Problemas Com A Mamãe

Intocável

- Vou comprar meu chocolate, Kacchan! A moita esverdeado saiu andando de forma calma e em passos lentos até desaparecer de minha visão enquanto eu estava sentado em uma mesa qualquer do refeitório, claramente desconfortável sem a presença baixinha e falante.

[...]

Ele estava demorando mais que o normal, o que tinha acontecido?

Mas, logo vi a figura baixinha vindo em minha direção sem seu chocolate doce demais que ele adorava, seu cabelo agora cobria metade de seu rosto fofo, sua cabeça estava abaixada e ele andava com as mãos juntas á sua frente.

- Izu? - Levantei assustado, olhando o esverdeado a minha frente que ainda estava de cabeça baixa e tremendo levemente, ele segurava a borda de minha blusa preta com a ponta de seus dedo pequenos e fofos, segurei eles e ele parou de tremer com o contato de minha mão sobre a sua - O que aconteceu, Zuzu?

Ele olhou para mim com o biquinho que eu tanto amava, porém, seus olhos verdes e brilhantes estavam tristes e marejados - Desculpa, Kacchan. Eu sou um inútil sem idividualidade mesmo não sou? Não consigo nem me defender...

Lágrimas grossas escorriam de seus olhos tão perfeitos e soluços baixos deixavam sua boca rosada que deveria estar sempre com seu sorriso de orelha-a-orelha, segurei suas bochechas rosadas, causando um biquinho que quase me deixou atordoado, tirei o cabelo da frente de seu rosto e fechei minha cara, meu olhar agora sombrio.

Iria matar quem fez aquilo.

Seu olho antes coberto, estava em um roxo escuro, sua bochecha estava avermelhada e possuía um corte no canto da boca.

- Izuku, quem encostou em voce?

Ninguém, encostava em Izuku Midoriya e saía ileso. Ninguém, tem o direito de tocá-lo.

Ele aumentou seu biquinho chateado para mim e apontou envergonhado para dois garotos do meu tamanho e o dobro do tamanho de Izuku que estavam em um canto do corredor, rindo como idiotas. Senti todo meu corpo pulsar em fúria com a covardia - Foram eles? 

Ele assentiu coma cabeça olhando para mim de forma chorosa. Segurei sua mão firmemente e andei em passos lentos e pesados até os garotos que olharam para mim e sorriram cúmplices.

- Zuzu, preciso que feche os olhos e tape os ouvidos por um tempinho, sim? - O meu esverdeado concordou timidamente mesmo que de forma confusa e fez o que pedi.

- Ei, Bakugou- Interrompi o garoto com um soco bem dado em sua boca. Meus olhos repletos de fúria e meus punhos cerrados enquanto o encarava em puro nojo. 

- Katsuki, o que foi? Foi pelo viadinho? - O outro garoto ao lado do garoto que gemia de dor no chão chegou perto de mim de forma debochada e eu sorri sombrio o fazendo tremer e quase abandonar a postura debochada, andei até ele e segurei a gola de sua camisa, ficando cara á cara com ele. Falei rouco e em fúria:

-Ninguém toca no Izuku, seu lixo humano - Ele me encarou espantado e eu sorri psicótico, soquei seu rosto com força e segurei o cabelo do garoto agora no chão que grunhiu de dor - Isso é divertido? Gosta disso? - O outro garoto que outrora estava no chão levantou de forma abrupta até mim, porém, segurei seu rosto e sorri com falsa inocência para ele.

- Quer brincar também?

Chutei sua parte baixa e ele se abaixou de dor, soquei seu rosto em seguida e comecei a espancar o outro que ia pra cima de mim.

- Divertido, né? - Olhei para os dois garotos que estavam no chão com expressão de pavor e rosto ensanguentado e sorri - Encostem nele e vocês morrem.

Saí andando até meu esverdeado que esperava pacientemente, sorri agora bobo com isso, alheio a muvuca a minha volta. Tirei suas mãos de seus ouvidos sensíveis e beijei a palma de uma de suas mãos delicadamente, beijando sua bochecha corada em seguida, ele sorriu tímido e olhou a multidão a nossa volta com clara confusão e quase virando para os garotos no chão, o virei pra mim antes que olhasse e o abracei de forma delicada, o fazendo corar ainda mais e enterrar seu rosto vermelho no meu peito, com minhas mãos em sua cintura e queixo em seus cachos esverdeados, deixando-lhe um selar antes de me afastar e enlaçar sua mão na minha, indo comprar seu achocolatado e cuidar de seu machucado.

Ele sorriu feliz com nossas mãos juntas e toda a raiva de outrora sumiu, dando espaço somente para aquele esverdeado que andava em pulinhos e sorriso feliz.