Assim que anoitece, pego um táxi e vou direto para casa da minha mãe ver minha pequena - Meu amorrrr... - entro na sala. Dulce se levanta do chão e corre até mim, ela pula no meu colo e eu a abraço fortemente.
- Cecília, - Minha mãe desce as escadas.
- Oi, mamãe. Tudo bem?
- Eu estaria melhor se seu pai não estivesse aqui. Ele veio pegar algumas roupas e eu não tô afim de ver ele... ah, e toda vez que olho pra essa criança me vem a traição do seu pai na mente.
- Mãe! Não fala assim na frente dela!
- Cecília! Estou cansada, filha! Depois nos falamos, pode ser? - ela sai e eu suspiro
- Não liga, Dulce... todo mundo dessa casa vive estressado. Eu sou a prova viva disso... olha, eu não trouxe seu presente como prometi, me perdoa por isso, me perdoa mesmo, é que tudo foi muito corrido. - Me sento no sofá com ela ainda no meu colo.
Ela sorri e acaricia meu rosto, num gesto de compreensão - Tava brincando? Você gosta de bonecas, né?
Ela suspira tristinha, desce do meu colo e pega uma bonequinha de pano no chão. Ela me mostra a bonequinha com a barriguinha descosturada e me olha com um biquinho. - Ah meu Deus! Sua bonequinha sofreu um acidente? Olha, eu não sei como resolver o problema da sua bonequinha, mas eu posso te dar outra igual ou parecida.
Ela suspira triste e volta pro meu colo.
- Olha só quem tá aqui... - meu pai desce as escadas.
- Papai...
- Você é a minha maior decepção, garota! Fiquei sabendo do seu casamento, terminou com ele?
- ... Você não tem o direito de falar nada, papai! O Nicolas estava ali só pra me espionar e tudo por sua culpa!
- Tudo que eu faço é pro seu bem! Não quero você perto daquele homem... aliás, logo logo sua diversão vai acabar quando você for expulsa da universidade. Recebi um e-mail hoje com o valor que você precisa pagar para se manter na faculdade.
- Por que enviaram pra você?
- Porque eles já enviaram pra você há um mês atrás... você não pagou então eles enviaram pra mim avisando que você só tem 15 dias para pagar - Eu falei que não ia te ajudar, então agora você se vira pra pagar! Você não consegue sustentar nem a você mesma, filha... quem dirá pagar a faculdade.
- Você acha? Eu vou pagar! Não se mete nisso.
- Me meto sim! Você é uma imprestável, amor... cê não vai conseguir pagar... Tchau coisinha loira - ele sorri e sai puxando sua mala.
Sorrio - Tive uma ideia pequena... fica aqui, tá? Vou subir no meu quarto pra pegar uma coisa e já volto.
Ela acena e desce do meu colo.
***
- Licença..., - entro na minha salinha. Hoje não é dia de estágio então quem está aqui ocupando o meu lugar é a outra estagiária. Ela é bonita, seus olhos são cor de mel, quase laranjas, seus cabelos são bem curtinhos e castanhos, ela é magrinha, magrinha até demais e ela usa um vestido rosa. - Eu sou Cecília, estagiária... trabalha aqui nos dias em que você vai pra faculdade.
- Ah, muito prazer. Sou Melissa, - ela se levanta da cadeira e me cumprimenta. A mesa dela está empilhada de papéis e ela parece estar bem atrapalhada.
- GAROTA, CADÊ O CONTRATO QUE TE PEDI? - Gustavo sai de sua sala e sorri assim que me vê. -... Senhorita Bennet, a que devo a sua honra? Que eu saiba hoje não é seu dia aqui.
- Não mesmo, mas eu preciso conversar com o senhor e essa conversa não pode esperar.
- Cadê o contrato dos ingleses?
- Senhor Gustavo! Já olhei em todos os cantos... eu não achei! - Melissa diz, apavorada.
- Eee... Na terceira gaveta, coloquei em ordem alfabética. É só você olhar na letra E que você vai achar.
Gustavo me olha surpreso - Quando eu terminar a conversa com a senhorita Bennet, você me leva o contrato e arruma essa bagunça - Gustavo coloca a mão na minha cintura e eu dou um tapa nela.
Entramos no escritório dele, então ele me prende contra a parede e coloca as mãos de cada lado. - Me perdoa... - ele sussurra no meu ouvido.
- Não! Eu não vou te perdoar Gustavo, não vou! Quero conversar com você sobre algo importante, por isso vim aqui. - Empurro ele.
- Você devia estar na faculdade, não aqui!
- Eu vou depois que você e eu conversarmos.
- Tá, então me diz. O que pode ser tão importante pra você vir até aqui? Senta aí - ele senta em sua cadeira e eu me sento na cadeira a frente.
- Eu tenho 40% das ações no banco do meu pai.
- 40%? Uau! Isso é muito bom... quer que eu te parabenize por isso? - ele diz com deboche.
Faço uma cara feia - Esquece... tô vendo que com você não posso contar...
- Ei, ei... calma! Eu tô brincando com você! Pode falar.
- Eu quero dar pra você... ou seja, se você aceitar você vai ser o maior sócio do banco do meu pai, depois dele, claro - entrego o envelope para ele.
- Cecília...
- Escuta, Gustavo! Esses são os documentos originais, você só precisa assinar que você vai ser oficialmente um acionista no BBFI, você vai ter direito a tudo naquela empresa... eu não recebo nada da empresa porque meu pai sempre fica com os meus lucros, mas se você aceitar tudo vai mudar.
Ele sorri - Você quer... tá falando sério?
- Tô, tô falando. Eu quero dar pra você, mas com uma condição. Eu te dou minhas ações e em troca você paga a minha universidade.
- Isso pode prejudicar seu pai... e muito!
- Não me importa! Meu pai quis guerra então é isso que ele vai ter... Você não quer, né? Tudo bem, arrumo outra pessoa - Tomo o envelope da mão dele e me levanto da cadeira.
- Não, não! Cecí... Ok. Eu aceito.
- Então temos um trato? - Pergunto.
Ele sorri - Temos... - ele estende a mão e eu pego nela. - É... seu pai sabe que você tá vendendo suas açãos?
- Não, mas logo irei contar... ele vai saber quem é na reunião do conselho.
- Então você quer que seja uma surpresa?
- Sim.
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Encontro Com CEO - Uma Escolha Quase Perfeita (1° Temporada )
FanficDescrição no primeiro capítulo Primeiro capítulo: 30/09/2022 Último capítulo: 29/06/2023 Não copie esta história. PLAGIO É CRIME ⚠️ Escritora: Marina Vitória Narradores👇🏽 Temporada 1: Cecília Temporada: 2: Gustavo e Cecília Temporada 3: Gustav...