Fifty-one

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  O DRAKEN  estava dando conta da maioria dos membros da Black Dragons, enquanto eu desviava e acertava algum cara desprevenido e desnorteado ali no meio.

Fazer o que, eu não sou tão preparada fisicamente para lutas contra homens mais fortes do que eu. Preciso mudar isso.

  —— [NOME]!! – escuto a voz grave do Draken me chamar.

Tiro meus olhos dos caras a minha frente e olho em direção a ele.

Ele tava me procurando, não tinha mais nenhum membro da Black Dragons em pé ao seu redor.

Enquanto estou abismada com a rapidez dele, um soco passa diretamente em frente ao meu rosto. Não me acertou porque me desviei antes, peguei em um dos braços do cara e com a força da persistência, o torci para trás.

O Draken não se atrasou e me ajudou a terminar o trabalho. Um braço quebrado, vou encarar como uma vitória.

—— Entra, eu dou um jeito aqui! – ele me disse.

—— Sem chance! Acha que eu vou entrar agora?! – digo me preparando para mais um golpe. – Meu sangue já está pegando fogo!

Inconscientemente, Draken e eu acabamos com os membros da Black Dragons apenas com distrações e porradas. Eu distraia e o Draken batia.

No meio dessa porradaria toda, obviamente saímos machucados. Porém vitoriosos.

Quando o último membro caiu, eu observei todo terreno em frente a igreja. Um chão que estava coberto de neve, agora tinha adolescentes que se achavam valentões.

Uns corriam, outros só perderam a consciência ali mesmo.

  —— Seu nariz tá sangrando, pirralha teimosa. – draken diz, tirando um lenço de seu bolso.

—— Obrigada. – pego e limpo meu nariz. Senti uma leve ardência, mas nada muito grave.

Sentamos nós dois na escadaria da igreja.

—— Acha que eles estão bem? – pergunto quebrando o silêncio.

—— Mikey vai tomar conta deles lá dentro, relaxa. – tenta me confortar.

Apesar de alguns socos que tomei, eu não estou com tanta dor. Não agora.

E ficamos em silêncio novamente.

—— Ei! – ele diz alto, me fazendo pular um pouco. – Que ideia idiota foi aquela de pegar a moto do Mitsuya e ir atrás da gente?!

Eu ri um pouco, mas ele continuou sério. Então parei de rir.

—— Eu estava nervosa tá legal? – tento me explicar. – Eu tinha que fazer alguma coisa, ou eles morreriam lá dentro.

Ele ainda me olhava sério.

—— Como o Mitsuya deixou a chave da moto dele comigo, eu achei que seria mais rápido de encontrar vocês. Então fui.

—— E se você caísse? – pergunta. – Se você caísse, se arrebentasse inteira, o que iria fazer?

Suspiro e coloco meu rosto entre minhas mãos.

—— Provavelmente eu levantaria e seguiria com minha ideia.

—— Não tô bravo, ou muito menos te dando um sermão.. – eu o olho irônica. – Se bem que você merece. Ainda bem que não aconteceu nada com você, e nem com a moto do Mitsuya.

—— Ah.. se eu quebrasse a moto do Mitsuya, com certeza eu piraria.

E se eu tiver arranhado ela?!

|•Mikey × Leitora•|Onde histórias criam vida. Descubra agora