—Taehyung? Está tudo bem com você, filho?
O senhor Kim, que usava apenas uma cueca samba canção cinza correu em direção ao filho caído no chão, resmungando de dor no seu ombro e braço. Ele o olhou preocupadamente e o universitário desviou os olhos rapidamente para a direção de Yoongi, que continuava a escovar os dentes como se nada tivesse acabado de acontecer.
—Eu acho que desloquei o ombro. — Choramingou e o pai o ajudou a se levantar.
Confuso, o senhor Kim voltou a encarar Yoongi que estava com a boca cheia de pasta e segurava a escova nas mãos com uma expressão assustada. Ele piscou bem os olhos.
—O que aconteceu por aqui?
O outro deu de ombros.
—Ele escorregou no chão, por causa dessa pocinha de água aí. — Explicou rapidamente e o padrasto pareceu acreditar. Yoongi cuspiu a pasta e então enxaguou a boca, olhando fixamente de pai para filho, sentindo os batimentos cardíacos acelerarem drasticamente.
—Yoongi termina aí, nós vamos precisar leva-lo ao hospital.
—Claro, senhor Kim, já estou acabando.
(...)
Já no quarto, com o ombro e o braço devidamente enfaixados, Taehyung encarava o garçom raivosamente, satisfazendo-se com o fato de o mesmo estar com as bochechas vermelhas em constrangimento.
—Você podia ter me matado, Yoongi.
—Não, não, meu amor, quem iria te matar iria ser o seu pai se visse você me encoxando daquele jeito!
Taehyung grunhiu dolorosamente e o ex-namorado levantou-se depressa da poltrona, correndo até onde ele estava deitado.
—Eu sinto muito, tata, mas eu fiz isso para o nosso próprio bem. O que é que nós iríamos falar se ele visse você me enrabando daquele jeito?
—Poderíamos falar a verdade, que eu amo você e que você me ama e que nós estávamos prestes a fazer um sexo matinal dentro do banheiro.
Yoongi arqueou a sobrancelha e o Kim fungou uma risada baixa.
—Ok, isso nós não poderíamos dizer para ele, mas você não acha que já está na hora de nós nos assumirmos de uma vez? Eu quero que a cidade inteira saiba que você é meu namorado e não meu meio irmão, Min Yoongi!
—Mas nós terminamos há um ano, esqueceu? Aliás, idiota, você terminou comigo.
—E você quebrou meu braço, estamos quites.
Yoongi revirou os olhos, meneando a cabeça.
— Você é um babaca.
Taehyung voltou a choramingar de dor, e o Min o encarou desesperado, sem saber o que fazer. Temia tocá-lo e piorar ainda mais a situação, que decididamente já não era das melhores. Os olhos castanhos do mais alto o fitaram por um momento.
—Eu sinto muito, tata, de verdade. Não queria te machucar.
—Eu sei.
—Quer que eu ajeite os travesseiros atrás de você? — Perguntou, claramente preocupado e o acastanhado fez que sim com a cabeça.
Yoongi apressou-se em fazer isso, da forma mais cuidadosa possível, sendo observado fixamente pelo Kim que sorria apaixonadamente, extremamente feliz com os cuidados por parte do mais pálido. Em seguida, o Min ajeitou o edredom, o subindo até a metade do seu corpo, mais ou menos na altura do peitoral dele.
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Enrolados
Fiksi PenggemarCréditos da capa: aestuantic (WonderfulDesigns) Min Yoong levava uma vida tranquila e tediosa em Daegu; cursava administração na universidade pela manhã; dava aulas de violão a tarde e à noite, ele trabalhava na pizzaria da família do melhor amigo...