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🖇️ | Boa leitura!

Ainda não acredito que estou parado na frente da porta dela prestes a bater para receber aulas sobre conquista e sedução

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Ainda não acredito que estou parado na frente da porta dela prestes a bater para receber aulas sobre conquista e sedução. Kj não acreditou quando eu lhe contei, ficou insistindo que eu estava tirando uma com a cara dele e só o convenci quando ele me viu saindo do nosso apartamento na quinta à noite ao invés de estar em alguma partida infinita de um jogo online. E foi aí que ele surtou e ficou mais animado do que deveria. Aposto que vai me encher de perguntas quando eu voltar.

Ergo a mão hesitante e me obrigo a bater. Demora cerca de quinze segundos até Lili abrir a sua porta. Ela tem um cigarro entre os dedos e eu faço uma careta quando sinto o cheiro.

— Fresco. — ela me insulta ao notar minha expressão. — Entra.

Entro em silêncio enquanto ela fecha a porta atrás de mim. Olho ao redor como se estivesse ali pela primeira vez. Não está diferente do que eu me lembro, ainda assim eu procuro por algo que não sei o que é só para demorar mais antes de ter que encará-la. É bastante constrangedor estar aqui e eu estou cogitando fugir correndo da situação.

— Beleza. — ela dá uma última tragada em seu cigarro e depois o esmaga no cinzeiro da mesinha de centro. — Se sente pronto?

— Não. — admito.

— Do que está com medo?

— Não é medo, é que isso tudo parece muito estranho.

— Mas foi você quem pediu. — franze o cenho.

— Primeiro, eu não achei que você ia aceitar com tanta facilidade.

— Pagando bem, que mal tem? — dá de ombros.

— Segundo... — continuo tentando não levar o comentário dela para lados obscuros do meu cérebro. — Eu sou péssimo com pessoas e qualquer ideia de interação social me deixa desconfortável.

— E por que está fazendo isso?

— Porque eu quero entender. Sair da minha zona de conforto. É como um experimento.

— E você é o cara das ciências. Saquei. — sorri de canto. — Pode ficar calmo, eu não julgo. Acho que vou até me sentir bem em ajudar. Pode ser divertido.

Estranhamente, ter essa conversa inicial com ela me deixa mais tranquilo. Sinto que pode ser uma de suas táticas, saber o que dizer para deixar as pessoas confortáveis perto dela.

— Pronto? — pergunta.

— Sim.

— Vamos fazer um reconhecimento inicial. Preciso saber com o que estamos lidando aqui, qual base temos. Me mostre o que sabe e veremos no que você precisa melhorar.

— Como assim?

— Primeiro, quais suas preferências? Homens? Mulheres? Os dois?

— Mulheres. — franzo a testa. — Apenas mulheres.

Angels Like You ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora