25 - Casar é demais

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— Então vocês se beijaram? Não acredito! — Dou um gritinho. Já se passaram quase duas semanas e o Gustavo não fala comigo desde aquele dia, fui na casa dele pra tentar conversar mas Fran me deu um recado, disse que ele não queria falar comigo e que não era pra me procurar ele mais e nem mandar mensagens, foi exatamente o que fiz! Eu não podia me humilhar dessa forma! Mulher que fica indo atrás de homem se mostra fraca demais e que eu não sou é uma mulher fraca! Se ele não quis falar comigo, eu não posso fazer nada e nem pretendo, se ele me quiser, ele que venha atrás de mim.

Agora estou na casa de Felipe, ele me chamou para passar o Natal aqui já que a Letícia foi para Nova York passar o Natal e o Ano Novo com alguns parentes de lá com a mãe. Felipe, como sempre um amigo atencioso decidiu me chamar já que meus pais estão passando por uma crise. Foi isso que minha mãe disse! Fiquei surpresa, acho que em 20 anos de casados eles nunca tiveram problemas de casal. Minha mãe sempre foi submissa ao meu pai, ela nunca deixou de fazer as vontades dele e agora é estranho ouvir ela dizer ao telefone que eles estão em uma crise de casal. Pretendo passar lá depois para saber o que está acontecendo.

Lipe sorri. — Pois é! Chamei ela pra patinar na neve, ela foi horrível, claro! Caiu várias vezes, mas foi muito fofo ver ela com as bochechas coradas — Felipe ri todo derretido por Mia. Como ela pode ser prima do Gustavo? A Mia é tão doce, carinhosa, bem diferente do babaca do Gustavo. — Depois paguei um lanche pra ela e aí eu falei dos meus sentimentos, ela falou dos sentimentos dela… e… e aí a gente se beijou.

— Ai meu Deus! Você não é tão lento como eu pensei que fosse — dou almofadada em Felipe.

— Para, Ciss! A gente tá indo com calma.

— Então você não pediu ela em namoro, Felipe? Não acredito! Você é muito lento!

— Hmmm, olha só quem fala… você tá mais lenta que eu. Não domou o olhos de mar?

— Olhos… olhos de que, Felipe?
Ele revira os olhos — Olhos de mar… é que os olhos do Gustavo parecem um mar.

Caio na gargalhada — Aí amigo, só você!

Lipe ri mostrando seus dentes perfeitos — Não rolou mais nada entre vocês depois do S.G?

— SG? Fe… Felipe, eu não tô entendendo nada do que você tá falando!

— S.G… Sexo gostoso! —, ele olha para trás para ver se seus pais não estão por perto. Eles foram pra sala de jantar arrumar a mesa há umas meia hora e até agora não voltaram. Quando cheguei aqui eles me confundiram com a Mia e ficou um clima super tenso e engraçado, mas eu adorei os pais do Felipe. Eles são super bem humorados e divertidos, parecem mais médicos de crianças pequenas.

Rio — Não! Ele tá me ignorando porque acha que eu não vou terminar com o Nicolas.

— E você terminou com ele?

— Claro que não! O Nicolas não me dá oportunidade e eu tô com muita pena.

— Então, acho que vou ter que concordar com o babaca de olhos de mar pela primeira vez. Cecí, se você quer um relacionamento com o Gustavo você não pode continuar com o Nicolas.

— Eu sei! Mas eu não quero magoar ele.

— Ciss, não tem como agradar todo mundo! Às vezes para agradarmos as pessoas precisamos magoar outras. É a realidade… sei que você ama o Nicolas como amigo porque ele conviveu com você desde os seus 14 anos… é normal você sentir esse imenso carinho por ele, mas casar com ele já é demais!

Sorrio — Você é o melhor amigo que eu já tive. Seus conselhos são os melhores, juro! Obrigada por ser um cara tão incrível. Eu te amo e eu não sei o que seria de mim sem você.

— Você não seria nada, senhorita Bennet —, ele troca de sofá, ficando ao meu lado e me abraça forte.

— Cecí, filho… a mesa tá pronta — Dona Eva, mãe de Felipe entra na sala.

***

Mais alguns dias passaram e hoje já é dia 31 de Dezembro. Letícia me disse que só voltaria dia 05 de Janeiro, ela também me prometeu trazer uns presentes de Nova York. Mia foi para Itália passar as férias e pelo o que ela me disse o Gustavo continua aqui. Parece que a família dele não comemora essas datas especiais, ela disse que lá os dias sempre são os mesmos e nada muda. O Eduardo foi junto com a Letícia pra Nova York, como de esperado, e eu continuo aqui junto com o Felipe. Ele disse que a família dele é pequena demais e por isso eles nunca fazem viagens pois não é tão divertido quanto às comemorações.

Hoje Felipe vai passar aqui para eu virar o ano com meus pais, claro se meu pai não me expulsar a ponta pés. Como estou sem carro ele se ofereceu para me buscar e me levar até lá para eu não precisar gastar dinheiro, nessas datas especiais o uber parece custar uma fortuna e eu não estou afim de gastar com isso. Mas vai ser muito bom dar uma passada lá em casa pra saber o que está acontecendo entre os meus pais.

Encontro Com CEO - Uma Escolha Quase Perfeita (1° Temporada )Onde histórias criam vida. Descubra agora