chapter six - the second mission

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"Não, isso não vai acabar bem"

~Greedy - Tate McRae ~

-Nicolle! Posso entrar?

Olho para porta.

-Pode sim

A loira abre a porta, ela parece constrangida

-Oi, desculpa pela cena. Bem, eu queria explicar o que aconteceu, já que vai passar um tempo aqui.

-Tudo bem- digo calma, preciso entender e talvez virar amiga dela- pode sentar aqui- dou duas batidinhas na cama

-Bom, meus pais são muito conservadores, até demais para minha idade, eu tenho vinte e um! Eu tenho idade pra cuidar de mim mesma. Recentemente eles tem "deixado" eu ter uma vida social, sem ser a faculdade ou as festas das famílias que vamos. Mas ainda sim é estressante eles querem saber tudo sobre onde eu vou, como é , quem vai, eu não sou uma criança.

-Eu, bem...talvez eu esteja errada, mas os pais geralmente tentem a ter essa proteção com os filhos, deve ser isso. Mas obrigada por me deixar informada disso. Pode vir aqui no quarto sempre que quiser. Só bata na porta!- falo rindo- espero que sejamos próximas durante esse tempo que eu vou passar na sua casa

Ok. Estou indo bem até agora.

-Obrigada por entender. Vai ter uma festa amanhã, se quiser pode vir junto comigo, posso te apresentar os meus colegas da faculdade

-Se os seus pais deixaram por mim tudo bem

-Bom, eu vou indo, seja bem vinda Nicolle Ward!

Ela se retira do cômodo.

Solto um suspiro calmo, eu fui bem até, eu sinto como se fosse algo natural, acho que eu vou me dar bem com isso.

Arrumo as minhas coisas no quarto, o maior quarto que eu já vi. Paredes na cor cinza, uma televisão enorme, uma cama gigantesca, os móveis tão lindos. As janelas me dão a vista incrível dessa cidade, meus olhos chegam a brilhar.

Eu tenho um closet!

Meu quarto é uma suíte.

Tem um espelho lindo, aliás, agora eu tenho um celular! Nunca pude ter um, não podemos ter contado com o mundo exterior na agência.

Me jogo na cama. Sinto a maciez, sinto um sorriso se formar no meu rosto.

"Seu sorriso é o mais lindo que eu já vi"

Essa frase invade minha mente.

É pai, eu estou fazendo uma missão de nível superior.

As batidas na porta interrompem meus pensamentos.

-Lucy? É você?

-Sou eu- diz Sky

-Entra- digo seca

-E aí? Gostou da nova casa?

-Veio aqui pra isso? Obrigada pela "gentileza" de perguntar. Mas já disse isso e repito- falo baixo- só fale comigo a sós pra conversar sobre...e em público para mostar que temos intimidade um com o outro- falo mais baixo ainda- ao que tudo indica, Lucy não sabe de nada, mas essa conversa nós teremos com os "Ward"

-Você me parece cansada, olha que dormiu a viagem inteira! Mas eu entendi o recado. Eu estava conversando com o senhor Ward e parece que daqui um mês vai ter uma festa, os anfitriões: Os Merchan. Vai ser nosso primeiro contato com eles, vai precisar da Lucy pra isso, ela convive com eles desde pequena. Os Ford também vão estar no evento, precisamos aproveitar bem essa oportunidade. Era isso...mas claro, eu vim pra saber como você está. Me preocupo com você- sinto algo, não, só pena, talvez- é a minha parceira, boa noite Nicolle.

-Boa noite Jacob. Perdão pela "desavença"

Ele se retira do quarto.

Agora sim, paz.

Tomo um belo banho, no maior banheiro que eu já vi na minha vida. E me deito na cama, deixo os pensamentos irem embora, e meu corpo finalmente relaxar.
.
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Levanto da cama, até que cedo? O sol ainda está nascendo. Na agência acordamos cedo, não acredito que eu vá perder o costume tão rápido. Antes de nós guiar para os quartos Sr. Ward nos disse que eles costumam comer juntos pela manhã, eu e Sky teremos que fazer parte da rotina deles, mas eles acordam mais tarde, ou eles não fazem barulho.

Faço minhas higienes matinais, e saio do quarto. A casa está silenciosa, até demais. Vou até a sala de jantar, tem uma mulher, não qualquer mulher: "Mary Ward" ou pelo verdadeiro nome, Norry, como maioria das pessoas da agência não tem sobrenome, já que muitos são órfãos.

-Nicolle- o jeito que ela fala meu"nome" carrega ironia, ela sabe que esse não é o meu nome verdadeiro- meu marido não vai levantar agora, Lucy já foi para faculdade, e nenhum empregado vem hoje. Sei que tem perguntas assim como eu, vamos esclarecer tudo

Me sento em uma cadeira na frente dela.

-Obrigada. Bom minha maior e a mais problemática dúvida, a Lucy, ela não sabe de nada disso? Ela não sabe da missão?

-Não- ela responde rápido

-Entendo a sua preocupação como mãe de não falar para ela que está acontecendo uma missão de nível superior aqui...

-Querida você não entendeu...- olho surpresa- Lucy não sabe de nada – ela fala num tom extremamente tranquilo.

-Nada?!

-Ela não faz ideia que somos agentes, acho que por aí você pode entender onde eu quero chegar...a Lucy não pode saber da verdade.

-Mas...senhora eu...

-Por favor. Eu conheço a minha filha. Sei que ela não está pronta para saber disso. Nós a criamos longe de tudo, fizemos com que ela tivesse o que nenhum presente nessa casa teve, me entende ?

-Você quer ajuda. Ajuda para manter em segredo...eu entendi

-Conheço a Lucy, por mais que ela não goste, eu passei pelo mesmo treinamento que você. Ela vai querer se aproximar de você, aí está um problema, ela é a sua " segunda missão". Ao mesmo tempo Lucy pode ser usada a seu favor, vai precisar se aproximar das famílias, ela convive com eles desde muito nova, conhece eles muito bem, use isso a seu favor, vai precisar. Não me entenda mal, só quero ajudar vocês a realizar a missão, passe as informações para o seu colega.

-Ele, já sabe de uma parte. Meu agente parceiro, tende a pensar rapidamente, assim como eu. Agradeço pelas informações.

-Não quero que me veja apenas como uma pessoa séria e que lhe dá ordens. Posso ser uma colega talvez, isso vai te ajudar muito. Use as peças do tabuleiro a seu favor, mas sempre pense antes, lembre que pode existir outra forma.

-Obrigada.

-E eu tenho a estranha sensação de que já lhe vi em algum lugar?

-Deve ter me visto na agência...

-Provavelmente, mas se fosse algo tão fútil eu não me lembraria tão rápido, deve ter acontecido algo.

-A dez anos...bem você já estava em missão mas deve ter sido chamada, foi algo inesquecível para muitos da agência...- ela percebe do que estou falando, e muda a expressão para surpresa - não precisa ficar assim

-Me desculpe por perguntar

-Não tem problema...

-Tenha um bom dia Nicolle

-Igualmente.

...

Oie!

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