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Raelyn sentiu que algo estava acontecendo. Ela correu pela floresta em direção a casa queimada, mas desviou o caminho ao reconhecer o cheiro de Scott com outro cheiro, acônito.

Raelyn: merda.

Ela se ajoelhou e tocou o rosto dele, afastando as pálpebras pra ver seus olhos.

Raelyn: Scott?

Scott: Rae...

Ele resmungou fraco, quase inconsciente. Sem escolhas, a mulher o colocou no ombro e o levou até a clínica.

Raelyn: Deaton!

Chamou alto quando chegou, torcendo pra ele ainda estar lá. A porta abriu e o homem a olhou confuso, logo notando Scott.

Deaton: vem. Coloca ele na mesa.

Abriu espaço pra ela entrar e ela levou o mais novo até a mesa na sala de cirurgia.

Deaton: o que aconteceu?

Raelyn: ele levou um tiro com acônito. Não sei quem atirou nem que tipo de acônito e.

Ela se afastou e deixou o homem tomar frente. Observando atentamente enquanto ele pegava as coisas pra tratar de Scott. Cortando a camisa dele e limpando o sangue preto com um pano molhado.

Depois ele tirou a bala e limpou ao redor da ferida. Em alguns minutos, Scott acordou com uma respiração funda, Raelyn se aproximando da mesa pra tocar a mão dele.

Raelyn: ei, tudo bem, tá tudo bem.

Deaton: é melhor você não levantar ainda.

O mais novo olhou ao redor.

Scott: eu tô?

Deaton: você tá bem. Raelyn te encontrou rápido. Eu te dei uma coisa que deve acelerar seu processo de cura.

Ele olhou confuso pro homem.

Scott: mas você é veterinário.

Deaton: é verdade. Em noventa porcento do tempo eu trato de gatos e cachorros.

Scott: noventa porcento?

O homem o olhou.

Deaton: só noventa.

Ele sorriu e Scott deixou a cabeça na mesa, sua visão desfocando de novo.

Raelyn: por isso tratou dos meus machucados.

O homem assentiu.

Deaton: você pode ir se quiser, não vou tirar os olhos dele.

A mulher olhou pra Scott, que já tinha voltado pra inconsciência de novo. Ela até tentou se afastar, mas ele segurava sua mão com força.

Raelyn: vou ficar.

O homem sorriu e buscou uma cadeira pra ela.

Deaton: será uma boa mãe Raelyn.

Ele se virou pra pegar um curativo e a mulher suspirou, sentando na cadeira e observando Scott.

Acabou dormindo daquele jeito, acordando só quando Scott se mexeu, sentando na mesa. Já tinha amanhecido. Ele saiu da mesa e quase caiu, sendo segurado por ela.

Deaton: bem vindo de volta a terra da consciência. Você tá bem?

Se aproximou e o mais novo concordou.

Deaton: é melhor se sentar.

Ouviram o barulho do sino da porta da frente, se entre olhando. Scott e Raelyn sentiram, Scott segurando o braço de Deaton quando ele fez menção de ir até lá, mas o homem só se afastou.

Deaton: desculpe, mas nós... Já fechamos.

Parou depois de atravessar a porta, olhando pra Peter que estava parado na porta de entrada. Alguns metros entre eles e um portão fechado entre os dois balcões.

Peter: tudo bem. Vim aqui pra buscar.

Deaton: eu não lembro de você ter deixado algum animal.

Peter deu alguns passos.

Peter: esse veio sozinho.

Scott foi andando pra trás, se abaixando em um canto.

Deaton: mesmo assim eu lamento não poder ajudar. Nós já fechamos.

Peter: eu não sei, eu acho que você pode abrir uma excessão dessa vez. Não pode?

Deaton: desculpe, mas isso não vai ser possível. Eu acho melhor você voltar no horário comercial.

O olhar dele escureceu.

Peter: você tá com uma coisa que me pertence. Eu vim aqui buscar.

Deaton: como eu disse, já fechamos.

Peter tentou se aproximar mas sentiu uma coisa o impedir, olhando pro portãozinho, o tocando e arranhando levemente.

Peter: cinza da montanha. Essa é velha.

Ele jogou uma cadeira na parede, os pedaços voando e por incrível que fosse, não atingindo Deaton. Ele nem mesmo se mexeu.

Deaton: eu vou tentar ser o mais claro possível. Nós já fechamos.

Peter arrumou o casaco dele e se afastou indo até a porta.

Peter: tem outros que podem me ajudar a conseguir o que eu quero Scott. Mais inocentes, e muito mais vulneráveis.

Scott: Allison...

Sussurrou e Raelyn o olhou, com tantas pessoas e ele pensou justo na garota?

Peter saiu da clínica e Deaton voltou pra parte de trás.

Raelyn: pode me arrumar cinzas da montanha?

Deaton: posso.

Scott: isso tem a ver com seu pescoço?

A mulher tocou o local que estava marcado assim que o ouviu, coçando a garganta e evitando seu olhar.

Scott: ele foi na sua casa não foi?

Raelyn: me mandou sair do caminho dele.

O mais novo rosnou e se aproximou dela.

Scott: temos que fazer alguma coisa.

Raelyn: não vamos conseguir sem o Derek.

Scott ofegou ao lembrar da noite anterior.

Scott: o Derek. O Derek ficou na casa enquanto eu corria. Ele ficou com os caçadores.

Raelyn: merda.













[Não revisado]

Raelyn praticamente mãe do Scott já. Ela se preocupando com o Derek mesmo eles estando brigados...

Só faltam 3 capítulos pra acabar a fanfic, tô sensível.

R-REVENGE, Derek Hale Onde histórias criam vida. Descubra agora