Despertando Para o Amor

Capítulo 11

— Eu pago. — Eric quebra o silêncio que havia se formado e olho para ele com o cenho franzido.

— O quê?

— Você ouviu. – ele afirma sério. Balanço a cabeça em negação.

— Não podemos aceitar, senhor Parker.

— Vocês não têm outra escolha. Me deixa ajudar, Maya.

A seriedade na voz de Eric, me mostrava realmente que eu não tinha escolha. Por mais que insistisse em não querer, eu tinha a sensação de que ele quitaria a dívida e de que Léo, aceitaria sem nem pensar duas vezes. Como agora, em que ele apertava minha mão, implorando para que eu aceitasse.

— Me deixe ajudar. – Eric pede me encarando. – Só assim vão deixar seu irmão em paz.

— Não queria que se envolvesse nisso. – murmuro e noto ele suspirar. Um sorriso brota de seus lábios me confortando.

— Eu já estou. – ele afirma e arfo baixando meus olhos.

Várias perguntas surgiam em minha cabeça. Será que nos deixariam em paz? E se Léo se envolvesse com eles de novo? Se souberem que foi Eric que pagou, ainda pensarão em invadir a casa dele? E se ele se machucar por minha causa?

— Por favor, Maya. – Léo pede chamando minha atenção. — Prometo que vou devolver o dinheiro depois.

— Não faça promessas. – digo agitada. – Devolver o dinheiro é uma das minhas poucas preocupações.

Um breve silêncio se forma na sala, enquanto os três rapazes me olham esperando uma resposta. Penso que deveríamos fugir, uma ideia absurda. Então olho para Eric, sabendo que não tenho outra escolha.

— Está certo. — digo por fim e vejo os ombros de Eric relaxarem.

— Tudo bem. Vou passar em casa para pegar a quantia necessária. – ele murmura se levantando, vindo até o meu irmão. — Preciso que você me dê o endereço deles.

— Vai se encontrar com eles? – Levanto-me ficando a sua frente.

— Alguém precisa entregar o dinheiro e acho que seu irmão não está com condições para fazer isso. – diz calmo e arfo com sarcasmo, cruzando meus braços.

— Então eu volto na minha decisão. Não aceito sua ajuda.

— Maya... – pronuncia meu nome com cuidado e o interrompo.

— E se eles fizerem alguma coisa com você?

— Eles não farão nada comigo. – afirma e solto um riso sarcástico, sem acreditar no que acabo de ouvir. Passo a mão em meus cabelos encarando-o.

— Acho que todos já viram que você não é invencível.

— Confie em mim — ele pede se aproximando e buscando minha mão.

Seus olhos tinham a confiança que eu buscava. Olho para Peter sabendo que Eric não iria sozinho e depois volto para o homem tão gentil e forte a minha frente. Eu tinha que acreditar que tudo iria dar certo. Por isso, balancei minha cabeça dizendo que sim, eu aceitava tudo e, que sim, eu confiava nele.

— Mas quero que vocês fiquem na minha casa, então pegue apenas o necessário. Aqui não é seguro. – ele diz e olho para Léo que concorda se levantando.

O caminho para casa foi silencioso. Assim que chegamos, Eric não perdeu tempo em buscar o dinheiro que precisava. Percebi que ele esticava as costas de vez em quando, um sinal claro de que estava cansado. Pensei em dizer para deixar para amanhã, mas Eric estava decidido a consertar logo tudo.