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Quando anoiteceu, Raelyn entrou no Camaro e dirigiu até a delegacia. Derek tinha ligado pra ela, o legista tinha encontrado pelo de lobo no corpo da Laura e depois de identificarem ela como uma Hale, logo eliminaram Derek como suspeito.

Ela esperou por alguns minutos e logo Derek entrou no banco do passageiro, cheirava a raiva e não era atoa. Ela não disse nada, apenas dirigiu até o colégio de Beacon Hills. O jogo era naquela noite e ela queria ver como o McCall se sairia, sabia que Derek também queria, mesmo que ele não tivesse manisfestado sua opinião.

Raelyn: quero mata-los.

Disse pela primeira vez e Derek soprou um riso.

Derek: você quer matar todo mundo.

Raelyn: eles mexeram nela Derek. Mexeram no cadáver dela.

Ela apertou as mãos no volante e ele a olhou pela primeira vez.

Raelyn: violaram ela.

Derek: se acalma antes que acabe batendo meu carro.

Ela soprou um riso e dirigiu por mais alguns minutos, até parar perto da escola. Os dois desceram e começaram a andar até o campo de lacrosse por entre as árvores. Chegando a tempo de verem o McCall transformado em campo, felizmente o capacete escondia boa parte de seu rosto.

Derek: pode matar ele, se ele sobreviver ao resto.

Viram um garoto pegar a luva do chão, Raelyn conseguiu ver os buracos das garras na luva, graças a sua visão aprimorada.

Raelyn: encontrou um jeito de me fazer torcer por ele. Astuto.

Ela sorriu e se virou, andando de volta pra floresta. Derek ficou por mais um minuto, até que Jackson o viu, logo ele estava voltando pro carro. Raelyn estava no banco do motorista, ele se incomodaria se fosse outra pessoa e em outro momento, mas estava cansado de mais.

Ele entrou no banco do passageiro e esperou a mulher dar partida e manobrar, saindo dali.

Derek: vai direto pro seu apartamento.

Raelyn: por que? Medo de eu fugir pra rasgar a garganta do McCall?

Ele negou com a cabeça em meio a um suspiro.

Derek: você o decapitaria. Esse é o seu lance.

Ela sorriu, ele estava certo, esse era o seu lance. Ela não sabia descrever a sensação de ver a cabeça de alguém ruim rolar. Não matava inocentes, não foi isso que Laura a ensinou. Matava quem merecia. Aqueles por quem a sociedade teve piedade, que tiveram uma segunda chance ao qual não mereciam. Esses ela matava com prazer. Pessoas como seu padrasto. Que não tiveram dó de suas vítimas, mas receberam dó da sociedade e as vezes, até apoio dela. Era inadmissível pra ela.

Sua vingança não era exceção. Mataria quem estivesse envolvido na morte de Laura. O negócio com o McCall era a indignação e a mágoa, de saber que eles não tiveram cuidado algum ao desenterrar o corpo de Laura. Eles fizeram aquilo pra benefício próprio, pra tirar Derek do caminho. Foram insensíveis quanto a memória da falecida e isso deixava Raelyn louca.

Derek: para de pensar um pouco.

Raelyn: não consigo.

Eles desceram assim que ela estacionou o carro no estacionamento subterrâneo do prédio. Subiram direto pro apartamento e ele a observou se livrar das botas e em seguida do casaco.

Derek: sério?

Arqueou a sombrancelha quando ela foi até um móvel e encheu um copo com uma bebida alaranjada, álcool.

Derek: por que insiste em beber álcool se não faz efeito?

Raelyn: é psicológico.

Ele franziu o cenho e negou com a cabeça em seguida. Tirou os tênis e o casaco, os deixando de canto e se aproximou do sofá.

Raelyn: eu não preciso estar bêbada, só preciso acreditar que tô.

Derek: sua lógica não faz sentido.

Se sentou em um dos sofás, enquanto ela se deitava no outro, ignorando que provavelmente derrubaria o álcool ou se afogaria quando tentasse tomar de novo.

Raelyn: funciona quando queremos nos curar, por que não pode funcionar pra álcool?

Derek: é diferente.

Ela revirou os olhos e bebeu do copo, ignorando as gotas escorrendo pelas laterais de sua boca. Os olhos verdes do homem acompanharam as gotas. Elas escorreram pelo maxilar, descendo pelo pescoço e logo se perdendo no estofado e na camisa. Ele quis passar a língua na área, mesmo que odiasse o gosto do álcool.

Raelyn: já que não posso ser eu mesma em paz, na minha própria casa, vou te deixar sozinho.

Ela se levantou e pegou a garrafa.

Raelyn: fica a vontade, hóspede que eu não convidei.

Ela acenou e sumiu no corredor, indo pro quarto. Ela se livrou das roupas e entrou no banheiro, suspirando quando seus pés descalços tocaram o chão gelado. Ela entrou no box e ligou o registro, sorrindo quando a água, morna pra quente, começou a cair sobre si.

Enquanto se banhava, seus olhos se fecharam e sua mente viajou. O sorriso só deixando seus lábios pra liberar suspiros.

Não era novidade que Raelyn não era muito boa das idéias, fantasiar na própria mente deveria ser a coisa mais normal em si.

Derek encostou na parede do corredor, fechando os olhos e deixando seus sentidos aprimorados focarem totalmente na mulher no banheiro. Desfocou o barulho do chuveiro, prestando atenção somente nos suspiros e pequenos barulhos que as mãos dela faziam ao passar o sabonete pelo corpo. Invejou o sabão e a água, pela liberdade de percorrerem o corpo dela.

Um dia. Um dia ele pararia de reprimir seus desejos e enfrentaria de frente o maior deles.

Ela.










[Não revisado]

O Derek ouvindo ela tomar banho... O auge sksksks

R-REVENGE, Derek Hale Onde histórias criam vida. Descubra agora