Capítulo 8

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Sentada no balcão, esperava por Eric. Fiz comida tanto para mim quanto para ele, pois ainda não havia comido nada. Meu pé agora latejava e eu precisava urgentemente colocar gelo nele.

Pensei em ir para o quarto, mas não me senti a vontade de deixá-lo sozinho. Escutei a porta de seu quarto se fechar e tentei mudar minha expressão de dor, para que ele não percebesse nada.

— Espero que goste de macarrão com molho de queijo e filé de carne assada. — Sorrio apontando para seu prato.

— Nossa... — Ele olha para a comida curioso. — Molho de queijo? — Balanço a cabeça confirmando e ele senta na cadeira.

— É a primeira vez que vai comer isso? – pergunto e ele balança a cabeça.

— Na verdade, sim.

— Então eu realmente espero que goste.

— O cheiro está ótimo! — elogia e agradeço.

Ele joga o molho de queijo por cima do macarrão que já estava no prato e come. Cerro os olhos tentando decifrar sua reação, mas ele não esboça nenhuma.

— E então? — indago curiosa.

— Está maravilhoso! – murmura em elogio e sorrio envergonhada.

— Obrigada.

— Seu pé ficou melhor? — Olho para o lado e apenas balanço a cabeça afirmando. — Que bom.

Um breve silêncio se instala enquanto comemos. De vez em quando, olho de relance para Eric. Decidi esquecer o cheque de 500 Libras, preferi não voltar para um assunto que envolvesse minha família. Não queria que as coisas ficassem estranhas. Ele parecia mais relaxado agora e, mais a vontade de estar do meu lado. Muito diferente de uns dias atrás.

Sempre me perguntei por que ele havia me escolhido para ser sua cuidadora e agora, estando do lado dele, acho que pode ser um bom momento para saber.

— Posso fazer uma pergunta? — Ele me olha rapidamente e com um simples gesto de cabeça, entendo que devo prosseguir. — Por que você me escolheu? Digo, por que me contratou em vez do Tom?

— Viu a maneira como ele me tratava? Não sou um bebê. – ele diz e sorrio me lembrando.

— Eu sei, mas... Fiz uma brincadeira tão desnecessária um dia antes. Eu achava que você não iria me querer por perto.

— Está tudo bem. – murmura calmo e suspiro.

— Mesmo assim, eu peço desculpas novamente. Foi errado o que falei sobre sua família. — Ele me olha e seus lábios se esticam num singelo sorriso.

— Por isso te contratei. – ele admite. — Sabia que não havia falado aquilo de propósito e eu com certeza prefiro uma mulher bonita cuidando de mim.

Peguei-me rindo ao ouvir sua última frase. Eu bonita? Tá certo que eu me destacava por causa do cabelo ruivo e olhos verdes, mas bonita?

— Até parece – murmuro e bebo um gole de água. Ai meu Deus! Ele me acha bonita?

— Me diz aí... Qual o problema com seu irmão? – ele pergunta mudando de assunto, o que acaba diminuindo minha euforia ao lembrar de Léo.

— Pra ser bem sincera, nem eu sei direito – confesso fitando o copo à minha frente. — Desde a morte dos nossos pais, ele e eu não somos mais tão unidos.

— Então você não sabe o que ele faz por aí. – Eric afirmou e olhei para ele confusa.

— Como assim?

— Você mencionou drogas. – ele explica e arfo lembrando que ele escutou tudo.

— Ele foi viciado em drogas na adolescência, coloquei ele em uma clínica de reabilitação, ficou uns dois anos. Quando saiu, estava melhor, mas agora...

Despertando Para o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora