3. A manhã seguinte e devaneios excessivos.

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Era novamente uma manhã ensolarada e radiante, os raios de sol invadiram a sala principal da mansão dos Barões, normalmente haveriam pretendentes, mas tratando-se do primeiro baile, seu pai tinha deixado claro que preferiria descanso

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Era novamente uma manhã ensolarada e radiante, os raios de sol invadiram a sala principal da mansão dos Barões, normalmente haveriam pretendentes, mas tratando-se do primeiro baile, seu pai tinha deixado claro que preferiria descanso. A atmosfera estava repleta de um misto de sedução e ressaca, típicos de uma festa que durava a noite inteira. Rosallie embora ainda estivesse confusa por acontecimentos na noite anterior, preferiu deixar para pensar nisso mais tarde, ansiosa e apreensiva para saber o quê Lady Whistledown havia escrito sobre ela e o baile de sua família. Observadora, decidiu explorar discretamente o ambiente de sua casa apenas para ver que os mínimos resquícios do baile, já tinham sido limpos, antes de se juntar aos demais membros de sua família.

Ao entrar na sala, seus olhos foram atraídos imediatamente para seu irmão mais velho, Augustus, que estava deitado em um sofá próximo à lareira, com o rosto pálido e os cabelos em desalinho. A ressaca evidente era um seguidor de que a noite havia sido longa e repleta de festividades, e ela sabia que não tinha sido somente no baile, já que ambos os irmãos haviam sumido logo em seguida, a dúvida sobre o paradeiro deles brotando em sua cabeça novamente. Rosallie não pôde deixar de sorrir ao perceber que ele parecia mais vulnerável e menos imponente naquele momento.

Enquanto isso, seu segundo irmão, Joseph, estava sentado à mesa de café da manhã, apreciando um delicioso desjejum preparado pela equipe de serviçais. Com a postura ereta e a expressão serena, ele parecia ter se recuperado rapidamente dos excessos. Rosallie notou que ele folheava um livro de economia, desfrutando do silêncio matinal.

O Barão e a Baronesa, pais dos quatro jovens, estavam sentados em poltronas próximas, compartilhando risos e comentários sobre os acontecimentos da noite. Suas vozes animadas preenchiam o ambiente, e Rosallie sentiu que eles pareciam rejuvenescidos pelo encanto da festa. Era evidente que o baile havia sido um sucesso e que eles estavam desfrutando do prazer de relembrar cada detalhe.

Aos quais Rosallie tentava falhamente esquecer, ela agradeceu aos céus por estar tão cansada na noite passada que adormeceu rapidamente. Entretanto nesta manhã, os olhares impróprios dos cavalheiros sobre si ainda estavam a deixando inquieta, incômoda, quase como se ela fosse indigna mesmo que não fosse o caso. As interações com o Visconde foram no mínimo estranhas, ela queria apenas esquecer-se das pequenas faíscas que inconsciente sentiu, de como admirou a suposta beleza que ele tinha. Ela preferiu ignorar os elogios, tudo que pudesse remete-lo á uma boa imagem falsa ao qual ele realmente não tinha.

Por fim, sua irmã mais nova, Ellora, estava recostada em uma confortável poltrona, absorta na leitura da nova coluna de fofocas de Lady Whistledown, com feições sérias, ela ocasionalmente levantava os olhos do papel para lançar olhares imperceptíveis aos demais membros da família.

Rosallie temeu pelo o que estaria escrito nas tais colunas.

Entretanto, guardou a cena com um misto de carinho e diversão, sentindo-se agradecida pela felicidade e união que sua família compartilhava naquele instante. Assim que sentou-se ao lado de Joseph para comer, Ellora quase gritou para ela.

Ruína || Anthony Bridgerton, Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora