2-Yuuji e confusão

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—O que caralhos você tá fazendo no meu quarto?

Não é possível. Eu tiro os olhos de Yuuji por dois minutos e encontro ele revirando meu quarto.

—Respode. O que porra porra você tá fazendo aqui?

—Eu…eu…—Ele falha miseravelmente em achar palavras.

Eu o xingo de tudo que é imaginavel e consigo ver claramente sua expressão mudando de culpa pra raiva. Sinto sua mão me puxar pela gola da camisa e o outro punho erguido e fechado pra me bater, mas ele para, segura meus ombros, cada um com uma mão.

—Sinto muito. Não devia estar aqui. Vou chamar Nobs e vamos pra casa.

—♩♪♫♬—

Devem ser por volda das 8h da manhã, não sei ao certo. Maki me arrastou pra uma lojinha de armas. Ela disse que tinha chegado novas katanas.

—Sabe Gumi, seu pai gosta muito de você. Toji me ensinou a lutar com katanas classicas—Ela continua a falar de katanas por mais um tempo, esquecendo o “seu pai gosta muito de você” e eu fico apenas a encarando, esperando terminar e até mesmo um pouco intretido no assunto—. Ah, sim, desculpe. Seu pai gosta muito de você, ele só não sabe demonstrar. Deveria ter visto a cara do velho quando ele tava bebado e declarando o medo que tinha de cuidar de você. Foi hilário, sério.

Maki entende pessoas, sempre foi assim. E tambem sempre teve essa facilidade de fazer as pessoas se abrirem com ela. E, tudo bem que meu pai bebado não seja a melhor forma de provar isso, mas tudo que  Maki sabe sobre mim, ela descobriu e ouvindo.

 —A proposito, e você e o amigo da Kugisaki?

—Yuuji? Aquele idiota tava vasculhando meu quarto ontem e ainda não sei o porquê.

—Certeza que tava procurando alguma roupa sua!

—Credo, Maki, bate na madeira—Ela ri enquanto eu escondo meu rosto.

Yuuji Itadori com minhas roupas? Sonho impossivel.

 —E aquele seu diario velho? Ainda esconde no piso?

—Maki, e se ele tivesse procurando isso? Eu tava escrevendo quando você chegou com a Nobara e o Yuuji.

—Puta merda, Megumi, o garoto é um stalker completo.

—Vai a merda.

—♩♪♫♬—

Tá, eu perdi o controle da minha vida.

Eu tô a um bom tempo encarando a campainha e pensando “será que eu toco?”.  Acredite, não é a de Yuuji, pode até ser pior na verdade.

Enfim, toco a campainha

A porta em minha frente se abre vagarosamente, o coque negro de geto pode ser visto mesmo com a meia luz do poste. O sorriso de Geto é acolhedor, sempre foi. Eu venho aqui desde pequeno, mesmo eles não se dando muito bem com Toji, meu pai sempre gostou de Geto.

—Boa noite, Megumi. Faz tempo que não vem sem avisar. Satoru está no escritório, pode subir.

Geto abre espaço na porta e eu entro, indo direto pras escadas. A casa é simples, o escritório mais ainda.

—Megumi—Gojo fala estendido—Como vai?

—Preciso de um conselho.

Ele sorri, e que sorriso filho da puta. Eu ainda me pergunto como eu saí de conversar com Maki pra pedir conselhos a Gojo.

De conflitos à confortosOnde histórias criam vida. Descubra agora