{Alexander Geardon, 13 anos, Dallas no Texas...}
- Para de pensar e começa a fazer, Alexander.
Escuto a voz da minha avó na soleira da porta e suspiro revirando os olhos quando volto a descarregar o caminhão de ração.
- Eu vi isso, garoto.
Escuto ela gritar novamente e caminho até a borda do caminhão jogando os sacos os empilhando um em cima do outro.
Depois de alguns minutos, entro em casa sentindo o cheiro do almoço que minha avó estava preparando e vejo a tia do meu pai se aproximar estreitando os olhos para mim.
- Para seu pai te mandar aqui por um tempo, boa coisa você não deve ter feito.
Ela fala sorrindo e passa por mim abrindo a geladeira e pegando um copo de água. Ela dá um gole bebendo e se vira apontando com o copo para mim.
- Mas também... Olhe para os olhos dele, vovó. São iguais...
Escuto ela murmurar e viro meu rosto desviando meus olhos do dela.
- Esses olhos... Acho que o vovó fez algum tipo de pacto para conseguir isso.
Ela fala e nossa avó se vira olhando feio para ela.
- Vai embora daqui - minha avó fala e ela deixa o copo na pia.
- Deveria arrancá-los... Eles não são um bom sinal, sabe?
Ela murmura sorrindo quando passa por mim e eu observo suas costas enquanto ela sai.
- Não escute ela... Seu avô jamais fez pacto.
Ela fala se virando para mim e passando os olhos de baixo para cima.
- Você foi rápido... Mais rápido que seu pai, mesmo ele sendo mais corpulento.
Ela fala levantando as sobrancelhas satisfeita e tirando algumas panelas do fogão e as colocando na mesa.
- Agora venha, você precisa comer antes de limpar o chiqueiro dos porcos.
Ela fala e eu faço uma careta antes de resmungar algo inaudível para ela e me sentar para comer. Aquele mês iria ser longo...