — Chamo, golpeando a madeira dura da porta.
Mas ninguém aparece.
No instante seguinte, ouço gritos na parte de trás da residência; gritos de dor.
Saio de onde estou, correndo rapidamente para pela lateral da casa. Quando chego nos fundos, a visão do que está acontecendo ali me estarece.
— Você não queria bancar o bam-bam-bam, seu fodido de merda. — O rosto do Ben, o ex do meu namorado, parece terrivelmente destruído, o sangue escorre por toda parte deixando a mão do Jeffrey banhada com um vermelho vívido, enquanto o soca. Jeffrey está por cima do corpo, ao meu ver, desfalecido do seu oponente.
O que o Ben estava fazendo ali? Pelo que sei, Charlie não falou com ele depois dos ocorridos. O que... Não é hora de perguntas, tenho a cara de um babaca para quebrar ainda.
Movido pelo impulso e por ver tamanha crueldade — posso não gostar do Ben, mas do jeito que ele estava, não poderia deixar passar sem nenhuma reação —, corro até o Jeffrey, e, surpreendendo-o, chuto com força o seu rosto. Ele cai pro lado com o impacto, cobrindo a região ferida; sem deixar que ele agisse para se defender, monto em cima dele, socando-o na cara. O xingo, indago sobre "quem é o homem agora?", enquanto os nós dos meus dedos o fere na face. Não demora muito para o sangue sair, manchando-nos. Estou possesso de raiva.
— Seu covarde. — Esbravejo.
No meio dos meus golpes, posso sentir um sorriso vermelho em sua boca.
— Isso, Nick, me xinga — ele solta, como se sentisse prazer no que eu estava fazendo com ele. Eu não havia prestado atenção, mas ele não reagia. A única vez que ele fez algo, foi com o golpe surpresa que eu o desferi, depois disso, ele nem ao menos recuou o rosto. Recebia cada um dos meus socos, como se isso fosse o ar para ele respirar.
— Porque está rindo, seu idiota? — Indaguei, segurando-o pela gola da sua camisa verde. Nossos olhares se estreitaram, e aquele sorriso ainda permanecia nele.
— Você não percebeu nada?
Só entendi o que ele quis dizer, quando o senti contrair a sua ereção abaixo de mim. Aquele verme estava excitado com o que eu estava fazendo com ele.
Enojado, sai de cima dele. Chacoalhando as minhas mãos com os nós dos dedos esfolados. Ele ergue-se um pouco sobre os cotovelos, mexendo o maxilar para um lado e para o outro, certificando-se que eu não havia quebrado ele.
Lembrando-me, olhei para o Ben a poucos metros de nós, com a aparência destruída.
— Demorou, mas até que enfim o fodão do Nick Nelson tomou uma reação — ouvi Jeffrey dizer, de repente. Desviei o olhar para ele no mesmo instante, regressando. — Eu sabia que só você seria capaz de me fazer sentir algo...
— Do que você está falando, seu merda? E porque você fez isso com o Ben?
— Esse merda aí — ele apontou para o ex do meu namorado — veio tomar as dores do filho da puta do Charlie.
A raiva voltou, fazendo com que eu chutasse as pernas do idiota do Jeffrey. Mais uma vez, ele sorriu.
— Não fala assim do Charlie.
— Eu amo isso, Nick — ele acaricia onde eu o machuquei. Isso me desnorteia.
Mas não mais que a presença do Ben ali.
Ele agiu antes de mim pelo Charlie.
E eu que sou o namorado dele.
Eu hesitei?
— Do que raios você está falando?
— Da excitação. Eu nunca senti nada igual por outra pessoa, a não ser por você. Desde o primeiro dia que eu te vi, eu sabia que era você. Que você seria meu.
— Eu nunca vou ser seu.
— Vai sim, eu consegui mexer os meus pauzinhos para te ter como amigo, posso muito bem te ter como o meu namora....
— Cala a boca. — Eu estava com raiva, mas o imenso nojo que me consumiu me fazia não querer voltar a tocá-lo, eu já havia surrado muito já. E isso já bastava.
— Eu roubei o cãozinho de pelúcia que você ganhou, aliás, ele se chama Larry, agora — seu tom era seguro, com um tom de ira envolvido —; fiquei amigo de duas sapatão; hackiei o teu celular e o do Charlie...
— Você fez o quê?
— Eu sabia de todos os passos de vocês, seus otários — ele fez chacota, com um sorriso zombeteiro no rosto sangrento. — Como vocês são patéticos que nem sequer tocam nudes um com o outro.
Aquilo entrou como um turbilhão na minha cabeça. A minha vida pessoal e a do Charlie foram invadidas por um sociopata, que tem uma obsessão depravada sobre mim e um ódio desigual por ele. Isso é muita merda para assimilar.
Peraí, duas sapatão?
Tara e Darcie?
Só tinha uma coisa a fazer, nesse momento, que seria sensato.
— Eu vou chamar a polícia, seu doido-varrido.
Isso pareceu não afetá-lo.
— Pode chamar — ele mudou o tom de voz para algo mais... lascivo? Ele abriu as pernas, deixando sua genitália, coberta pela calça, em evidência. Ele estava se oferecendo para mim. — Mas antes vem me foder, come o meu cuzinho da mesma forma que você faz com o Charlie...
— Você é doente. — Saí de perto dele, pegando o meu celular para ligar para a polícia, e consequentemente uma ambulância, e abaixei-me para ver o estado do Ben. Ele parecia morto.
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Boa noite, meus amores ❤️
Gostaram do capítulo? Foi muito pesado? Me digam a opinião de vocês, por favor ❤️
Tenham uma boa noite, e até o próximo 🥰❤️
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Heartstopper: Apaixonados [Uma Fanfic]
FanfictionFanfic que dará continuidade de onde a série parou, espero que gostem 😉 Nick e Charlie estão mais apaixonados do que nunca, o que faz com que esses dois vivem as mais românticas, apaixonadas, e intensas aventuras.