Fifty-two

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  2017; Tokyo, Japão;
   Lugar desconhecido.

   —— Eu estou ligando apenas pra saber como você está. – o rapaz diz, com a voz um pouco rouca, mas ainda sim preocupada. – Se tá comendo direito, e não pulando as refeições.

  Uma pausa é feita, seguida de um suspiro pesado e aflito.

  —— Quando ouvir isto, me liga. - ele diz por fim. – Por favor..

  A mensagem de voz se encerra mostrando na tela do celular a interface do aplicativo de chamadas.

  Aflições e mais aflições.

 
  Não é, e nem vai ser a última vez em que a jovem sentirá como se estivesse afundando em um mar de problemas. Se afogando em preocupações e desespero. Não só por ela, mas também por ele.

  Seus olhos rodeados por escuras olheiras, resultado das noites em que não tem dormido. Um olhar mais perdido que ontem e menos que amanhã, com certeza.

Não sabia como dar um jeito.
Estava acontecendo tudo muito rápido, se foram um após o outro.

E ela sabia o que chegaria para ela em alguns dias.

 
  [Takemichi's pov]

Essa parada de viagem no tempo é assustadora.

Um dia você está lá, com os caras, e no outro, aqui vestido em um terno. Parado em frente ao que se parece um... VELÓRIO?!

O que caralhos está acontecendo?!

—— Sei que você é uma pessoa ocupada. – uma moça, de cabelos claros se aproxima. – Agradeço por ter vindo.

Sua voz é baixa, e seu rosto tem uma expressão não tão legal.

—— Por aqui, por favor. – ela diz, e eu a sigo.

Chegamos próximos a uma mesa, onde outra garota, bem parecida com a anterior, está sentada.

Se elas estão aqui, provavelmente têm algum parentesco com o falecido.

—— Hanagaki-kun.. – uma delas diz.

  Ela me conhece? Eu as conheço? Como?

Assino meu nome num caderninho que ela me deu.

—— Por favor, entre. – a garota de antes diz.

Um pouco mais afastado das meninas, escuto os lamentos de uma delas, e outra tentando consola-la.

Pelo que ouvi elas perderam um irmão.

Perderam um irmão.

Apresso o passo para dentro da pequena capela, me deparando com algumas pessoas sentadas em bancos de madeira.

E mais a frente, um caixão.

Uma angústia atingiu meu peito como um tiro. Percebo um porta retrato um pouco acima do caixão, e me aproximo para ver.

No momento em que vi e reconheci, um baque forte em minhas costas senti. Mesmo que nada houvesse me atingido, não fisicamente.

—— Mi.. Mitsuya-kun... está morto?!

Como..? COMO PODE ESTAR MORTO?!

Eu.. mudei o passado.. como o Mitsuya-kun.. está morto?

Tento me recuperar e saiu dali. Sinto minhas pernas fraquejarem a cada passo que dou.

Ao sair do local, acabo trombando com alguém.

—— Você está bem? – uma voz feminina pergunta.

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⏰ Última atualização: Aug 13, 2023 ⏰

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